Gerson Albuquerque
A letra da canção “Inútil”, do grupo Ultraje a Rigor, muito reproduzida em meados da década de 1980, expressa uma dupla provocação à norma culta da língua portuguesa e à mente colonizada daqueles que, tratados como incapazes, se aceitam como incapazes e se promovem como incapazes, seguindo às cegas – feito horda ou rebanho - seus líderes que prometem “tomar conta de tudo”, propagandeando quimeras absurdas ou distribuindo discursos fáceis, prometendo resolver tudo.
Há poucos minutos, conclui a leitura de uma reportagem, assinada por Fábio Pontes, em que o mesmo afirma ter entrevistado a reitora da Universidade Federal do Acre. Em uma passagem de sua fala, a professora Olinda Batista lança mão do argumento de “coincidência intelectual” para justificar ou tornar irrelevantes as imoralidades que fizeram com que as provas do vestibular 2008 fossem anuladas. Tal anulação, vale ressaltar, não apenas lesou o erário e o patrimônio público, como violentou os milhares de estudantes que se inscreveram e participaram de tal concurso público.
Quem vai pagar a conta dos prejuízos materiais e financeiros que essa instituição pública teve para arcar com o vestibular? Quem vai pagar os custos dos desgastes emocionais e físicos dos milhares de jovens que apostaram suas energias, seu tempo, suas expectativas e ansiedades em tal exame? Quem vai cobrir as despesas com deslocamento/alojamento/alimentação de todos os que, provenientes de várias localidades, se submeteram às provas?
O discurso de ocasião e os dispositivos artificiais utilizados pela reitora – para justificar o injustificável - constituem-se outras formas de violência e de subestimação da opinião pública e da capacidade de reflexão daqueles que atuam nesta instituição e se esforçam para que a mesma corresponda aos anseios e expectativas de toda a sociedade com relação ao ensino superior.
Dizer, como está escrito na reportagem, que “não se sabe de quem é a autoria daquelas questões” ou “que não há uma outra pergunta a se fazer”, como ressalta a reitora é, no mínimo, estarrecedor para quem, em julho de 2008, na condição de candidata, difundia seus desejos de ser reitora, pelos quatro cantos do Estado do Acre, para “...cuidar, zelar, promover a instituição” e, mais ainda, que não carregava consigo “...um jogo de ‘faz de conta’, mas uma seriedade que [imprimiria] qualidade em todas as ações, agindo, sempre, com justeza, caráter, dignidade, compromisso ético com a função educativa”.
Sugerir que um determinado conteúdo, um nome, uma passagem, um personagem, uma localidade, ou seja lá o que for, somente pode ser “manipulado” ou “tratado” de uma maneira, que não há outra forma de fazer pergunta ou afirmar “que não há uma outra pergunta a se fazer”, é o mesmo que dizer que o conhecimento está esgotado, que nossa condição não é histórica, que não traduzimos. É, no dizer do professor espanhol Jorge Larossa, ficar restrito, condenado a uma hermenêutica tradicional, “segundo a qual o corpo das palavras opera como simples portador de seu sentido, como representante ou vicário, ou lugar-tenente de seu sentido, como o lugar que tem ou con-tém o sentido”.
Ao contrário do que tenta fazer crer a reitora, o conhecimento é infinito, porque é algo não cumulativo, porque é ampliado, rompido, retomado, abandonado, atualizado, significado ou re-significado pelos que se propõem a vivenciar tal experiência. Nesse aspecto, vale a pena retomar as considerações de Larossa: “o que o corpo das palavras revela é justamente a alteridade constitutiva da linguagem, sua distância e sua ausência com respeito a si mesma”. Desse modo, os programas das provas do vestibular ou os conhecimentos difundidos através dos livros didáticos, a partir dos quais os estudantes se debruçaram para ficar em condições de responder às questões formuladas, jamais estarão sujeitos às mesmas formulações, ao mesmo estilo, às mesmas entonações, independentemente de quantas vezes ou por quantos professores forem manuseados.
