quinta-feira, 29 de maio de 2014

O terrorismo digital do PT

POR MARCIO BITTAR

Democracias e ditaduras respondem a crises internas profundas de modos muito diferentes: as primeiras tentam justificar-se junto aos cidadãos, explicando causas, consequências e alternativas; as ditaduras tentam aterrorizar, intimidar e distrair o público acenando com falsas ameaças, a fim de perpetuar e justificar a dominação com métodos de estado policial, evitando enfrentar as crises criadas por seu próprio modelo.

As redes sociais, nos países democráticos, são importantes ferramentas para fomentar o debate político sério, mas, infelizmente, no Brasil dominado pelo petismo, as redes sociais foram transformadas em ringues de vale-tudo, onde o medo, o rancor e as mentiras são disseminados como forma de intimidar os adversários políticos do partido da estrela vermelha.

Nesta semana foi revelado que páginas em redes sociais com ofensas ao pré-candidato do PSDB à Presidência da República, senador Aécio Neves, foram criadas por uma ocupante de cargo comissionado da Prefeitura de Guarulhos (SP), município governado há 14 anos pelo PT. Investigações demonstraram que, só na Secretaria de Comunicação de Guarulhos, as páginas contra o tucano foram administradas 81 vezes em 20 dias.

Aqui no Acre o fenômeno se repete, ocupantes de cargo em comissão do estado se revezam nas redes sociais em ataques aos políticos que fazem oposição ao governo. Um exemplo é o senhor Romerito Aquino, ocupante do cargo de “Coordenador de Projetos” no governo estadual, que utiliza as redes sociais para dirigir ataques pessoais a mim e à minha família, em pleno horário de expediente, o que significa que a população do Acre está pagando salários para que militantes partidários se utilizem da máquina pública para difamar e perseguir todos aqueles que não portam o broche do PT na lapela.

Esses ataques não são aleatórios, eles são coordenados em duas frentes muito claras; de um lado um grupo busca incutir o medo na população para evitar a mudança de governo, disseminando mentiras, como a de que a derrota do governo significa o fim da Bolsa-Família, quando a oposição tem mostrado formas de melhorar o modelo.

De outro lado, os terroristas virtuais buscam atacar a moral e a honra dos adversários, em um jogo rasteiro e fascista. Os ataques à honra serão tratados na esfera judicial, mas a onda de boatos disseminados por militantes teleguiados e desmiolados fere de morte a democracia, um bem que não é valorizado pelos petistas-comunistas.

Toda ofensiva lançada pelo PT nas redes sociais demonstra  o profundo medo de uma previsível derrota eleitoral, mas, principalmente, desnuda o caráter fascista do partido, que se utiliza do aparelhamento do estado para garantir a permanência no poder, de forma inescrupulosa e autoritária, tentando eliminar o inimigo ao invés de debater com o adversário.

O Acre e o Brasil já estão fartos desse modelo tóxico de terrorismo e demonstrando, através de pesquisas, o desejo por mudanças democráticas. Afinal, muros construídos com tijolos de ódio e mentiras não conseguem parar os ventos da mudança.

Marcio Bittar é deputado federal, primeiro secretário da Câmara dos Deputados e presidente da Executiva Estadual do PSDB no Acre

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