IBGE erra o censo, mas não evita gastança no Acre
Na semana passada, o juiz federal Pedro Francisco, titular da 2ª Vara da Seção Judiciária do Estado do Acre, determinou que a Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) suspendesse os efeitos da contagem populacional de 2007 da cidade de Rio Branco, e que fosse aplicado o resultado obtido com o censo 2006.
A ação ordinária, com pedido de antecipação parcial dos efeitos da tutela, foi ajuizada pela prefeitura de Rio Branco, que se viu prejudicada com a contagem realizada pelo IBGE no censo 2007, apresentando o número de 290.639 habitantes, sendo 23.488 habitantes a menos que o resultado apresentado pelo Censo 2006, onde a população da cidade estava estimada em 314.127 habitantes.
O pessoal da unidade do IBGE no Acre pode não ser competente para contar gente, mas sabe usar muito bem os cartões de pagamento do governo federal. Nove funcionários já sacaram, em cash, R$ 49.610,00 nestes primeiros dias de 2008. No ano passado, os saques totalizaram R$ 926.570,32.
O IBGE aparece com gastos milionários porque foram distribuídos cartões para que recenseadores sacassem dinheiro para pagar despesas. A falta de transparência consumiu mais de R$ 33,3 milhões em 2007. Suspeita-se que houve excessos ao tentarem eliminar a burocracia
Veja aqui.
2 comentários:
Devagar com o andor, pois o santo (santo?) é de barro.Essa questão dos cartões corporativos tem sido totalmente desvirtuada pela imprensa oposicionista. É preciso, sim, esclarecer e punir eventuais excessos e seu uso indevido, caso da nossa ex-ministra da igualdade racial, de triste memória. Mas é preciso lembrar que os cartões foram criados com nobre propósito, o de desburocratizar o exercício da função pública, evitando que servidores (honestos, sim, eles existem) em atividade de trabalho tenham prejuízo ocasionado pela morosidade da máquina. Se os cartões dão margem à maracutaias e deslumbres, são outros quinhentos mil-réis. Até quando este país (nós todos) será tão maniqueísta?
Fred Perillo
A adoção dos cartões, de fato, atualiza os gastos do governo. Dá, até, para aceitar alguma coisa dos argumentos da ministra Dilma, quanto a melhoria na transparência (haja, palavrinha, gasta!) na gastança pública (aliás, não é esse bem o termo: a coisa seria gasto de dinheiro público com finalidades privadas. Alguma coisa nessa linha.). Cartões de crédito é uma das tecnologias financeiras que mais cresce e se aprofunda nesses tempos de "capitalismo de endividamento" - estou inventando essa, agora, lembrando da farra de gastos que animou a economia norte-americana nos anos noventa (e que redundou no rombo de hoje) e anima a economia brasileira, hoje.
Então, adotando o cartão de crédito o governo deu a esse segmento das finanças (cartões de crédito) um imenso setor dos gastos nacionais. Isso é coisa de tucano mesmo que encontram, sempre, alternativas para abrir as pernas para o capitalismo financeiro lançar âncora). Só os tucanos, mesmo, para abrirem essa porta.
O que, de fato, se precisa é ordenar os gastos. Os cartões terminaram por mostrar os pequenos escoadouros do dinheiro público. As vezes, efetuado de forma a manter os bens comprados no interior das estruturas públicas, mas, destinados ao uso particular de um ou outro funcionário - lembram da sinuca? A questão, agora, é compatibilizar essa inovação financeira com as regras do gasto público. Isso não está lá tão claro.
Tem a lei das licitações no meio e por ai vai...
Agora, que os tucanos e o pessoal da arena, ops, do DEM está assanhado, mais do que deveriam, estão, sim. Estão criando mais confusão do que de fato existe. e, pior. Não colaboram, em nada, para o aprimoramento das práticas de governo. Somente jogam pra platéia.
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