quinta-feira, 8 de março de 2007

ELES LÊEM O BLOG

O debate aberto por este blog, sobre estudos para a prospecção de gás e petróleo no Acre, foi parar na Folha de S. Paulo. Veja o que publicou no domingo a coluna Painel:

Na tribo

O senador Tião Viana (PT-AC) apresentou uma emenda ao Orçamento da União destinando R$ 75 milhões para a exploração de petróleo e gás em uma reserva indígena no Parque Nacional da Serra do Divisor.


Eu não

Diante da reação irada de ambientalistas, Viana divulgou a versão de que o líder dos índios yawanava, Joaquim Tashka, era favorável à prospecção nas terras indígenas. Foi desmentido publicamente pelo próprio em blogs e jornais acreanos.


Resposta do senador Tião Viana, publicada hoje na coluna Painel do Leitor:

"Venho tão-somente solicitar reparação, a bem da verdade, quanto a desinformações emitidas pela coluna "Painel" (Brasil, 4/3), na nota "Na tribo", pois em nenhum momento do meu mandato parlamentar apresentei emenda de R$ 75 milhões para prospecção de petróleo em área indígena na serra do Divisor (Acre). Por outro lado, nunca disse que havia recebido o apoio do povo yawanava e muito menos fui desmentido pelo admirável amigo e líder Joaquim Tashka Yawanava. Apresentei, sim, emenda ao Plano Plurianual de 2004 para a prospecção de derivados de petróleo no Estado do Acre." TIÃO VIANA, senador pelo PT-AC (Brasília, DF)

Resposta da jornalista Vera Magalhães, do "Painel" em Brasília:

- Em 16 de fevereiro, o assessor de imprensa do senador Tião Viana divulgou que "Joaquim Tashka garantiu apoio do seu povo ao projeto de prospecções em busca de gás e petróleo no Acre". No comunicado havia, inclusive, declaração do líder indígena: "Queremos participar. Estamos abertos às prospecções", teria dito ele. No dia seguinte, Tashka concedeu entrevista desmentindo: "Vejo precipitação de Flaviano Schneider, da assessoria do senador, ao distribuir a inverdade de que o povo yawanava apóia os estudos de prospecção no Juruá".

3 comentários:

Anônimo disse...

Seu Altino, quem é quem e o quê nessa história? O índio bebe?
Os jornalistas não sabem escrever? O Senador esqueceu de lembrar? Esclareça, por favor!

Anônimo disse...

Salve Altino! Realmente é de grande valor este debate que você trouxe à tona, sobre a tenebrosa possibilidade de exploração de gás e petróleo, nesta região de fundamental importância para sobrevivência da incalculável riqueza da biodiversidade amazônica. Vale lembrar entre tantos, os Resultados do Seminário Análise da Implementação de Ações para o Uso, Conservação e Repartição de Benefícios na Região Juruá/Purus/Acre realizado aí em Rio Branco, entre 10 e 12 de setembro de 2002.
Este excelente trabalho feito por um consórcio das mais respeitadas ongs e estudiosos, a pedido do Ministério do Meio Ambiente, considerou (mais uma vez) esta uma área de extrema importância para proteção e preservação. Detalhes estão disponíveis no site do ISA - www.socioambiental.org
É óbvio que os danos causados seriam irreversíveis e que investir neste tipo de energia é um caminho obscuro, que sustenta um sistema injusto e tirânico. Os resultados desastrosos de experiências pregressas são exaustivamente citados e estão disponíveis para quem quiser ter o cuidado de se informar um pouco. A situação é séria. Quem ainda tiver um lampejo de consciência e boa vontade, que ajude em esclarecer a comunidade sobre esta grave ameaça, para que finalmente possamos nos unir para defender a nossa floresta.
Valeu Altino, você tem feito um belo trabalho como jornalista, vamos ver se vai se sair tão bem como ator…
Abraços, Fernando.

Anônimo disse...

Caros Altino e Fernando,

A nota publicada na Folha de São Paulo,na coluna Painel de domingo, dia 04 de março, assinada pela Jornalista Renata lo Prete, sobre a prospecção de petróleo e gás no Acre, mostra claramente o foco dos interesses "uma reserva indígena no Parque Nacional da Serra do Divisor".
Hoje, 09 de março, o jornal A Gazeta trás na coluna política assinada pelo Luiz Carlos:

ILAÇÕES E DEVANEIOS
"Não ví nenhum argumento sólido como contraponto à iniciativa do senador Tião Viana (PT) de se pesquisar petróleo no Acre. No máximo ilações e devaneios."

Ora, se o que há são só ilações e devaneios, porque a assessoria e próprio Senador procuraram a Folha de São Paulo para desmentir a nota?
E o que dizer da matéria plantada que dizia que os Yawanawa apoiavam o projeto e que foi contundentemente desmentida. Quem está fazendo ilações e tendo devaneios?
São dois aspectos dos discursos. Um técnico, onde os indigenistas e ambientalistas se fundamentam e o político. O primeiro não permite ilações pois, aponta fatos, estudos e resultados de pesquisas e levantamentos feitos in loco.

Bom trabalho aos senhores,

Lindomar Padilha