Mensagem de Francisco Assiz Monteiro, candidato a presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Xapuri:
"Caro Altino,
Sobre a disputa do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Xapuri e sabendo de sua disposição de garantir o debate democrático, gostaria de pontuar algumas questões.
A atual presidente do STRX, Dercy Teles, tenta desqualificar todas as pessoas que não estão do seu lado. O que dizer dos comentários que dão conta que ela formou um grupo com inúmeros apoiadores que não tem absolutamente nada de honesto e o que é pior, nada com a história do sindicato? O que sabemos é que são pessoas que estão pensando as eleições do Sindicato como a antesala das eleições do ano que vem.
O fato é que a disputa democrática de um Sindicato Rural como o de Xapuri não pode ter na pessoa de sua presidente a única que pode falar pela entidade. Dercy quer tratar o Sindicato como sendo somente dela. Não é. Construímos esta história com muitas mãos e, queira ela ou não, exigiremos que a disputa seja dentro do que a lei determina como forma de coibir seu ímpeto autoritário.
Com relação a eu ser cargo comissionado do Governo, para mim não é nenhum demérito, uma vez que considero uma honra participar do governo do companheiro Binho Marques, que em muito ajudou na construção desta história do nosso Sindicato. Quando formos eleitos, sairei do governo para poder participar na proposição de políticas públicas através de nosso Sindicato.
É uma pena que a atual presidente do STRX me trate apenas como comissionado do Governo do Estado. Para refrescar sua memória, ela deveria lembrar que participei dos primeiros Empates junto com muitos outros companheiros, fui Professor do Projeto Seringueiro, Agente de Saúde nas Comunidades Rurais, Presidente da CAEX, Presidente do STRX, Vice-Presidente da Associação dos Moradores do Seringal Equador, Secretário Municipal de Saúde de Xapuri, Coordenador do Programa Adjunto da Solidariedade em Xapuri e muitas outras atividades relacionadas busca de melhoria de vida para nossos associados.
Sem contar que Dercy sai acusando todo mundo de desonesto. Pois que prove o que afirma. Se algum dos nossos companheiros tiver alguma ação transitada e julgada que lhes impeça de participar do pleito, que a atual diretoria demande na justiça a impossibilidade de suas participações. O que nossa chapa quer é concorrer e, se os trabalhadores acharem que somos o que devem representá-los não será a atual diretoria que nos impedirá.
Altino, o problema é que a atual gestão não apresentou nenhuma proposta nova. Por isso, passo para seus leitores um pouco do que estamos pensando para nosso sindicato. Entendemos que são vários os desafios, porém o maior e mais urgente é o de puder compatibilizar o desenvolvimento econômico com a conservação ambiental, principalmente nas unidades de conservação entendidas como: reservas-extrativistas e os projetos de assentamentos agroextrativistas. Bem como ampliar a luta por educação, saúde, ramais, escoamento da produção, energia, créditos, organização comunitária e outros. As nossas principais bandeiras de luta são:
1. Discutir com os trabalhadores e os governos a implementação dos projetos de manejo florestal comunitário de uso múltiplo (madeireiro e não madeireiro) e alternativas de geração de trabalho e renda.
2. Fazer parcerias com instituições de pesquisas para o uso racional de produtos florestais de forma sustentável.
3. Lutar pela desapropriação, demarcação e legalização fundiária para os trabalhadores de áreas ocupadas que ainda estão irregulares;
4. Promover a capacitação dos trabalhadores para enfrentar as novas tecnologias e os novos desafios do mercado de trabalho.
5. Apoiar o planejamento do desenvolvimento econômico da unidade de produção, de forma a garantir renda para a geração presente e futura, no espaço do produtor (colocação, colônia e outros)
6. Lutar pelo avanço na qualidade da educação rural e ampliar para os locais onde ainda não existe.
7. Lutar por um serviço de saúde preventivo adequado para as populações rurais com ampliação onde não existe.
8. Lutar pela abertura e conservação dos ramais para todas as comunidades.
9. Lutar para que o Programa Luz no campo atenda a todos os produtores da região.
10. Apoiar os trabalhadores para que possam ter acesso a crédito e financiamento com assistência técnica
11. Lutar pela organização das comunidades criando novas delegacias Sindicais ou organização similar.
12. Melhorar a comunicação na zona rural.
13. Sensibilizar os sócios para a participação ativa nas ações do Sindicato e a importância da contribuição Sindical.
Abraços,
Assiz Monteiro"
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