quinta-feira, 31 de março de 2005

RETRATAÇAO

Atenção leitores: a publicação, neste blog, da foto da casa que o PC do B dispõe no conjunto Village, para abrigar as reuniões de sua representação parlamentar no Acre, causou mal-estar nos escaninhos da política.

Por serem aliados, os comunistas foram reclamar aos petistas do tom irônico que usei ao chamar a mansão de casinha. E os petistas por sua vez me procuraram para expor os argumentos que exponho a seguir em tom de retratação.

O PC do B possui 22 vereadores, dois deputados estaduais e uma deputada federal e cobra de seus militantes uma contribuição mais generosa que o PT.

Portanto, nada mais legítimo que o PC do B, que é o partido que mais cresceu no Acre nos últimos anos, escolha um ambiente adequado para as reuniões de seus quadros mais expressivos.

Peço aos comunistas que aceitem as minhas desculpas, pois minha intenção foi apenas a de tornar público o bom gosto do partido ao escolher um imóvel confortável em área nobre da cidade. Reconheço que não ficou bem mesmo tratá-lo de casinha.

No mais, queiram aceitar uma sugestão: dêem uma demão de tinta vermelha no "apareio". A luta continua.

quarta-feira, 30 de março de 2005

FIOFÓ DA POLÍTICA

Deputado esquece a pauta e narra exame de próstata

Os deputados da Assembléia Legislativa da Bahia deixaram um pouco a pauta de lado para ouvir o relato, em plenário, do exame de próstata do deputado Sargento Isidório (PT). Os eleitores que assistiram à sessão plenária devem ter saído perplexos da Casa e revoltados com os políticos.

O deputado Isidório, que se elegeu prometendo reduzir o preço do gás de cozinha, em Candeias, abriu os trabalhos relatando em detalhes no microfone do plenário o exame de próstata que fez na manhã de ontem. Ele revelou que, até a tarde, ainda "via estrelas", graças à virulência do médico. "Não é uma questão de machismo. Não se trata disso. Mas está chegando a hora de se buscar outro meio de fazer esse tipo de exame", afirmou o deputado petista.

"Ele chegou e foi logo colocando o dedo", contou aos colegas deputados, fazendo questão de mostrar, com mímica e veemência, o dedo utilizado pelo médico durante o exame de toque. "É um exame angustiante, mas não vou tocar nesse assunto agora porque isso é desmoralizante para um pai de família, principalmente uma pessoa com a minha idade e outros que vêm por aí sofrendo", ressaltou. Médico, o deputado Targino Machado (PMDB), dando prosseguimento ao debate, protestou. "O deputado Isidório está fazendo apologia contra o exame de próstata, que é algo importante". Isso irritou o deputado do PT, informou o jornal Correio do Bahia.

Não satisfeito, o petista voltou ao assunto no microfone do plenário para rebater o pronunciamento do peemedebista. E disse que não é contra o exame, mas sim contra a forma como é feito. "Eu não havia feito, sinto-me uma pessoa enganada. Pensava que era de uma outra maneira. Não sabia do que se tratava, mas da maneira como o médico me tratou, a maneira que foi introduzido aquele dedo, foi horrível! Quase que desmaio! Não aceito! Não estou sendo contra o exame, mas estou dizendo que tem de haver outros métodos. A ciência está aí querendo até fazer gente igual, criando tudo quanto é coisa", disse, para um plenário aos risos.

No total, Isidório fez três pronunciamentos na Casa ontem. E todos para tratar do mesmo assunto: o seu exame de próstata. Tanto que, entre risos, o deputado João Bonfim (sem partido), perguntou a ele se foi mesmo o dedo que o médico usou para fazer o exame de próstata.

Fonte: Terra Popular

terça-feira, 29 de março de 2005

CADÊ O MOISÉS?


Nobre Moisés Diniz, destacado blogueiro em "O Deputado Aprendiz", continuo em vão tentando encontrá-lo para uma prosa a respeito do site.

Já estive até naquela casinha (foto) que o PC do B teria alugado no conjunto Village para abrigar as reuniões de sua representação parlamentar no Acre.

Deixei em seu blog e com sua assessoria os números de meus telefones e e-mails para contato.

NA SECA

Estou sem nada relevante para escrever. Ontem, também estava, tanto que ocupei o espaço com uma resposta dada à mensagem de um leitor português.

Como sei que nem todos visitam os blogs que indico e não tenho mesmo o que escrever agora, transcrevo aqui uma parte da última nota publicada pelo Aldo Nascimento, no blog Liberdade de Imprensa. Leia:


Pista perdeu a virgindade

Não adiantou muito a minha fé na Semana Santa, porque, mesmo com Cristo morto na cruz, os pecados de alguns jornalistas reapareceram para infernizar a minha paciência de budista.

Estou convecido de que a Liberdade de Imprensa só conduz jornalistas ao pecado. O diabo esteve solto entre nós.

Liberdade 1 - Esporte, texto de Ramiro Marcelo. A Gazeta (27 e 28.03.05)

a) "Pilotos querem 'desvirginar' a nova pista de Plácido de Castro" - Tudo bem que a ambigüidade pode até cair bem para um texto jornalístico, mas "'desvirginar' a nova pista", minha nossa, isso já é estupro. Ramiro sabe que Pista é uma menina nova, é menor, só tem 800 metros. Até então, nenhum piloto havia passado por cima dela. Mas, quando houve a primeira oportunidade, muitos se aproveitaram da Pista e se lambuzaram com ela em Plácido de Castro. Havia piloto de toda categoria nessa suruba. Havia mirim, nacional, open, especial, mas a categoria que não soube desvirginar Pista foi a estreante, porque nunca tinha visto antes um hímen complacente;

b) Mas Ramiro Marcelo não parou de pecar contra Deus e contra a Gramática em plena Semana Santa. Na mesma matéria, ele escreve que "haverão mudanças no regulamento exigido pela própria Federação". O erro dele aqui é crasso. Preste atenção. Depois de "'desvirginar' a nova pista", não pode ser mais federação, mas fuderação. Quanto a "haverão mudanças", é um caso de estupro contra o verbo "haver", seguido de morte de conhecimento no antigo ginásio; e

c) Ainda na mesma matéria, a outra sacanagem de Ramiro é "prefeitura municipal de Plácido". Se é prefeitura, só pode ser municipal. Para certos jornalistas, depois da Semana Santa, só o perdão de Deus. Irmãos, oremos ao Senhor, porque o diabo, o Mal, tomou conta de nossas Redações, levando aos nossos leitores a desarmonia gramatical!

segunda-feira, 28 de março de 2005

DE QUELUZ

Um navegante português, de Queluz, relata que procurava na internet por “Altinos” e encontrou meu nome e do senador Geraldo Mesquita Jr. É dele a seguinte mensagem:

Bom dia! Curiosamente, ao navegar na net, descobri alguns Altino's. Meu nome é Altino Geraldes Mesquita. Será que o Senador Geraldo Mesquita é descendente meu ou vice versa?

Um abraço
Altino Mesquita

Eis a minha resposta:
Xará, conheço o senador Geraldo Mesquita, mas não posso afirmar se ele é seu parente ou não. Não custa nada você escrever para tentar saber disso com o mesmo. O e-mail dele é geraldo.mesquita@senador.gov.br. Desconheço quem viva a reclamar por ser parente de um Senador da República do Brasil.

Abraços.

Leio num site que Queluz “é o lugar onde viveram reis e rainhas e onde a vida passa como nas grandes cidades, mas as noites ainda são calmas e adormecidas como as pequenas vilas do interior.”

D.Pedro III construiu lá seu palácio e os árabes adotaram o vale de amendoeiras para viver.

Queluz foi elevada recentemente à cidade. Tem mais 70 mil habitantes e localiza-se numa baixa fértil, rodeada de outeiros a 14 km de Sintra e 12 km de Lisboa.

sábado, 26 de março de 2005

PEDREIRO TAMBÉM PENSA

Conheço um pedreiro de 29 anos de idade que trabalha desde os 13. Depois de estudar com sacrifício, obteve no ano passado 74 pontos no vestibular para medicina da Universidade Federal do Acre.

Muito esforçado, mas com renda insuficiente, não desistiu e conseguiu convencer os professores a participar agora como ouvinte das aulas de química, biologia e física de um cursinho pré-vestibular.


O pai do pedreiro, que foi alfabetizado pelos filhos, criou gosto pelos estudos e também o acompanha como ouvinte. Neste ano, o "velho" também vai enfrentar o vestibular.