A formulação (cópia, plágio, reprodução), em determinadas provas do vestibular da Ufac, das mesmas questões formuladas em provas de outras instituições, é fraude, é roubo ou apropriação indevida e nada tem a ver com coincidência intelectual que é uma outra coisa, bem diferente do que disse a reitora. Não se combate a farsa com arremedos, com atenuantes inconcebíveis. “À verdade não se opõe a mentira, mas sim o erro”, afirma o professor Márcio Pugliesi na introdução à edição brasileira do livro “A origem da tragédia”, de Friedrich Nietzsche. “Para mentir é preciso conhecer-se o verdadeiro e mascará-lo. Para errar, basta desconhecer a verdade”.
Desmerecer esse debate, artificializar o problema ou torná-lo insignificante não tem nada de educativo e muito menos ético. Ao fazer isso a reitora perde uma chance ímpar de, longe de sua fantasmagórica e pirotécnica campanha, manter a indissociabilidade entre o discurso e a ação, agindo, como ela mesma fez questão de afirmar: “...com justeza, caráter, dignidade, compromisso ético com a função educativa”.
“A gente somos inúteis”, dizia a canção de Roger Moreira, e parece que nossos “dirigentes” resolveram tomar isso ao pé da letra, posto que “cuidar da gente” virou sinônimo de enganar a gente e, como “a gente não sabemos tomar da conta da gente”, nos governam do alto de seus delírios, suas crendices, seus dizeres a serem desditos em outra ocasião. Nesse caso, temos que, na contracorrente, bradar a plenos pulmões que “não somos inúteis”. Mesmo quando nos encontramos diante do grotesco. Mesmo quando vivemos sob a égide de uma mentalidade pré-política, caracterizada pela “tirania doméstica”, como ressalta Lima Barreto, em Triste Fim de Policarpo Quaresma, cujo lema é: “o bebê portou-se mal, castiga-se”.
◙ Gerson Albuquerque é professor vinculado ao Centro de Educação, Letras e Artes da Universidade Federal do Acre.
24 comentários:
Finalmente uma voz da propria UFAC tentar trazer para o outro lado do muro as mazelas eticas que a UFAC esta mergulhada ha bastante tempo...Este corporativismo cruel da UFAC nos dar vergonha!!!!!O-Linda, nao faca tanta feiura...
Li a entrevista da reitora da UFAC e fiquei estarrecida. O Prof. Gerson soube traduzir muito bem o sentimento de indignação de todos os que não compactuam com bandidagens desse tipo.
Muita coragem do prof Gerson. Realmente a UFAC está em decadência total...
Houve apenas uma pequena alteração da lei da conservação das massas, de Lavoisier. Na UFAC, nada se perde, nada se cria; tudo se copia.
Muito bom o texto, o professor realmente é muito corajoso e definiu bem o universo em que vive a UFAC.
A UFAC precisa de gestão.
Hércules
A Universidade não é prédio, são pessoas. A briga que rola é pela burocracia. Talvez o Caríssimo revolucionário Gerson não ganhou o cargo que ele queria. Talvez se ele fosse reitor o discurso dele seria outro. Para quem gosta de criticar, somente isso, é melhor não aceitar nenhuma responsabilidade, nenhum cargo de chefia, pois estará sujeito a pagar pelos erros dos outros, tal qual a magnifica Olinda está pagando. O Gerson, as vezes, chega a ser tão ridículo que defende, por exemplo, que o Mestrado em Letras seja apenas análise de currículo, com a foto ainda. Mas confesso, ele sabe muito, mas também pisa na bola como qualquer pessoa.
