quinta-feira, 6 de março de 2008

QUEIMA DA BIOMASSA NO ACRE

Um problema de saúde pública


O Jornal Brasileiro de Pneumologia traz uma pesquisa que comprova cientificamente a gravidade da poluição atmosférica causada pelas queimadas em Rio Branco. Em setembro de 2005 a qualidade do ar em Rio Branco ultrapassou os limites aceitáveis durante 23 dias.

A pesquisa relaciona a poluição atmosférica devida à queima de biomassa florestal aos atendimentos de emergência por doença respiratória em Rio Branco.

De acordo com o resumo do estudo, a poluição atmosférica é um importante problema de saúde pública, principalmente na Amazônia e grandes cidades brasileiras. Em setembro de 2005, observou-se elevada concentração de fumaça em Rio Branco, Acre, devido às queimadas.

Para avaliar a relação entre a concentração diária de particulate matter < 2,5 µm (PM2,5) e o número de atendimentos diários de emergência por doença respiratória (DR), desenvolveu-se estudo ecológico. A concentração de PM2,5 ultrapassou o limite de qualidade do ar durante 23 dias. Observou-se maior incidência de DR em crianças < 10 anos e correlação positiva entre a concentração de PM2,5 e atendimentos por asma.

Segundo dados avaliados pela Universidade Federal do Acre, têm sido observados eventos extremos e prolongados de poluição do ar relacionados com a seca acontecida na Amazônia em 2005, possivelmente a maior em mais de 60 anos, incluindo os impactos por queimadas florestais; escassez de água em igarapés, rios e açudes; e baixa umidade relativa do solo e do ar.

O estudo tem a autoria de Márcio Dênis Medeiros Mascarenhas, Lúcia Costa Vieira, Tatiana Miranda Lanzieri e Ana Paula Pinho Rodrigues Leal(Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde), Alejandro Fonseca Duarte (Universidade Federal do Acre) e Douglas Lloyd Hatch (Centers for Disease Control and Prevention–CDC, USA).

Clique aqui para ler a pesquisa na íntegra. Postei a foto acima neste blog no dia 20 de setembro de 2005, com a legenda a seguir: "Sobre o rio Acre, a ponte Francisco Wanderley Dantas, batizada com o nome do ex-governador que atraiu para o Estado fazendeiros no começo dos anos 70 com o slogan "O Acre é um sertão sem seca e um sul sem geada". Às 9h30 da manhã".

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