É do pedreiro que sonha ser médico a seguinte análise:


- Votei no Jorge Viana e continuarei votando porque tivemos muitos avanços com ele. Porém, nos últimos anos, o Jorge tem errado porque virou aquele tipo de político que faz a obra certa para o momento certo. A gente tem perdido com isso porque o governo deixa de fazer mais mudanças necessárias ao Acre.

quarta-feira, 23 de março de 2005

MATEM OS RATOS!

Estive na casa do jornalista Elson Martins no final da tarde de ontem juntamente com a Célia Pedrina, fundadora do PT no Acre.

São dois velhos amigos, remanescentes de lutas que impulsionaram a criação do jornal Varadouro e o movimento social acreano, que por sua vez culminou com o que conhecemos hoje como Governo da Floresta.

Elson mora numa rua cujo nome alguns dizem existir apenas em língua portuguesa.

A Rua da Saudade, antes do posto Auge Pneus, na avenida Getúlio Vergas, jamais foi calçada ou asfaltada, embora seus moradores paguem impostos e tenham sido atendidos pelo Adjunto Emergencial de Limpeza.

Para abrir os trabalhos de avaliação daqueles feitos que são da conta de todo mundo, o Elson começou por servir café. Estávamos sentados debaixo do frondoso jambeiro.

Numa cadeira de balanço, de frente para a rua intransitável, Elson de vez em quando virava a cabeça para olhar para trás. Depois levantava, se distanciava da gente e entrava em casa pela porta lateral.

Repetiu o ritual várias vezes até voltar para abastecer uma mesinha com um litro de Coca-Cola e um bolo de pupunha e nos perguntar em tom de verdadeira confissão:

- Vocês estão vendo minha aflição? Sabem por que fico olhando para trás e me ausento da conversa o tempo todo? É para impedir que a minha casa seja invadida pelos ratos.

A casa dele é uma obra bem resolvida num aclive zelado, com grama e plantas. Enquanto conversávamos, realmente avistei ratos. Alguns pareciam uma paca.

Espiavam, subiam na calçadinha e seguiam por ela em direção à porta lateral da cozinha.

Elson acha que outros moradores de Rio Branco devem estar enfrentando o mesmo problema em decorrência do Adjunto Emergencial de Limpeza - campanha da prefeitura de Rio Branco que remove diariamente toneladas de lixo da cidade.

- Altino, você poderia abordar essa questão em seu blog. A prefeitura está eliminando o lixo, que é a fonte de alimento dos ratos, e eles estão batendo nas portas de nossas casas em busca de comida.

Elson contou que no Amapá, onde morou durante muitos anos, uma campanha de limpeza semelhante, em Macapá, foi precedida de desratização.

Dado o recado, aproveito para sugerir que a prefeitura afixe placas avisando que é proibido jogar lixo em determinadas áreas onde frequentemente mobiliza homens e máquinas da limpeza urbana.

É inacreditável, ainda, que governo e prefeitura, ambos comprometidos com as causas ambientais, não indiquem sequer um telefone onde o cidadão possa denunciar quem viola as leis.

Querem saber o que conversamos lá, tendo os ratos como testemunhas? Ah! Um pena. A nota tá grande. Depois conto. Por enquanto, vamos jejuar e rezar.

terça-feira, 22 de março de 2005

ESOTERISMO POLÍTICO

O Conselho Político da Frente Popular do Acre passou quase dois meses reunido para redigir uma nota oficial em resposta à desfiliação do senador Geraldo Mesquita Jr. do PSB.

A nota, intitulada “Geraldo Mesquita traiu e foi ingrato à Frente Popular e ao povo do Acre”, é assinada pelas lideranças do PSB, PC do B, PMN, PV, PT do B, PSDC e PT.

Os notáveis da Frente Popular, vejam só, acabaram dando um coice ao encerrar a nota comparando o senador ao Judas, o apóstolo que "traiu" Jesus.

Desnecessário dizer que, em política, se alguém gritar: Pega o traidor, pega o traidor!, não fica um...

Se o Geraldinho é tão péssimo, qual critério a FPA adotou para empurrá-lo goela abaixo como santinho? A nota não resiste a uma análise amena.

Devo esclarecer o seguinte: meu questionamento é um mero questionamento em relação à nota da FPA. Não dá para entrar no mérito.

Lembro agora que meus pais e meus tios eram do PMDB em Cruzeiro do Sul. Em meados dos anos 70, meu tio Jáder, então vereador, fazia oposição cerrada ao governador Geraldo Mesquita, pai do Geraldinho.

Por causa disso, Mesquita decidiu transferir dois tios meus para Rio Branco como castigo, pois não tinha poder para transferir o vereador.

Um deles, o Crispiniano, viveu uma situação dramática: foi posto à força pelos filhos e sobrinhos dentro do avião porque até hoje morre de pavor de voar.

Bem, por causa disso tudo, meu pai veio a se fazer até de louco diante do então secretáio de Saúde, Labib Murad, para convencê-lo a conceder sua transferência também para Rio Branco com a família.

Anos depois, passei a privar da amizade do Barão na redação do jornal O Rio Branco, e também de seus filhos e muito mais do Heleno Araújo, genro dele.

Lembro que um dia, sentado à sombra do antigo Serda, naquele prédio em frente à ex-sede do jornal, toquei no assunto e o Barão se explicou:

- Aquilo que fiz com sua família não foi propriamente perseguição. Foi a melhor coisa transferir seus tios para cá. Todos passaram a ter uma vida melhor em Rio Branco.

Meus familiares não pensam assim e talvez nunca perdoem a intenção do Barão à época.

A política tem cada coisa. Soube agora que o Barão quer retirar o retrato dele da galeria de ex-governadores existente no Memorial dos Autonomistas Acreanos, construída pelo governador Jorge Viana, por causa da relação tumultuada da FPA com o filho dele.

Bem, quem freqüentou ou não escola dominical, ou fez ou não a primeira comunhão, sabe que a suposta traição de Judas contra Jesus tem lá sua parte oculta, esotérica.

Para os doutos líderes da Frente Popular do Acre, isso ocorreu “há quase 2000 anos”. Mas a comparação mal ajambrada, agora na Semana Santa, faz parte do martírio eterno de Nosso Senhor Jesus Cristo, a quem deveriam ter tratado como Mestre do Amor, em caixa alta.

Leia o fecho da nota:

“Diante de tudo o que está acontecendo, só nos resta fazer duas coisas: Primeiro, pedir desculpas por termos induzido a sociedade a este erro tão grande que foi a eleição de Geraldo Mesquita Júnior; segundo, esclarecer a sociedade que nós da Frente Popular também fomos vítimas de uma mistura de traição com ingratidão, a exemplo do que fez Judas com o mestre do amor há quase 2.000 anos”.

Recomendo a todos a leitura da obra esotérica "O Vôo da Serpente Emplumada", de Armando Cosani, para que conheçam uma interpretação do papel desempenhado por Judas. A obra pode ser baixada gratuitamente na internet. Dê um clique no título dela, acima.

Envolta na trama de um relato que quase é um diálogo entre o narrador e um homem inexplicável - "todo ele era um sorriso" - que em palavras simples repete verdades eternas, vaga a presença de Judas, o homem de Kariot; na invocação à Santa Terra Bendita do Mayab, à Sagrada Princesa Sac-Nicté, a branca flor do Mayab e ao Grande Senhor Oculto, evoca-se o nome de Judas, o homem de Kariot. Porém, por que Judas? Não foi quem enlodou sua memória cometendo uma horrenda traição? Em um dos parágrafos deste livro se diz: ”...dir-vos-ei o que tenho visto com os olhos que só o sangue maya faz, e o que tenho ouvido com os ouvidos da carne maya, acerca deste homem chamado Judas e nascido em Kariot”, e, em contradição com o que se crê, que é a verdade do ocorrido em mui remotos tempos com Jesus de Nazareth, oferece-se uma interessante interpretação dos fatos e circunstâncias que levaram Judas a cometer o que parece uma terrível traição, mas que o autor considera um fio importante no urdimento do destino desta era, fio, sem o qual não se houvera cumprido as Escrituras, cuja verdade não está impressa nos livros, senão que se lê na alma, com a qual os dilúvios avistar-se-ão desde a Arca, e a Serpente Emplumada voará. (Texto da contra-capa da 2ª Edição Mexicana – 1978)

Pai, perdoa-nos!

segunda-feira, 21 de março de 2005

PRÉ-COVA

É de autoria do chargista Gean Cabral o relato a seguir:

Altino, tivemos que levar nossa filhinha ao pronto socorro e a Sheila, minha mulher, saiu de lá decepcionada porque não sabia falar espanhol. Só havia médico boliviano no atendimento.