Hermes - mensageiro dos deuses
Interesante é a lista de comentadores anônimos. Na Ufac essa prática também se tornou comum. Creio que isto pode ter pelo menos dois sentidos ou vivemos num ambiente extremamente truculento ou naturalizamos as práticas farcistas. Há tempo comprometer-se tornou-se uma prática pouco comum entre nós. É necessário ter mais que a coragem do Gerson, é preciso juntarmos forças para derrotar não só os presepeiros de carterinha mais o modo farcista de fazer universidade que se estabeleceu nos ultimos tempos na Ufac.
Não disse! José Ronaldo confirmou. A briga é pela divisão de cargos. Chamam de fascismo, de totalitário a gestão atual da UFAC. Tem gente brigando é por poder dentro da UFAC, tem gente querendo é mais.
Gente como o Gerson que defende a seleção de mestrado somente por currículo faz com que pessoas fiquem no anonimato, esse é o medo, ele é do tipo zagueiro, marca de perto, então ele não seria diferente na perseguição, ou você acha que ele selecionaria alguém que o critica? Ou você acha que a análise de currículo é democrática? Com a somente análise de currículo que o Gerson defende é a prova que ele colocaria quem ele quisesse,o pessoal do time dele, uma pratica unilateral e fascista. Não Coloque a "cara a tapa" José Ronaldo. Porque alguém pode te corrigir. Só um exemplo que sofro, as vezes, aqui no Altino: a palavra fascismo não é "farcismo" como você escreveu. Eu principalmente não assino meu nome devido ao preconceito linguístico que possa sofrer. Aqui no Altino, as vezes tem babacas que fazem correções que na minha opinião é besteira.
Hermes
O que interessa é que a reitora pisou na bola. Não estão em questão os erros dos professores, está em questão a clara tentativa dela em defender esses professores que cometem erros.
Quanto a assinar o nome, não se pode negar que o Gerson é infinitamente mais corajoso do que os anônimos, inclusive eu. E se ele está ou não atrás de cargo, problema dele. Se o José Ronaldo está ou não atrás de cargo, problema dele também. O que não se pode negar é que o Gerson tocou numa ferida aberta na UFAC.
Em tempo: não tenho nenhum medo de críticas ao meu português, mas tenho medo (covarde que sou)às perseguições na UFAC. Por isso,permaneço no anonimato.
Olá vocês!
Sou de fora sou de Mato Grosso e por enquanto, só uma vestibulanda. Não tenho nada a ver com a luta pelo poder na UFAC tudo o que sei é que minha família pobre gastou o que não tinha para eu fazer o vestibular na UFAC. Saber que a reitora chama de coincidência intelectual o que esses professores plagiadores fizeram dá muita raiva. A UFAC devia devolver o dinheiro do pessoal de fora.
Celina Maria de Oliveira
O frágil Gerson é um Davi contra o Golias da UFAC. Essa Universidade do Acre nunca me convenceu, desde os tempo do Áulio, o reitor que tinha a cara da ditadura, aliás quase todos os reitores que ocuparam a cadeira têm essa característica.Se fecharem a UFAC quem mais vai sentir falta são os estudantes de outros estados, pois os acreanos estão mesmo preferindo as particulares.
Desculpas pelo meu combalido português. Não estou procurando cargo estou apenas lutando por uma sociedade não farcista (agora acho que acertei). A única vez que ocupei cargo na Ufac foi para alimentar minha ingenuidade politica. Mas logo veio o fim da ilusão. Cargo nunca mais. Minha luta na Ufac é em favor da formação de professores não farcista. É pela construção de uma universidade autonoma, geradora de conhecimentos e livre dos modismos imposto por governos farcistas.
Não é que é mesmo fascismo. Será que terei que pedir ajuda aos universitários.
