segunda-feira, 15 de janeiro de 2007

PLÁGIO NA INTERNET

Alou, Altino.
Tudo em paz.

O pessoal aqui, do Diário de Votuporanga, onde escrevo há 10 anos, vai fazer uma reportagem amanhã, falando do seu site e da denúncia. Depois te mando escaneado.

Eles também falaram com uns advogados especialistas em direitos autorais, e eles disseram que era até possível tirar a licença de jornalista do Roberto Vaz. Mas eu não vou seguir com isso. Não tenho mais muita saúde para esse tipo de briga.

E, falando nele, que "respostinha" mais sem vergonha, hem?

Primeiro: "José, Maria, Pedro", tudo bem, podem até existirem "a rodo por esse mundão", mas um "Zé Lezim" é um pouco mais difícil de se encontrar, não é não?

E a desculpa pela crônica, oras, aquilo nem é desculpa, é quase uma confissão de culpa: o cara me mandou um e-mail dizendo que "Aqui no Acre nós, jornalistas, não podemos assinar matérias investigativas sob pena de perseguição por parte de quem está no poder."

Quer dizer, ele tirou o dele da reta, e colocou o meu.

Segue abaixo a nota que enviei para o Observatório da Imprensa e o mail que recebi do Roberto Vaz.

Um grande abraço

Artur de Carvalho

Tudo bem que a internet é a democracia da informação. Até mesmo por que não tem muito jeito mesmo de conter essa molecada distribuindo livros, músicas e filmes de graça por aí. Para falar a verdade, eu já encontrei até meus livros na internet, sendo distribuídos num site, e fiquei, para minha própria surpresa, bastante orgulhoso com a coisa. Mas tudo tem um limite.

Recebi, outro dia desses, do jornalista acreano Altino Machado (ex-repórter dos jornais O Estado de S. Paulo, Jornal do Brasil e Folha de S. Paulo) uma denúncia de que uma crônica minha havia sido plagiada (leia)pelo “colunista” Zé Lezim, criação do radialista Roberto Vaz no site Acre 24 Horas.

Fui dar uma espiada no site e me espantei com a cara de pau do tal Zé Lezim. Acontece que aquilo nem pode ser considerado plágio. É pura e simplesmente uma cópia. O cara deu um Ctrl+C Ctrl+V numa crônica minha, publicada no jornal Diário de Votuporanga e no site MIXX, tirou o meu nome e colocou dele. Na maior cara-de-pau.

Não vou processar ninguém. Até por que tento, sempre que possível, me manter a uma certa distância dos advogados. Mas esse tal de Roberto Vaz, responsável pelo site e, provavelmente, o alter ego do tal Zé Lezim, deveria procurar alguém que entende de leis. Fosse outro o lesado, o jornalista poderia ser processado e ter sua licença para exercer a profissão devidamente retirada. Coisa que merece, aliás.

Mas não vou me dar ao trabalho. Do episódio vou guardar, apenas, a sensação de que é muito melhor estar sendo copiado por aí, do que estar copiando artigos de colegas de profissão.

Mail do Vaz:

Meu caro Artur de Carvalho minha intenção não foi roubar a autoria de seu texto. Pelo contrário. Ele me inspirou a criar um personagem que pode falar de muitas coisas sem ser molestado. Aqui no Acre nós, jornalistas, não podemos assinar matérias investigativas sob pena de perseguição por parte de quem está no poder. A idéia deste espaço de crônica popular é exatamente para dizer, sem sofrer conseqüências drásticas aquilo que um jornalista deveria noticiar aos seus leitores e a comunidade em geral. Peço perdão, pois seu texto foi usado como base e acabou ficando postado deste que definimos a seção. De qualquer forma mandei um e-mail para o Altino. Espero que me entenda e que possa contribuir, quem sabe, com um bom Zé Lezim sobre este episódio.

Um abraço fraterno do jornalista Roberto Vaz

2 comentários:

Anônimo disse...

Cara de pau este Vaz, para você ver ... o Sindicato se preocupa em não dar registro os novatos acadêmicos mas por sua vez permite que os jornalistas ou no caso em questão do nosso amigo - erros da hora - Jornalixo, continue publicado as suas insanidades ...

Anônimo disse...

Acho que está febre deve se contagiosa, pois passei dois anos escrevendo um TCC e foi literalmente "roubado". Ainda bem, que já providencie a publicação do TCC, e enviarei a universidade onde a pessoa faz uma pós....E "buxa", essa pessoas sem critérios de vergonha.