sábado, 10 de novembro de 2007

PERSONAS NON GRATAS

Condenado por pedofilia no Acre e em Rondônia, o jornalista Mário Emílio Bolívar Malachias há anos realiza a proeza de ser editorialista e colunista do jornal A Tribuna, a partir de um presídio na terra dele, Minas Gerais. E costuma ser venenoso comigo, porque fui o único jornalista a escrever, para o Jornal do Brasil, reportagem sobre a primeira prisão dele, no Acre, quando foi flagrado pela Polícia Federal fazendo sexo com um grupo de menores, fumando maconha, portando três álbuns com fotografias de menores nuas, além de uma parafernália de instrumentos usados em fantasias sexuais.

Sobre o encontro, ontem, da imprensa com o procurador-chefe do Ministério Público, Edmar Monteiro, o apenado plantou mais uma nota venenosa contra meu trabalho na coluna Bom Dia, que edita:

"A entrevista correu normalmente e muitos pontos foram esclarecidos, mas um incidente não passou despercebido. O polêmico jornalista Altino Machado, simplesmente, foi impedido por seguranças de entrar no gabinete do procurador Edmar Monteiro por ser persona non grata no Ministério Público".

O que na verdade ocorreu, tendo a cena sido presenciada por vários colegas, entre os quais o fotógrafo Marcos Vicentti, presidente do Sindicato dos Jornalistas, foi o diálogo lacônico já reproduzido aqui:

- Você não, Altino - disse o procurador, que não costuma andar com segurança, quando tentei adentrar em seu gabinete.

- Mas também sou jornalista, procurador - argumentei.

- Aguarde fora da sala - acrescentou Monteiro, fechando a porta e girando a chave.

A atitude do procurador-chefe foi um fato isolado e se revelou inócua porque limitou-se a dizer aos jornalistas que atendeu que estava viajando, havia chegado ao Acre durante a madrugada e que não tinha nada a falar a respeito do pedido de prisão do ex-deputado Roberto Filho. É compreensível porque o procurador é famoso pela cautela e coragem que costuma demonstrar nessas horas.

Pois bem, não sou persona non grata no Ministério Público como o jornal tenta fazer crer, pois a instituição não se limita ao procurador-chefe, tanto que fui o único repórter a entrevistar ontem o promotor Danilo Lovisaro, que assinou o pedido de prisão contra o ex-deputado Roberto Filho, e a promotora de Defesa do Consumidor, Alessandra Marques, ameaçada de morte junto com o juiz de direito da 4ª Vara Criminal da Comarca de Rio Branco, Cloves Augusto Alves Cabral Ferreira. E quem possibilitou isso, durante recepção extremamente cordial, foi o promotor Celson Jerônimo de Souza, presidente da Associação do Ministério Público do Acre.

Além de Mário Emílio Malachias, quem deve ser persona non grata no Ministério Público é o empresário Ely Assem de Carvalho, dono do jornal, que responde a incontáveis processos na justiça, inclusive já tendo sido denunciado por promotores e recolhido ao presídio estadual por conta de uma ação criminal originada por uma reportagem que fiz durante o governo de Edmundo Pinto.

É aquele famoso caso de corrupção na Eletroacre no qual figuram outros bacanas da supopsta elite acreana. Na época, a prisão dele foi decretada pelo então juiz Pedro Ranzi, que atualmente é desembargardor e presidente em exercício do Tribunal de Justiça do Acre. Por via das dúvidas, clique aqui para acessar o site do Tribunal de Justiça e buscar pela vida pregressa desses impolutos figurões da imprensa acreana.

Jornalista polêmico é a vovozinha.

3 comentários:

Anônimo disse...

Altino, você viu isso?

Palanque pra Lula no Acre custa R$ 100 mil!!! E ele falta

Por Katia Brasil, na Folha de S. Paulo (10.11.2007):

O governo do PT no Acre construiu um palanque de madeira, feito com árvores retiradas da floresta amazônica, ao custo de R$ 99.051,67 para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fazer o discurso de inauguração da fábrica de camisinhas em Xapuri (183 km de Rio Branco), terra do líder seringueiro e ambientalista Chico Mendes, morto em 1988. Mas a inauguração, marcada para a última segunda, foi adiada em razão da agenda do presidente, segundo a assessoria do governador Binho Marques, e não há previsão de nova data. O extrato de contrato do palanque foi publicado em 1º de novembro no "Diário Oficial" do Estado. A Secretaria de Infra-Estrutura assinou o contrato, no dia 28 de outubro, para empresa NEO Construção e Comércio Ltda. construir o palanque em dez dias.

ALTINO MACHADO disse...

Li na noite de ontem, na Folha, e durante a semana no site do Roberto Vaz.

Anônimo disse...

Altino uma proposta para seu blog:Vamos elaborar uma lista das Personas Non Grata, eu vou começando tá?

1.Darly Alves
2.Mario Emílio Malachias
3.Orleir Camely
4.Flaviano Melo
5.O Ninja, que agora ingressou no PC do B
6.O Capitão Ricardo, àquele da repressão ao Dia D
7.O Coronel Hildebrando Pascoal
8 Daqui vocês seguem adiante