Olá Gerson,
Realmente, trabalhar no inferno diário da ufac (como o venho fazendo há 15 anos) exige além de atenção e aprendizagem contínuas, muito cuidado para não ser envolvido em situações como as que temos visto nos últimos episódios que vieram a público, envolvendo a ufac. Isto sem falar do que acontece diuturnamente e que poucos tomam conhecimento. Além disso, são poucos os que se manifestam e assumem posição contra a injustiça cada vez mais frequente na instituição. E a canga que carreia tudo isso são as irmãs gêmeas - a corrupção e a ignorância - que juntas e sôfregas buscam tragar todos que mostrem comprometimento, seriedade e honestidade com os bens públicos e os direitos dos cidadãos.
Enfim, tem-se medo de ser honesto (coisa de gente "fraca"), ora, afinal o que é público é de todos (alardeiam cinicamente os defensores do "farinha pouca meu pirão primeiro)...Medo da perseguição, medo de perder a "boquinha", medo, medo.
O seu texto coloca no centro do debate questões que foram escamoteadas pela mídia aligeirada e superficial que busca apenas repetir a versão oficial. É preciso que se ouçam as vozes dos que tratam a instituição, os bens públicos e os direitos da sociedade com respeito.
Parabéns pelo texto.
Socorro Craveiro
Olá Gerson,
Realmente, trabalhar no inferno diário da ufac (como o venho fazendo há 15 anos) exige além de atenção e aprendizagem contínuas, muito cuidado para não ser envolvido em situações como as que temos visto nos últimos episódios que vieram a público. Isto sem falar do que acontece diuturnamente e que poucos tomam conhecimento. Além disso são poucos os que se manifestam e assumem posição contra a injustiça cada vez mais frequente na instituição. E a canga que tudo carreia são as irmãs gêmeas - a corrupção e a ignorância - que juntas e sôfregas buscam tragar todos que mostrem comprometimento, seriedade e honestidade com os bens públicos e os direitos dos cidadãos que precisam dos serviços dessa instituição.
Enfim, tem-se medo de ser honesto (coisa de gente "fraca"), ora, afinal o que é público é de todos (alardeiam cinicamente os defensores do "farinha pouca meu pirão primeiro")...Medo da perseguição, medo de perder a "boquinha", medo, medo.
O seu texto coloca no centro do debate questões que foram escamoteadas pela mídia aligeirada e superficial que busca apenas repetir a versão oficial. É preciso que se ouçam as vozes dos que tratam a instituição, os bens públicos e os direitos da sociedade com respeito.
Abços, Socorro Craveiro
Parabéns ao Gerson pelo texto e parabéns para a Socorro pelo comentário lúcido.
Não sou anônima,o que está acontecendo é que não consigo me registrar neste blog, droga! Ronaldo, proponho uma troca: você me ensina a fazer o registro e eu corrijo os teus posts antes da divulgação(rs). Brincadeinha, é só para mostrar que somos todos ignorantes (no sentido de desconhecedores)em algum aspecto do conhecimento.
Lindinalva Messias
Caríssima Lindinalva,
para não ser anônima, basta ter uma conta no google, podendo ser até um e-mail na gmail. Depois basta ser corajosa, colocar a "cara a tapa", ao selecionar o perfil conta do google, falo corajosa porque nem todos tem coragem de se expor. Outrossim é necessário repetir o "clic" em postar comentário, porque sempre na primeira tentativa vai anunciar que não foi possível. A situação de sermos ignorantes em algum aspecto do conhecimento é a chamada especialização. pego como exemplo o médico, ele é especialista em algum ramo, mas antes de tudo ele é clínico geral. Podemos deliberar a situação do discurso com a pragmática, alguns retiram conclusões apenas sendo "observadores neutros", são aqueles que fazem parte da situação comunicativa, mas não vão conhecer os reais motivos para a produção daquele enunciado. Por exemplo, se o cebolinha fala estou "louco" não quer dizer que ele está realmente louco, a situação real do discurso é que ele troca a letra [r] pela [l] em sua produção oral. "Observadores neutros" tiram suas próprias conclusões, pegam a amplitude de um discurso e restringe a uma situação menor. Posso ser um "observador neutro", as vezes, mas até onde presumo não foi a Olinda quem fez a prova do vestibular, ela está pagando por erros dos outros. Quando Gerson fala: "não somos inúteis", pode ser interpretado que ele queria ter elaborado a prova do vestibular, que ele sim é competente. Caríssima Lindinalva, vejo que você é uma cônscia na fonologia. Mas me explica, por gentileza, como numa "modernidade líquida" pode alguém ser reacionária a ponto de ser fascista? Onde está a individualidade? Qual multiculturalismo a UFAC adota numa avaliação se temos individualidade e não estamos numa "modernidade sólida"?
