POR MÁRCIO BITTAR
É imprescindível que o próximo governo federal tenha condições objetivas e vontade política para fazer as reformas tão necessárias ao País. O pleito nacional que se avizinha terá três candidatos com reais chances de vencerem as eleições. A atual presidente da República, o senador e ex-governador de Minas Gerais Aécio Neves e o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos são os candidatos mais competitivos; eles possuem larga base eleitoral, experiência administrativa e estrutura partidária.
A presidente, ao longo de seu governo, não tomou a iniciativa de promover nenhuma reforma. É um governo inepto, não se falou seriamente em reforma previdenciária, reforma trabalhista, reforma eleitoral e reforma do pacto federativo. É um governo com o freio de mão puxado. Na economia assistimos pasmos a desindustrialização do país, a volta da inflação e o baixo crescimento. Os investimentos em infraestrutura são parcos, mal feitos e sem nenhuma transparência nos gastos.
As contas públicas estão deterioradas apesar da pesada maquiagem nos dados. A credibilidade do país no mercado esvaiu-se completamente. A presidente adota a fórmula fracassada em todo o mundo civilizado do controle de preços. Por fim, a deterioração do tecido social acelera-se com a violência urbana, com o avanço do narcotráfico, com a péssima educação brasileira, a falta de condições de saneamento e a manutenção da pobreza. Do PT não se pode esperar por mudanças, apenas mais do mesmo e aprofundamento dos problemas, sem falar no caráter totalitário dos petistas, cada vez mais indisfarçado.
O ex-governador de Pernambuco participou ativamente dos governos dos petistas e contribuiu para o atual estado das coisas. O seu partido tem o mesmo ideário ultrapassado do socialismo e, ainda, participa, como membro fundador, do Foro de São Paulo (entidade internacional fundada por Lula e Fidel Castro para a promoção do bolivarianismo na América Latina). Em termos ideológicos não há diferenças essenciais entre o PSB e o PT.
O que esperar? Campos já afirmou com todas as letras que é contra uma reforma trabalhista, contra a redução da idade penal e quer manter o papel do Banco Central como está. A pretensão é estar alinhado com o Lula e ser oposição a Dilma Rousseff, como se o governo de Dilma não fosse uma continuidade do governo do Lula. Um hipotético governo do Partido Socialista Brasileiro não terá as condições objetivas para realizar as mudanças que clama o povo brasileiro. É uma oposição sutil, cordata e montada apenas para as eleições.
O senador Aécio Neves demonstrou ao longo de seus dois governos em Minas Gerais que é o oposto dos petistas e socialistas em geral. Cuidou de sanear as contas públicas mineiras, azeitar a máquina estatal, qualificar os serviços públicos (já são conhecidos os bons indicadores de Educação das Minas Gerais) e enfrentar os problemas com transparência e honestidade. Incentivou a industria mineira e a produção rural a gerar empregos que dão dignidade ao cidadão. Expressou o desejo de levar a cabo as principais e necessárias reformas para o Brasil.
A reforma da previdência, a reforma trabalhista, a reforma eleitoral, um novo pacto federativo, a redução da maioridade penal, o combate ao narcotráfico, o controle da inflação e o equilíbrio das contas públicas estão entre suas bandeiras. É senador pelo PSDB, um partido que legou ao país o fim da inflação, a estabilidade econômica, a lei da responsabilidade fiscal, uma ampla gama de programas de distribuição de renda como a Bolsa-Escola e a consolidação da democracia. Aécio Neves tem DNA democrata, sua história pessoal e familiar é de luta pela democracia.
O Brasil e o Acre carecem de reformas profundas que liberem a criatividade e a força de trabalho e produção de sua gente. Precisamos avançar. Precisamos ter coragem para mudar o rumo das coisas. Mudança real e para melhor será o meu objetivo e é o objetivo do senador Aécio Neves. O momento é crucial para o País e para o nosso Acre.
Marcio Bittar é deputado federal, presidente da Executiva Estadual do PSDB do Acre e primeiro secretário da Câmara dos Deputados
Um comentário:
Ôpa, alguém ouviu o marqueteiro, ou não.
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