Além de não terem a menor higiene e saúde no país deles, esses bolivianos ainda vêm para cá receitarem injetáveis pra todo mundo.

Bem que o governo poderia oferecer um curso de espanhol pra população que busca atendimento no PS. Lamento que não estava com uma câmera digital para registrar tudo ali e mostrar às autoridades do governo.

Aquilo é uma pré-cova. Ou, como diria o jornalista Tião Maia, “uno Pruento-Socuero”. O problema não são os bolivianos, mas o governo que os contrata.

Com médico brasileiro a coisa já é difícil, imagina com bolivianos. Eles não entendem nada do que falamos e a gente menos ainda o que eles receitam.

Altino, você deveria ir ao PS e fazer uma entrevista pro seu blog. Fica perguntando de um e de outro: entendeu o que o médico disse?

Hoje de manhã tinha um paciente, numa matéria da TV Rio Branco, que estava há quatro horas sem saber o que fazer porque não entendeu nada do que o médico lhe disse.

Minha mãe conta uma história mais ou menos assim: uma mulher brasileira procurou um médico na Bolívia e o mesmo fez todos os exames necessários e a condenou:

- Vá para el campo, para que los abutres lhe comam.

Aí a mulher entendeu que deveria ir ao campo comer arbustos. Chegando lá, encontrou uma grande plantação de mastruz e danou-se a comer mastruz.

Dias depois, voltou curada ao médico. Aí o médico fica espantando, pois havia mandado a mesma morrer mais longe. Ele então pede para ela se deitar e aplica uma anestesia geral.

Abre a mulher e encontra sua úlcera gástrica revestida por mastruz. Dali em diante, depois de ter matado a mulher, o médico passou a receitar mastruz aos seus pacientes.

O nome da minha sogra é Bazília. Dia desses fomos à Cobija. Na hora de fazer a notinha do que ela havia comprado, pronunciou o nome para o boliviano. Mas no espanhol o “V” tem som de “B”.

O boliviano preencheu a nota como Vasilha. Resultado: o produto ficou retido pela Receita Federal porque o nome existente na nota não conferia com o da compradora.

Bem, o certo é que o PS continua sendo uma pré-cova.

domingo, 20 de março de 2005

JORGE VIANA EM ÉPOCA

Autocrítica petista

Amigo de Lula e também de FHC, o governador do Acre cobra compromisso do PT com o governo e sobriedade do ex-presidente

RONALD FREITAS

Em novembro do ano passado, quando a reforma ministerial começou a ser desenhada, o presidente Lula mandou sondar se o petista Jorge Viana estaria interessado em assumir a Coordenação Política do governo. Viana achou mais prudente permanecer na cadeira de governador do Acre. Caso trocasse Rio Branco por Brasília, estaria condenado à agenda fisiológica imposta pelos aliados e à defesa dos ''gols contra que o PT insiste em marcar''. Até agora, a conseqüência mais grave do fogo amigo foi a eleição de Severino Cavalcanti para a presidência da Câmara. Mas Viana teme que seu partido ponha a perder o projeto de poder que levou duas décadas construindo. ''É preciso errar muito para que o presidente Lula não se reeleja. Mas o PT não se cansa de testar o melhor ativo que nós temos, o presidente Lula.''

É essa disputa interna que alimenta o discurso da oposição tucana liderada pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Além de sempre ter mantido excelentes relações com FHC, o que lhe custou críticas de petistas que o achavam tucano demais, Viana é grato ao ex-presidente por ele não ter economizado demonstrações públicas de apoio quando Viana vivia sob ameaça de ser assassinado por adversários políticos.

O petista, porém, critica a postura ''de militante da oposição'' que tem identificado no ex-presidente. ''Ele (FHC) deveria se ater aos grandes temas.'' Em entrevista a ÉPOCA, o governador condena ainda a hegemonia paulista nos núcleos de decisão do governo Lula e defende a política econômica.



JORGE VIANA

Dados pessoais
Acreano, 46 anos, tem duas filhas

Carreira
Engenheiro florestal, foi prefeito de Rio Branco e governa o Acre desde 1999

História
Sua posse marca o fim dos escândalos envolvendo políticos do Acre, como o do assassinato do governador Edmundo Pinto, em 1992, e acelera a derrocada do ex-deputado Hildebrando Pascoal


ÉPOCA - Por que o PT cria tanta dificuldade para o governo Lula?
Jorge Viana - Às vezes eu tenho a impressão de que existe uma necessidade de nós, os petistas, nos auto-afirmarmos continuamente. Nós estamos legitimamente no poder, mas parecemos pouco à vontade numa função que sempre tinha sido desempenhada pela elite. É um sentimento que não me parece afetar o presidente Lula, muito à vontade com a vida palaciana e com a tomada de decisões.

ÉPOCA - Então por que tanta dificuldade para fazer a reforma ministerial?
Viana - Em parte, por instinto. Em parte, pelas complicações políticas. As bancadas dos partidos no Congresso sofrem uma espécie de peemedebização. O PMDB há anos é um partido com vários líderes que não se entendem. Isso se espalha como um vírus, contaminando todo mundo. O PFL foi o primeiro. Hoje, o PTB vive essa síndrome, o PP idem. O PL menos, mas também vive. Até o PCdoB e o PT. Esse desarranjo não tem ideologia. Numa situação dessas, o presidente fala com quem nesses partidos de lideranças fragilizadas?

ÉPOCA - Essa crise não ocorreu, em parte, por causa do PT, que para se manter puro começou a inchar os partidos aliados?
Viana - É claro que nosso jeito de atuar pode até ter colaborado para isso, mas não somos o ponto de origem.

ÉPOCA - Então qual é a origem?
Viana - É o momento da política brasileira. Mais que nunca é necessária uma reforma que inclua a fidelidade partidária e o financiamento público de campanha. Se não fizermos isso, pagaremos um preço cada vez mais alto. Como ninguém lidera, hoje, de uma reunião de líderes participam 60, 70 parlamentares.


'' Se Lula exagerou ou escorregou numa declaração, ele (FHC) não tinha o direito, com uma agenda mais tranqüila, de fazer isso. Tem hora que vejo nele um papel de provocar o presidente Lula ''


ÉPOCA - O senhor tem atribuído boa parte dos problemas que o governo enfrentou nos últimos tempos à excessiva influência dos paulistas na política. Oque, exatamente, o incomoda?
Viana -
No governo Fernando Henrique, sem nenhum preconceito, a elite paulista se expressou plenamente. Havia uma grande proximidade entre a visão do presidente e a do núcleo que dominava as decisões no Palácio do Planalto. Agora, a gente tem um grande aliado contra essa hegemonia, o próprio presidente Lula, o brasileiro mais cosmopolita do país.

ÉPOCA - Mas a presença dos paulistas não é menor hoje que no governo anterior.
Viana -
É fato, a gente não pode se desviar dele, que as disputas de São Paulo estão contaminando decisões e discussões do governo. É absolutamente natural que valorosos companheiros que ajudaram a construir o PT, que fizeram essa engenharia política que levou Lula à Presidência da República, fiquem no núcleo do poder. Mas será que na Câmara dos Deputados não dava para ter outro pensamento que se completasse? Quando se chega ao governo, não se tem necessariamente de procurar pessoas iguais à gente. É possível cercar-se de quem pense diferente, mas tenha o mesmo propósito. A concentração gera reações surdas, como o fato de hoje não haver nenhum paulista nas mesas da Câmara e do Senado. Deve haver algum recado nesse fato.

ÉPOCA - Que avaliação o senhor faz do comportamento do ex-presidente Fernando Henrique?
Viana -
Tenho uma relação de respeito e amizade com o ex-presidente, de gratidão, mas acho que ele faz um papel diferente do que eu imaginava que lhe caberia depois de oito anos governando o Brasil.

ÉPOCA - O que o senhor esperava?
Viana -
O (ministro) Sérgio Motta uma vez falou: ''Presidente, não se apequene''. Ele está se apequenando, já se apequenou. Primeiro, ele assume um papel de militante do PSDB, da oposição, quando o PSDB tem um quadro maravilhoso nessa função, o (senador) Arthur Virgílio. Nesse papel o Arthur é imbatível. O presidente Fernando Henrique vai ter de ser o segundo ou terceiro. Em segundo lugar, o PSDB não tem tradição de militância de oposição. É um partido de quadros, que deu uma grande contribuição ao país e tem de fazer uma política de alto nível.