Caríssimo Nilton
Obrigada pelas explicações para não ser anônima neste blog. De qualquer forma, acho que não fui anônima visto que assinei a mensagem e coloquei minha "cara a tapa". Qaundo eu tiver tempo e disposição, colocarei suas orientações em prática. Quanto ao fato de sermos todos ignorantes em determinados assuntos, eu me dirigi especificamente ao Ronaldo com quem tenho bastante aproximação para fazer brincadeiras. Não tenho diposição para comentar coisas tão evidentes como essa e que, de forma alguma, foi uma ofensa ao Ronaldo ou a quem quer que seja.
Quanto à modernidade líquida, reacionária, fascista etc pergunte a um especialista já que você parece tanto apreciar a especialização. Como você mesmo disse, minha praia é a fonologia (a fonética também). Isso não me impede de ter opiniões e interpretações próprias sobre o que leio. Você, naturalmente, pode interpretar o texto do Gerson como bem entender.
Caríssimo, Nilton, ninguém está responsabilizando a Professora Olinda pelos erros do vestibular, apenas não concordamos com o fato de ela ter afirmado em entrevista que a questão do plágio é coincidência intelectual. É simples assim.
Lindinalva Messias
Caríssimo Nilton
Obrigada pelas instruções para não aparecer como anônima no blog, mas prefiro que o Ronaldo me ensine. De qualquer forma, acho que não fui, de maneira alguma, anônima no meu post, tanto assim que você pôde me responder.
Quanto ao fato de não termos, todos, conhecimentos sobre todos os assuntos, se você ler meu post com cuidado, verá que me dirigi diretamente ao Ronaldo, em tom de brincadeira, visto que tenho aproximação suficiente com ele para brincar dessa forma. Não o ofendi, e nem a nenhuma outra pessoa, visto que também me coloquei na situação de desconhecedora de determinado assunto, e assunto tão banal para tanta gente, para ele, Ronaldo, e para você, por exemplo. Neste aspecto, peço que leia meu post com mais atenção.
Não vou comentar sua preleção sobre especialização, acredito que todos os que acessam esse blog conhecem o que você apresentou. Mas apreciei a referência ao cebolinha, gosto muito do cebolinha, aliás gosto muito de toda a turminha da Mônica.
Quanto à modernidade líquida ou sólida, etc. etc., sugiro que se dirija a um especialista já que parece apreciar tanto a especialização. Como você mesmo disse, minha praia é a fonologia, o que não me impede, contudo, de ter opiniões e interpretações próprias a respeito do que leio. Você, naturalmente, pode interpretar o que lê da forma como bem entender. Caríssimo Nilton, todas as pessoas do mundo, por mais simples que sejam, e por menos leituras que tenham em determinados assuntos, têm direito a suas opiniões.
Caríssimo Nilton, ninguém está responsabilizando a Professora Olinda pelos erros no vestibular, isso seria muita tolice. Apenas não concordamos com a afirmação dela em entrevista que o plágio dos professores seja coincidência intelectual. Eu me coloco totalmente contrária a tal afirmação e penso que entendimentos dessa natureza têm conseqüências graves para a Universidade. Na minha interpretação, já que cada um tem a sua, foi o que o Gerson escreveu.
Lindinalva Messias
Caríssimo Nilton
Obrigada pelas instruções para não aparecer como anônima no blog, mas prefiro que o Ronaldo me ensine. De qualquer forma, acho que não fui, de maneira alguma, anônima no meu post, tanto assim que você pôde me responder.
Quanto ao fato de não termos, todos, conhecimentos sobre todos os assuntos, se você ler meu post com cuidado, verá que me dirigi diretamente ao Ronaldo, em tom de brincadeira, visto que tenho aproximação suficiente com ele para brincar dessa forma. Não o ofendi, e nem a nenhuma outra pessoa, visto que também me coloquei na situação de desconhecedora de determinado assunto, e assunto tão banal para tanta gente, para ele, Ronaldo, e para você, por exemplo. Neste aspecto, peço que leia meu post com mais atenção.
Não vou comentar sua preleção sobre especialização, acredito que todos os que acessam esse blog conhecem o que você apresentou. Mas apreciei a referência ao cebolinha, gosto muito do cebolinha, aliás gosto muito de toda a turminha da Mônica.
Quanto à modernidade líquida ou sólida, etc. etc., sugiro que se dirija a um especialista já que parece apreciar tanto a especialização. Como você mesmo disse, minha praia é a fonologia, o que não me impede, contudo, de ter opiniões e interpretações próprias a respeito do que leio. Você, naturalmente, pode interpretar o que lê da forma como bem entender. Caríssimo Nilton, todas as pessoas do mundo, por mais simples que sejam, e por menos leituras que tenham em determinados assuntos, têm direito a suas opiniões.
Caríssimo Nilton, ninguém está responsabilizando a Professora Olinda pelos erros no vestibular, isso seria muita tolice. Apenas não concordamos com a afirmação dela em entrevista que o plágio dos professores seja coincidência intelectual. Eu me coloco totalmente contrária a tal afirmação e penso que entendimentos dessa natureza têm conseqüências graves para a Universidade. Na minha interpretação, já que cada um tem a sua, foi o que o Gerson escreveu.
Lindinalva Messias
Obrigado Lindinalva, vou esperar as correções mais o importante é que o significado se dá no uso segundo a gramática filosófica de Ludwig Wittgenstein. O ponta pé foi dado pelo Gerson e creio que existe muitas pessoas na Ufac dispostas a produzir outras práticas. Devemos urgentemente começar a produzir um estatuto e um regimento, dois dispositivos ou ausente ou confusos desde 12/12/2004.
Tem mesmo é que botar ordem nessa bagunça que é a UFAC!
Caríssima Lindinalva, é sempre bom usar um acessório para enxergar, como óculos, por exemplo. Seu comentário me fez enxergar outros horizontes, muito obrigado. Não é necessário ofender diretamente com palavras, basta uma reprovação no discurso. O discurso da Olinda foi reprovado. Eu aprendo muitas vezes de maneira epistemológica, isso é um aprendizado. Aprender com as experiências dos outros. Como seria a melhor maneira de lidar com a situação que a Olinda está viveciando? Qual seria o melhor discurso? Essas perguntas ficarei refletindo. Me colocarei no lugar dela. Felicidades e sucesso Lindinalva, tenho muita gratidão por ter sido seu aluno.
Ok, Ronaldo. Mas eu não deixarei de procurar você para que me ensine coisas da informática, não pense que vai se livrar de mim. Quanto ao mais, concordo com você, o pontapé foi dado e agora cabe a nós todos discutir e tentar encontrar os melhores caminhos.
Nilton, fico contente por ter me compreendido. Acredite que o que falei no primeiro post foi uma brincadeira. Tenho muitos defeitos, mas essa arrogância boba de querer ser "mais sabido" do que os outros, realmente não tenho. Aliás, sou uma das que lutam contra isso na UFAC. Também tenho boas recordações de você como aluno, quando for a UFAC, não deixe de me procurar.
Lindinalva
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