ÉPOCA - Mas o PT também não tinha tradição de governo.
Viana -
O PSDB, por já ter sido governo, não poderia tomar algumas atitudes. O presidente Fernando Henrique é um dos brasileiros mais preparados por sua biografia, por ter vivido oito anos na Presidência. Ele não tem o direito de entrar num debate menor.

ÉPOCA - Mas ele não tem de se defender quando o presidente Lula diz que acobertou corrupção no governo dele?
Viana -
Ele pode fazer tudo, desde que sejam temas grandes, que envolvem….

ÉPOCA - Nesse caso específico da acusação de corrupção?
Viana
- Ele sabe muito bem o que o presidente Lula estava falando, a dimensão que o presidente Lula estava dando. O presidente Fernando Henrique fez da transição um exemplo, de uma forma que nós nem acreditávamos que seria possível no país. Se o presidente Lula exagerou ou escorregou numa declaração, ele não tinha o direito, com a cabeça fria, com uma agenda mais tranqüila, de fazer isso. Mas tem hora que eu vejo nele um papel quase que de provocar o presidente Lula. Aquela pode ter sido uma fala não apropriada do presidente Lula, mas o presidente é uma pessoa sincera, comete erros e falhas como a gente comete. Poderia estar embutida ali uma resposta ao que o presidente Fernando Henrique tem feito.

ÉPOCA - Mas, quando o governo do PSDB errava, o PT cobrava.
Viana -
Eu acho péssimo o PSDB ficar cobrando eficiência do nosso governo, dizendo que nosso governo gasta muito. Talvez essa reação equivocada do PSDB, um partido com o qual nós devemos sempre buscar estabelecer um diálogo pelo que representa para o país, seja ciúme do nosso governo. A agenda que o Lula tem cumprido fora do país já chama mais atenção do que a dos oito anos do governo Fernando Henrique. Lula se firmou no plano internacional. Os dados da macroeconomia, agora as mexidas na microeconomia, nosso governo não deixa nada a desejar se comparado ao do PSDB, com uma diferença.

ÉPOCA - Qual?
Viana -
O PSDB ficou oito anos, nós estamos com dois anos de governo. O PSDB tem de diminuir a tinta, porque tem responsabilidades pelo que está acontecendo. Administra Estados importantes e a cidade de São Paulo. Se o PT cometeu exageros, foi quando ainda não tinha encarado a posição de governo. Duvido que o PT, quando voltar a ficar na oposição, vá fazer do mesmo jeito. Fará com mais eficiência. Por isso eu acredito que possa haver um ajuste na posição do PSDB, eles entenderem que não podem cobrar determinadas coisas, não porque lhes falte legitimidade, mas porque não têm autoridade.

'' O PT é o que nós temos de melhor. Um partido que deu uma contribuição tão grande à democracia (...) não pode se arvorar de achar que, porque ganhou, vai ficar muito tempo no poder ''

ÉPOCA - O senhor acha que o PT exagerou nas críticas ao modelo econômico do governo passado, um dos trunfos do governo Lula?
Viana -
Eu não diria que é a mesma política.

ÉPOCA - Elas são diferentes em quê?
Viana -
O PSDB adotou como remédio contra a inflação juros altos, arrocho fiscal, mas isso ficava meio dissimulado. Deixava-se para mudar os juros e a política cambial depois da eleição. O PT chegou e disse: não fomos nós que receitamos esse tratamento para a doença do Brasil, mas nós vamos ter coragem de implementá-lo na dose certa. Isso ficou claro na Carta ao Povo Brasileiro, reafirmado pelas ações firmes e serenas do ministro (Antônio) Palocci. Isso é mais verdadeiro.

ÉPOCA - Mas é a mesma política.
Viana -
Hoje, a execução orçamentária está mais próxima da realidade, mesmo com o corte de R$ 15 bilhões. No governo passado, às vezes não havia corte, mas também não havia execução. Era a pior das situações. O aumento do FPE e do FPM (o repasse constitucional de verbas para os Estados e municípios) foi de 27% em janeiro, comparado a janeiro de 2004. Isso sem receita extra, sem privatizações. Todo mundo recebeu mais dinheiro e ficou caladinho. O crescimento do FPE e do FPM em 2004 foi de mais de 10%. A previsão era de 7%. Isso é o espetáculo do crescimento. Nós precisamos resgatar essa expressão usada pelo presidente Lula e à qual se deu pouco crédito. Passar de US$ 100 bilhões de exportações era meta para 2006. O crescimento do PIB ultrapassou os 5%. Não seria exagero falarmos em espetáculo do crescimento. Podem dizer que não temos garantia de que não seja um vôo de galinha. Mas os números mostram que nós vamos crescer acima das previsões.

ÉPOCA - Por que esse desempenho não se repete na política?
Viana -
A política está muito mal- arranjada no cenário atual, não por um erro do governo. Talvez seja por uma coisa mal resolvida dentro do PT. Às vezes eu digo, em tom de brincadeira, que em algumas cidades nós estamos fazendo um vôo mais curto que o de tucano, que já voa curto. A cada quatro anos, caímos fora. Não adianta a gente achar que só porque estamos fazendo certo o povo vai reconhecer. Por que nós perdemos o governo do Distrito Federal depois de quatro anos? Como é que duas vezes nos foi dada a oportunidade de governar São Paulo e quatro anos depois fomos tirados? Existe um componente que começou a fazer parte do nosso cenário: o fogo amigo. Em Porto Alegre, onde já estávamos consolidados, não houve uma reação ao modo petista de governar. Perdemos pelos problemas que nós mesmos do PT criamos desde 2002.

ÉPOCA - Seguindo seu raciocínio, o presidente Lula pode não se reeleger?
Viana -
De jeito nenhum. Nós teremos de errar demais para que isso aconteça. O presidente Lula e o governo são maiores que as crises que o país vive e as que nós do PT criamos. Nós do PT, que introduzimos conceitos de gestão pública, princípios na gestão pública, não temos o direito de gerenciar uma cidade ou um Estado só por quatro anos. Nesse período não se consolidam conceitos. Como é que se explica a Marta (Suplicy) ter tido um governo bem avaliado e ter perdido a eleição? Nós erramos na relação com outros partidos e com a sociedade. Oque explica termos ganho a eleição com a (Luiza) Erundina para a prefeitura de São Paulo, em 1988, termos montado um secretariado com peso de ministério, de Paulo Freire a Marilena Chauí, e só termos ficado quatro anos no governo? Depois da (Luiza) Erundina (1989-1992), São Paulo teve um Pitta. Nós não temos esse direito. O PT é o que temos de melhor.

ÉPOCA - Esse discurso não é muito arrogante? O PT não pode se dar ao luxo de deixar o adversário derrotá-lo depois de quatro anos?
Viana -
Não. O PT é o que nós temos de melhor. É por meio dele que Lula teve a oportunidade de chegar à Presidência da República. O que eu quero dizer com isso: em alguns aspectos, nós do PT temos a síndrome de ser oposição. Um partido que deu uma contribuição tão grande à democracia, que contestou as organizações tradicionais da esquerda, que teve a vocação natural para ser governo, que introduziu conceitos, modelo de gestão, não pode se arvorar de achar que, porque ganhou, vai ficar muito tempo no poder. Temos de ter a grandeza de ser humildes, que às vezes não temos, e termos a responsabilidade de não ficar dois anos, três anos. Se fizermos isso, sozinhos, excluindo os outros partidos, isso é arrogância. Se for feito admitindo nossa incapacidade de promover parte das mudanças porque não temos maioria, não é arrogante.

Fonte: Revista Época

quinta-feira, 17 de março de 2005

FOGO SEM FUMAÇA

O governador Jorge Viana telefonou ontem de Brasília para o compositor acreano João Donato, que mora no Rio.

Eles combinaram detalhes a respeito da vinda do músico ao Acre, o que deverá ocorrer dentro de mais ou menos cinco meses.

Além do governador, conversaram com João Donato o vice-governador Arnóbio Marques e o presidente da Fundação Elias Mansour, Francisco Gregório.

João Donato avisou:

- Vamos botar fogo no mundo sem fazer fumaça.

AOS VISITANTES

Hoje faz 47 dias que meu amigo Branco Medeiros, dono do blog Pervecidades, instalou um contador nesse blog, que deverá registrar até o final do dia mais de 7 mil visitas à página no período.

As estatísticas indicam que o blog já recebeu 2,7 mil visitas originais, isto é, daqueles que retornaram 24 horas após a última visita. Isso corresponde a 39% do total de visitas.

As demais (61%) são daqueles que acessam o blog mais de uma vez durante o dia para conferir se o mesmo foi atualizado.

O blog quase não é visitado aos sábados e domingos, mas, às segundas-feiras, ocorre o pico, com declínio gradual nos dias seguintes.

Estou satisfeito porque são, na média, quase 150 acessos diários de pessoas do Acre, de outros estados e até do exterior.

Isso decorre do meu divertimento em interagir, a custo zero, enquanto alguns jornais da "grande imprensa acreana" não chegam a tirar 300 exemplares diários.

Volte sempre.

quarta-feira, 16 de março de 2005

NUNCA É TARDE

No domingo, li no Globo o artigo “É jornalista quem quer ser jornalista”, de autoria de Jacob Weisberg, editor da revista online Slate, uma das mais antigas da internet, vendida pela Microsoft ao Washington Post no final do ano passado.

Como o artigo é excelente, mas longo para transcrevê-lo aqui, encontrei um jeitinho de compartilhá-lo com os leitores desse blog.

Clique em “É jornalista quem quer ser jornalista” para leitura no site do Ministério das Relações Exteriores.

COISA BONITA

Editoria do jornal Página 20 acertou ao publicar hoje a reclamação dos sanitaristas Manuel Cesário e Raquel Rangel Cesário, da Universidade Federal do Acre, seguida de explicações do repórter Juracy Xangai, que é acusado pelos dois pesquisadores de ter plagiado o artigo “Infecção bacteriana rumo ao Brasil” na reportagem Nova doença surgida no Peru pode chegar ao Acre”.

Leia a resposta do Juracy Xangai:

Caros senhores

Esclareço que as informações divulgadas na edição do Página 20 do dia 13 de março, que é citada por vocês como “pirataria”, foram colhidas de várias fontes, dentro e fora da internet, até porque o conhecimento científico, felizmente, não é privilégio de um ou outro.

Outro princípio básico das sociedades democráticas como a nossa é o da informação que deve ser levada aos interessados, o que não estava ocorrendo ao ser mantido em sites visitados por poucos, enquanto os seringueiros e campesinos, expostos a essa moléstia, só tomariam conhecimento dela quando estivessem irremediavelmente contaminados.

Reconheço ter acessado seu artigo, o qual teve valia não maior do que os demais visitados, no entanto, até por ser acreanista, evitei citar fonte que, em pleno gozo da Florestania que nos orgulha, teima em classificar pejorativamente o Acre como “fim do mundo” - verbete que o bom senso desprezaria em qualquer texto.

Reafirmo a informação de que haverá nesta quinta-feira, dia 17, uma reunião do Mini-MAP Saúde, em Iñapari, onde a criação de uma barreira sanitária para tentar conter o avanço da Bartonelose em direção ao Acre será tema central. A informação é do próprio secretário estadual de Saúde, Cassiano Marques, que reputo autoridade suficientemente bem informada e autorizada a falar sobre o assunto.

Também informo que tivemos acesso a um CD contendo os resultados das últimas pesquisas realizadas no Peru, bem como uma série de outras publicações que nos foi repassada pela Secretaria de Saúde do Acre.

Uma das virtudes da ciência é a derrubada de teses antigas pelos novos conhecimentos. Felizmente, as novas conclusões podem até parecer contraditórias, mas, felizmente, é um sinal de que estamos evoluindo no caminho do controle desse mal que ameaça a todos.

Era de se esperar, no mínimo, que pessoas do meio científico agissem cientificamente em pelo menos dois pontos. O primeiro seria usar um simples telefone para tentar saber de onde vieram informações por elas ignoradas - até porque não são fonte única de saber -, ao invés de afirmar, aos quatro cantos, que fulano ou cicrano pirateou textos de quem quer que seja.

A segunda opção é a de que poderiam ter prestado um serviço à sociedade, se, discordando das informações, tomassem a providência de, usando seu direito de resposta, tão explícito na Lei de Imprensa, chamar repórteres e oferecer informações detalhadas à população sobre um mal mortal que espreita nossa gente. A verdade, como dizia Sócrates, tem um brilho tão intenso que impede as pessoas de vê-la. Já a vaidade cega o espírito. (Juracy Xangai)

ALGO NO AR

Alguma decisão será tomada até o final da semana em relação ao futuro da senadora Marina Silva, que está ministra do Meio Ambiente.

Marina já avalia o que fazer a partir de conversas com pessoas que tiveram forte influência na sua trajetória política.

O jornalista Antonio Alves, por exemplo, foi chamado às pressas e já está em Brasília para participar de reuniões com a ministra.

Toinho disse que, seja qual for a decisão de Marina, os leitores do blog O Espírito da Coisa terão a primazia de conhecê-la antes da grande imprensa. Ele acrescentou:

-Darei um furo nacional e internacional.

Bem, o governo Lula não merece Marina
.

terça-feira, 15 de março de 2005

COLUNA SOCIAL


Clique sobre a foto e veja como são umas gracinhas

Agora uma mensagem no estilo do Correspondente Difusora, da Rádio Difusora Acreana, a Voz das Selvas:

“Atenção Roberto Feres aonde se encontrar. Seu amigo Altino Machado avisa que Mel deu à luz a oito filhotes, sendo dois natimortos. Pede para se conformar com a vontade de Deus e enfrentar o trânsito caótico de Rio Branco para visitá-los o mais breve possível. Todos passam bem. Pedimos a quem ler esse aviso retransmití-lo ao destinatário”

O engenheiro Roberto Feres é dono do blog Andando pela Cidade e um dos maiores criadores de cães da raça American Staffordshire Terrier no país.

Mel foi um presente de Roberto. Como vêem, chique perde, diria a colunista social Marlize Braga.

segunda-feira, 14 de março de 2005

A LIBERDADE DO ERRO

"Dizem que não há liberdade de imprensa no Acre. Mentira. Existe liberdade até demais. Todo dia, a cada edição, essa liberdade é a liberdade de escrever muito errado." Essa é a opinião do Aldo Nascimento, que criou o mais novo blog do Acre. Clique em Liberdade de Imprensa para acessá-lo.

Notícia do site IDG Now! destaca que "os blogs estão ganhando espaço na preferência da população como ferramenta informativa, roubando território dos meios tradicionais de jornalismo". Clique em Blogs roubam a audiência do jornalismo para ler detalhes.

COISA FEIA

Recebí dois e-mails assinados por Manuel Cesário e Raquel Rangel Cesário, ambos sanitaristas e pesquisadores do Observatório da Amazônia Sul-Ocidental em Saúde Coletiva e Ambiente, da Universidade Federal do Acre.

A primeira mensagem, destinada ao Tião Vítor, editor do Página 20, foi enviada como cópia para várias pessoas. Trata-se de uma queixa grave que não cai bem no momento em que o jornal comemora 10 anos de existência.

O jornal tem o dever de corrigir as falhas apontadas pelos pesquisadores e de explicar aos leitores a respeito da "chupada" do repórter Juracy Xangai.

Na segunda mensagem, os pesquisadores compartilham, comigo e Toinho Alves, satisfação e contrariedade:

- O artigo teve uma boa repercussão; ficou três dias na home-page do UOL, foi publicado em três sites de ONG's e entidades ambientalistas e até em um blog, além de ter sido muito mal pirateado pelo Página 20 de 13 de março (Juracy Xangai), que pega as informações do artigo, distorce, acrescenta erros e apresenta sem citar a fonte. Se vocês quiserem publicar a versão correta para os seus leitores, sintam-se à vontade.

Leia a mensagem enviada por eles à editoria do Página 20:

Senhor Editor-chefe,

Ao mesmo tempo em que o congratulamos pela iniciativa de divulgar no Página 20 a ocorrência da Bartonelose na fronteira Peru-Brasil, lamentamos o fato de a matéria ter sido muito mal pirateada na edição do jornal, de 13 de março, pelo repórter Juracy Xangai, que pega as informações de nosso artigo, publicado na revista Scientific American Brasil, de março de 2005, distorce, acrescenta erros e apresenta sem citar a fonte.

É inaceitável que a imprensa leiga veicule informações técnicas errôneas e dite pautas (inexistentes) para reuniões técnicas.

Se vocês quiserem publicar a versão correta para os seus leitores, atendo-se à verdade dos fatos e citando sua fonte de informação, sintam-se à vontade.

Quando o anexo acima abrir, com a edição de março da Scientific American Brasil, clique no link "Infecção bacteriana rumo ao Brasil" - a primeira das notícias, abaixo da figura com os dinossauros.

Esperamos ver as correções para estas falhas antes do dia 17 próximo.

Raquel e Manuel Cesário

O "FICA" DE JORGE VIANA

Até que o presidente Lula anuncie a reforma ministerial, a imprensa vai especular se o governador Jorge Viana deixará ou não o cargo para ser ministro da Coordenação Política ou do Planejamento, como era cogitado na semana passada.

Uma fonte confiável apresenta argumentos suficientes para motivar a permanência de Jorge Viana no Acre:

1. Ele não vai trocar pelo cargo de ministro a visibilidade nacional e internacional de governador para passar a receber ordens de outro ministro, como José Dirceu.

2. Poderia aceitar o convite caso fosse detentor de um mandato de deputado federal ou de senador, para não correr o risco de se tornar um ministro refém do cargo.

3. O presidente Lula precisa recompor a base aliada e por isso não seria conveniente sacrificar um aliado com o grau de lealdade do governador acreano.

4. Permanecendo governador, Jorge Viana continuará a merecer do presidente Lula tratamento privilegiado entre os demais governadores, sendo chamado a resolver problemas políticos de toda ordem.

5. Decidido a cumprir seu mandato até o final, o governador continuará livre para agir como se na realidade fosse um ministro de Lula, como ocorreu na semana passada, no Peru, quando foi homenageado pelo presidente Alejandro Toledo ao tratar de temas diplomáticos com a autoridade de um chanceler brasileiro.

O melhor é esperar, para saber se o "fica" de Jorge Viana continua sendo o Acre.

domingo, 13 de março de 2005

EU AVISEI

No dia 17 de fevereiro publiquei aqui a nota "O bicho vai pegar", após uma conversa ao telefone com o músico João Donato. Leia o que foi publicado hoje na coluna do Ricardo Boechat, no Jornal do Brasil:

''O bicho vai pegar'' é a nova paixão de João Donato.

Assim o compositor batizou a turnê que vai fazer por várias cidades ribeirinhas do Acre apresentando músicas suas com novos arranjos, todos para sanfona.

Morando desde rapaz no Rio, Donato, hoje com 70 anos, colherá homenagens na terra natal. O governador Jorge Vianna, por exemplo, dará seu nome a um centro cultural em Rio Branco.

quinta-feira, 10 de março de 2005

GEAN CABRAL


Meu amigo Gean Cabral é o autor dessa charge sobre o recente encontro do presidente peruano Alejandro Toledo com uma delegação do governo do Acre, da qual faziam parte o líder indígena Benk Ashaninka e o nissei Sérgio Nakamura, secretário de Obras.

- Altino, depois que virei pai tive que trocar as compras na papelaria de material para desenho pelas compras nas famácias, supermercados (fraldas, leite...). O jeito foi usar o lápis da Gabriela para desenhar. Agora o risco de publicar a charge é todo seu.

Valeu, Gean! Seria demais pedir uma todo dia, mas umazinha semanal deleitaria a nós todos. Prepare a próxima.

Agora pergunto pra galera: quem quer mais charges do Gean? Então deixe mensagens de apelo ao mesmo.

quarta-feira, 9 de março de 2005

"MUTIOS GOLES"


Na dúvida, dê um clique sobre a foto

Jornalista Charlene Carvalho, redatora da coluna Bom Dia, do jornal A Tribuna, estava ontem bastante inspirada.

Tocou fogo na Cordilheira dos Andes, imaginou que os acreanos ignoram a proximidade de Brasil e Bolívia e esqueceu que os Andes perpassam o país vizinho.

Cometeu erro com pronome relativo acompanhado pela preposição: “A Bolívia é muito mais perto do Acre do que imaginamos, mas poucos acreanos têm consciência do que está acontecendo no país vizinho, com o qual entramos em guerra no início do século passado para que o Acre pudesse ser Brasil”.

"Com" e "contra" têm sentidos opostos, mas muita gente teima em igualá-los. Poderia ter dito “contra o qual entramos em guerra no início do século passado para que o Acre pudesse ser Brasil”.

Do jeito que foi publicado, parece que os dois países se aliaram para lutar contra um terceiro país.

Está lá, na abertura da coluna, referindo-se ao presidente Carlos Mesa: "Ontem, a Mesa ameaçou tornar sua renúncia irrevogável se o país não chegar a um acordo nacional...".

O prêmio de jornalismo José Chalub Leite, que enaltece todo ano essas e outras atrocidades da imprensa acreana, poderia avaliar, além do conteúdo, o mínimo respeito à língua portuguesa.

E, ainda, o mínimo respeito à língua espanhola. O jornalista Tião Maia, que acompanhou o governador Jorge Viana na viagem ao Peru, abusou da linguagem para produzir uma pérola na abertura da entrevista que fez com o presidente peruano Alejandro Toledo, reproduzida nos jornais de Rio Branco:

“Ex-jogador de futebol com algum talento, o economista Alejandro Toledo usou uma linguagem na qual o Brasil é uma das maiores autoridades para dizer que, junto com o presidente Luís Inácio Lula da Silva, serão vencidas as dificuldades burocráticas que ainda separam os dois países. “Vamos hacer mutios goles em la cacha d la integracion”, disse o presidente na seguinte entrevista:”

Vou poupá-los da entrevista cujo título (“Vamos fazer muitos gols na cancha da integração”, diz Toledo) foi publicado em “portunhol”.

“Mutios” goles e “mutias” chamas a todos que se julgam no cume dos Andes.

O FIM DO TELEFONE

No final do ano passado, contribuí para que os índios da tribo yawanawá, do rio Gregório, na fronteira com o Peru, quase descartassem o obsoleto aparelho de fonia ao apresentá-los o Skype, um programa de telefone grátis na internet, que permite realizar chamadas sem pagar para qualquer parte do mundo.

Os yawanawá, que possuem internet via satélite em decorrência de um programa de inclusão digital, atualmente se comunicam com seus aliados em várias partes do mundo a partir da internet telefônica. O áudio do Skype supera o da Brasiltelecom em qualquer ligação.

Sugiro a leitura do artigo do jornalista Elio Gaspari, publicado hoje no Globo e na Folha, para melhor entendimento dos avanços da internet telefônica nos EUA e do atraso que impera em nosso país:

Lembra-se do telefone? Vai acabar
ELIO GASPARI

Nova York é uma cidade sabidamente pobre, com a população obrigada a viver, na média, com US$ 36 mil dólares anuais. Lá, como em diversas localidades americanas, a internet telefônica se transformou num campo de competição empresarial. O Brasil, país sabidamente rico (US$ 3.300 anuais, na média), não precisa dessa bobagem. Talvez seja por isso que as grandes operadoras não batalham pela regulamentação do serviço, evitando assim a disputa comercial em torno de uma nova tecnologia que, na essência, prenuncia o fim do telefone como tal. Esse serviço só está disponível em Pindorama para grandes empresas. Os consumidores residenciais, se quiserem, precisam buscá-lo no exterior.

Uma operadora baseada na Europa cobra US$ 13 dólares por mês e dá aos seus assinantes americanos dez horas de telefonia, seja para onde for. Aos demais, dá tarifas de sonho. Seu programa já foi baixado em 82 milhões de computadores. Nos Estados Unidos, uma empresa cobra US$ 25 a clientes de Nova York, sem limite de tempo, safando-os de impostos e taxas. Já conseguiu 400 mil assinantes. A Comcast, uma das grandes companhias de TV a cabo do país, já anunciou que vai entrar na competição. A Microsoft desenvolveu o programa Istambul, que empacotou num só volume as mensagens eletrônicas e o operador de internet telefônica.

Houve um tempo em que as empresas estatais faziam reserva de mercado de serviços. Privatizou-se o sistema e namora-se a reserva de mercado tecnológica. A Telefônica informou ao repórter Pedro Marques que está “preparada para oferecer serviços de voz sobre IP quando for adequado a seus clientes”. A Brasil Telecom diz parecido: “Assim que acharmos o momento adequado, faremos um posicionamento sobre os serviços.” Até lá, posicione-se, sentada, a patuléia.

Com uns poucos acessórios (nada a ver com aparelhos especiais), qualquer computador ligado à rede por meio de um sistema de banda larga pode se transformar num telefone, com menos tarifas, menos impostos e mais recursos. Por exemplo: o cidadão tem conta em São Paulo, mas sua mãe mora em Manaus.

Ele compra um número virtual no Amazonas e recebe telefonemas da mãe sem que ela pague a tarifa interestadual. Em 1999, Tim Berners-Lee, a pessoa mais próxima do título de “Inventor da internet”, já avisava que a ligação telefônica sem custo para o consumidor era coisa possível.

Há aí uma complexa, e bonita, questão de política pública. A internet telefônica reduz em cerca de 80% o preço das chamadas para quem tem computador e acesso de banda larga. Ou seja, refresca a vida do andar de cima. Mais: ela desafia a abusiva tributação telefônica. Enquanto isso, o andar de baixo continuará preso ao celular, às tarifas mais altas do mercado. Quiseram tributar os ricos. Vão tungar os pobres.

O que se pode fazer para aumentar o número de domicílios brasileiros com computador? Como se poderia trazer alguns milhões de brasileiros para dentro do serviço de banda larga? Vale a pena? Nessa hora, deve-se invocar o espírito de Sérgio Motta. Em 1995 os burocratas queriam que a Embratel (na sua encarnação estatal) tivesse o monopólio do provimento da internet. Havia 15 mil pessoas na fila, esperando para entrar na rede. Motta e FFHH chutaram o pau da barraca e entregaram o caso ao mercado.

O Brasil já está grandinho. O governo deveria ir para a porta da Anatel para chamar empresários interessados em abrir negócios de internet telefônica. Se eles conseguirem clientes, parabéns. Se não, pena.

terça-feira, 8 de março de 2005

PEGUE O TREM

Aqui vai uma dica para quem gosta de ler jornais, mas não ganha dinheiro suficiente para pagar dezenas de assinaturas, sobretudo das versões existentes na web.

O Clipping Radiobras é um serviço oculto do público que vem sendo implantando para permitir o acesso ao conteúdo da mídia apenas a quem for previamente cadastrado.

Mas permanece liberado a quem chega ao endereço do serviço, criado basicamente para servir às autoridades do governo brasileiro que moram ou estão de passagem pelo exterior.

Tenha acesso ao conteúdo dos jornais O Globo, Folha de S.Paulo, O Estado de S.Paulo, Jornal do Brasil, Correio Braziliense, Valor Econômico, Gazeta Mercantil, além das revistas Veja, Istoé, Época, Istoé Dinheiro, Carta.Capital e Exame.

Mas existem outros jornais cujo conteúdo está disponível a custo zero: Estado de Minas, O Dia, Zero Hora, Diário de São Paulo, A Tarde, Jornal do Commercio, Diário Catarinense, Gazeta do Povo, O Imparcial, Correio da Bahia, Diário do Pará, O Liberal, A Gazeta, Amazonas em Tempo, O Popular e O.Povo

Acesse textos e vídeos dos telejornais Bom Dia Brasil, Jornal Hoje, Jornal Nacional, Jornal da Globo e Fantástico, Jornal da Band, Jornal da Record e Globo News.

É isso: a gente paga impostos, o governo pega o dinheiro e assina jornais para saber o que falam dele e...

Clique em Clipping Radiobrás. No campo usuário escreva “brasil”. A senha é “2004.

Boa leitura.

SOBRE AS ÁGUAS

A assessoria de imprensa do WWF-Brasil envia informações parciais sobre os hábitos de consumo e a percepção da questão dos recursos hídricos no Brasil, reveladas em pesquisa encomendada pelo Programa Água para a Vida ao Ibope.

Nada menos que 88% dos brasileiros acreditam que o país irá enfrentar problemas de abastecimento de água em médio ou longo prazos, em razão da forma como a água é utilizada. Entre os jovens, este número cresce para 94%.

A maioria dos jovens brasileiros, de 16 a 24 anos, conhece, em parte, os problemas relacionados aos recursos hídricos e acha importante não desperdiçar água. Cerca de 73% deles acham que o consumo em sua casa poderia ser menor. Entretanto, 64% gastam de 6 a 15 minutos no banho.

Cerca de 74% da população concorda com um projeto de lei que estipula o pagamento de um a dois centavos para cada mil litros de água consumida, para quem gasta mais ou polui, desde que estes recursos sejam utilizados para conscientizar as pessoas sobre o uso da água e para custear a recuperação e proteção das bacias hidrográficas.

O resultado da pesquisa será anunciado quinta-feira, na sede do WWF-Brasil, em Brasília, pela secretária-geral da ONG, Denise Hamú, e pelo coordenador do programa, Samuel Barreto.

segunda-feira, 7 de março de 2005

7 DE MARÇO


É bom demais encarar idade nova na companhia de velhos amigos. Foi o que fiz hoje contando com a salvaguarda do Toinho Alves e Elson Martins. Saboreamos duas “peixas” curimatãs, moqueadas, que nos renderam 1,5 kg de ova. Bolo, açaí, café e porronca na sobremesa. Alguém é capaz de advinhar o tema dominante da conversa do trio?

sábado, 5 de março de 2005

"PRESIDENTE" JORGE VIANA


Existe no Orkut, desde o dia 20 de janeiro, uma comunidade dedicada ao governador Jorge Viana.

Ela foi criada por Wesley de Oliveira Jucá, 19, que usa uma foto de Che Guevara e se declara “tímido, teimoso, impaciente, suicida, fóbico social, depressivo e perfeccionista.”

A descrição literal da comunidade Jorge Viana é a seguinte:

- Comunidade dedicada a este grande nome do estado do acre, que soube lutar pelos os seus ideais e não desistiu nunca, hoje e governador do estado e se destaca internacionalmente e futuramente desejo que seja nosso presidente do brasil.

Na manhã de sábado havia 25 membros na comunidade, sendo que o primeiro tópico do fórum de discussão pede a opinião sobre uma possível candidatura de Jorge Viana a presidente do Brasil.

O tópico foi criado por Janaina Ribeiro, de Rio Branco. Eis a transcrição literal das opiniões dela e de Wesley:

- Eu acho um a coisa boa mais não acho que isso deva acontecer.

- Chefinho, uhhuhuhu ele e o kr certo pra arrumar o brasil, ta uma bagunça em? uhuhuhuh.

MARINA SILVA É D+


Também existe no Orkut a comunidade Marina Silva é D+, “aberta ao debate sobre o trabalho, vida e obra da incrível Ministra do Meio Ambiente e Senadora pelo Estado do Acre Marina Silva, defensora da ética e justiça e moral na politica. Sua vida é uma inspiração de luta e trabalho para todos os brasileiros.”.

A comunidade Marina Silva é D+ foi criada pelo jovem cristão/protestante Timóteo Rodovalho, 21, de Brasília. Existem seis tópicos no fórum da comunidade em homenagem a Marina Silva. Num deles o desafio é contar a vida dela em três palavras.

Geni, criadora do tópico, escreveu:
- Nasceu em 1958.

Rebeca completou:
- No seringal Bagaço.

Camila acrescentou:
- Mais jovem senadora.

Adriano, o último a se manifestar:
- Foi empregada doméstica.

sexta-feira, 4 de março de 2005

NIVER DO EX-GALINHO

O Tião Vítor, editor do Página 20, telefona para pedir um texto curto sobre os 10 anos do jornal. Eis a seguir o texto que enviei:

Nas minhas passagens pelo Página 20, existem três fatos que me causam satisfação: ter feito a reportagem que foi a manchete da primeira edição; convencido sua direção a publicar o jornal na internet, além de ter escrito a reportagem sobre fraude que serviu para anular o vestibular da Ufac em 96 e que levou o deputado Roberto Filho a espancar o Antônio Stélio na redação e a me caçar, em vão, para me matar.

A minha relação com o jornal, desde o começo, é de amor e ódio. Assim como contribuí pesadamente para o seu nascimento, chamando pessoas como o Gean Cabral para integrarem a equipe, também já defendi inúmeras vezes o seu fechamento. O Página 20 é como a casa da Mãe Joana. É por isso que entro e saio dele quando bem entendo.

Depois de ter enviado o texto, o Tião Vítor voltou a falar comigo. Tivemos o seguinte diálogo:

- Tu não quer que eu publique isso desse jeito, quer?

- Claro que quero. Na boa. É meu depoimento sincero.

- Altino, estamos no momento de festa e um texto como esse é querer sacanear.

- Tião, então publica apenas o primeiro parágrafo.

- Ok! A primeira parte está ótima.

E ainda tem gente que me questiona porque insisto em viver no Acre. Alguém é capaz de me indicar um lugar mais sério e divertido?

Como hoje estou bem humorado, parabéns e vida longa ao Página 20.

CRÍTICA A FAVOR

Está mais abaixo o comentário Fio da meada, no qual destaquei ontem notas das colunas políticas dos jornais Página 20 e Tribuna sobre o senador Tião Viana e a ministra Marina Silva, ambos virtuais candidatos à sucessão do governador Jorge Viana.

Na edição de ontem, em nota intitulada “Nome forte”, a Tribuna afirmava na coluna Bom Dia:
"O nome do senador Tião Viana, primeiro vice-presidente do Senado, continua sendo um dos mais fortes e com melhor perfil para disputar o governo do Estado em 2006."

Na edição de hoje, na mesma coluna, o jornal tem nova avaliação sobre a sucessão. Tião Viana já não tem mais o melhor perfil.

Por que os jornais insistem em considerar o leitor desprovido de inteligência e senso crítico? O saudoso jornalista José Chalub Leite classificaria esse como um típico caso de "crítica a favor".

Insisto no tema para não perder o fio da meada. Leia as notas:

MARINA
Pode quem quiser escolher o discurso fácil de que a ministra Marina Silva saiu perdendo essa briga dos transgênicos, mas não é bem assim. Marina pode não ter conseguido mudar a lei, mas - para orgulho do povo acreano que tanto a admira -, entre manter suas convicções e ideais e se sujeitar ao poderio econômico, ficou com sua consciência.

ESTRELA
Negra, pobre, filha de seringueiros e com saúde frágil, Marina era daquelas pessoas que tinha tudo para dar errado, mas sua força, determinação e vontade de vencer foi maior que as adversidades. Saindo ou não do Ministério do Meio Ambiente, sai como vencedora. Vergonha é o governo, eleito pelo povo para governar o País e conduzi-lo a melhores condições, optar pelo caminho fácil de apoio às elites em detrimento do povo, coisa que Marina, graças a Deus, não fez.

NOME
Pelo conjunto da obra e pela maturidade política, o nome de Marina - não há dúvida - é o mais forte para o governo do Acre em 2006. Une a Frente Popular, tem apoio da sociedade e todas as condições de governar o Estado com dignidade. Alguém duvida?


Entre as muitas facetas admiráveis da personalidade da ministra Marina Silva, a que sobressai mais intensamente, além de manutenção firme dos seus ideais de luta, é sua fé. Marina é o exemplo típico dos versículos bíblicos, segundo o qual "o justo viverá pela fé" e "maior é o que está em mim, do que aquele que está no mundo".

quinta-feira, 3 de março de 2005

HISTÓRIA TORPE


Outro dia, em dezembro, a novelista Glória Perez visitou minha página na comunidade Orkut e deixou lá o seguinte testemunho:

- Meu conterrâneo, obrigada pelas palavras sempre carinhosas, pelo apoio à minha luta, pela solidariedade que demonstrou sempre. Que bom reencontrar você aqui nesse ORKUT. É como reencontrar um pouquinho do meu Acre.
Beijo

Em retribuição ao carinho dessa mulher genial, manifesto minha solidariedade em decorrência do comunicado que ela assinou e distribuiu durante a coletiva de imprensa do lançamento da novela América. Leia:

“É do conhecimento de todos que uma das campanhas da novela América é a dos "bons tratos" aos animais. Em razão disso, como é de praxe em todos os meus trabalhos, entrei em contato com homens do campo, tratadores, peões, donos de boiada, organizadores de rodeio, donos de animais domésticos e militantes da causa de proteção aos animais, com o intuito de fazer com que o país debatesse a questão de como nós enxergamos e de como nos relacionamos com os animais.

Se a proposta de dialogar foi aceita com boa vontade e entusiasmo pelos demais segmentos, a reação de grupos que se intitulam “protetores de animais” foi surpreendentemente agressiva e desequilibrada.

Não quero generalizar, deve existir gente séria militando nesta causa nobre, mas o que se apresentou a mim foi uma legião de psicopatas, que respondeu à convocação para participar da novela com um ataque violento à memória de minha filha Daniella, proferindo injúrias graves e fazendo escancarada apologia ao crime, ao aplaudir a figura e o feito de seu assassino.

Através de um programa de computador capaz de multiplicar mensagens, invadiram minha página no ORKUT deixando 8 mil scraps nesse teor, a maior parte deles ilustrados com a imagem do corpo sem vida de Daniella O material está lá, para quem quiser vê-lo e para servir de prova às providências legais que já foram tomadas.

Como não poderia deixar de ser, esses acontecimentos determinaram algumas alterações na novela. É claro que não vamos penalizar os animais: a campanha pelos bons tratos se mantém inalterada, mas as personagens de Caco Ciocler, Raul Gazzola e Gabriela Duarte, que no projeto inicial representariam esses militantes na trama, não terão mais essa função.

Com este esclarecimento dou por encerrado o assunto: essa história torpe não tem e nem terá lugar no palco de América. Ao contrário do que querem fazer parecer, aqui não existe polêmica: existe, sim, um caso de polícia, a ser resolvido.”

FIO DA MEADA

Jornais Página 20 e Tribuna divergem hoje nas colunas políticas em relação ao nome do virtual candidato do PT a sucessor de Jorge Viana no governo do Acre.

Diz o Página 20 na nota “Contra Marina”:
"Bastou a ministra Marina Silva apresentar problemas de saúde no fim da semana passada para algumas pessoas se movimentarem contra uma possível candidatura sua ao governo em 2006. Como em política há fila, é bom lembrar que ela ainda é uma das primeiras."

Na nota “Nome forte”, a Tribuna afirma:
"O nome do senador Tião Viana, primeiro vice-presidente do Senado, continua sendo um dos mais fortes e com melhor perfil para disputar o governo do Estado em 2006."

Bem, vale a pena lembrar que, em outubro do ano passado, o governador Jorge Viana disse que o ideal seria a Frente Popular não deixar para a última hora a escolha do nome do candidato que concorrerá à sucessão. Ele sugeriu que isso ocorresse no segundo semestre de 2005.

No final do mês passado, considerando 2005 um ano de muito trabalho, que não pode ser desperdiçado com disputas políticas, o próprio governador criticou duramente quem antecipava as discussões sobre sucessão estadual.

Viana chegou a afirmar que 2006 era o ano certo para que a Frente Popular do Acre abrisse a discussão sob pena de ser prejudicado o trabalho que o governo e a prefeitura têm a desempenhar agora.

Disse que, embora não seja candidato ao governo, a sucessão precisa ser discutida primeiramente com ele, que faz parte do processo e ainda é o melhor cabo eleitoral da FPA.

Como os dois jornais publicam apenas o que agrada ao governo, fica fácil deduzir que suas fontes dentro da Frente Popular estão em ebulição, muito divididas entre Marina Silva e Tião Viana.

Esse registro enfandonho dos fatos é para não perder o fio da meada.

quarta-feira, 2 de março de 2005

AOS NAVEGANTES

Aviso aos que dão em média 100 cliques diários nessa página: a ferramenta destinada aos comentários encontra-se aberta sem restrição.

Caso queira opinar, dê um clique na palavra COMENTÁRIO(S) que aparece ao final de cada nota, depois novo clique em POST A COMMENT e, ao abrir a janela, escolha o modo de identificação, escreva sua mensagem e clique em LOGIN AND PUBLISH. Seu comentário terá publicação imediata.

Teste a ferramenta agora, para conferir como é fácil, e aproveite para opinar a respeito do blog.

Divirtam-se sem ofensa à honra de quem quer que seja.

terça-feira, 1 de março de 2005

DIÁLOGO MOTIVO

(para Toinho Alves, a conversa com um trem)

A tua ausência
Não cabe no meu sonho
Nem quando fechas os olhos,
Curvas a cabeça, agigantas os braços
E de tuas mãos devotadas
Jorra a Valsa No 9, de Camargo Guarnieri.

Ah, antes que me esqueça:
Eu não quero voltar a tocar piano nem violino.

A tua ausência
Não cabe no meu sonho
Nem mesmo quando Xico Sá adverte
Que o amor é como a linha reta do trem:
Começa na Estação Paraíso e termina na Consolação.

Estou em Sacramento
Amanhã vou pra Serra da Canastra
Tomar banho na Cascadanta
Beber água na nascente do São Francisco.

Bombons de cupuaçu.
Astor Piazzolla.

Mil perdões.
Ai, que vergonha.
Por favor, me desculpa.
Eu não podia imaginar
Que a sua casa estava cheia de gente.

Je t'aime d'amour.
Tá bem, vem.
Até muito breve.
Inté, trem.