terça-feira, 9 de janeiro de 2007

DIOGO MAINARDI VENCEU

A imprensa acreana, que tanto barulho fez, esqueceu deliberadamente de noticiar que não deu em nada aquelas 142 reclamações cíveis de acreanos que pleiteavam cada um uma indenização de R$ 7 mil contra o Diogo Mainardi por dano moral em decorrência dos comentários dele no programa Manhatan Conection, do canal GNT.

Foi mico coletivo, impulsionado por políticos, considerar aquelas bobagens do Mainardi ofensivas a honra. Veja a decisão da juíza Solange de Souza Fagundes:

- Inicialmente, convém registrar que antes de se pronunciar sobre o mérito da questão posta, cabe ao Juiz examinar, de ofício, se estão presentes todas as condições da ação. Dentre estas condições, está a legitimidade das partes, pois somente podem demandar aqueles que forem sujeitos da relação jurídica de direito material trazida a juízo. Conforme bem preceitua o artigo 3º do Código de Processo Civil (CPC). “Para propor ou contestar ação é necessário ter interesse e legitimidade.” Vê-se facilmente no caso em tela a ausência de condição da ação, no que tange a legitimidade ativa ad causam. Percebe-se, se bem observados o objeto, a causa de pedir e o pedido, que o litígio em análise apresenta natureza indivisível, de titulares indetermináveis, ligados por circunstâncias de fato, que compartilham o mesmo interesse difuso, haja vista a atuação do réu, imputada como ilícita, não individualizar qualquer sujeito especificamente, restando, assim, a manifesta ilegitimidade da parte autora. Com efeito, reconhecida a ilegitimidade ativa ad causam, restou prejudicada a análise das questões ventiladas pelas partes. RAZÃO DISTO, com fundamento nos arts. 2º, 5º, 6º e 51, §1º, da Lei Federal nº 9.099/95 (LJE), subsidiariamente, no art. 81, §único, I, da Lei Federal nº 8.0878/90 (CDC), e, ainda, no art. 267, IV e VI, do Código de Processo Civil (CPC), declaro a extinção do presente processo. Sem custas e honorários advocatícios.

6 comentários:

Anônimo disse...

Altino,

Tive a honra de conhecer o Océlio de Medeiros (no ano que passei vestibular), 1981, em Belém- isso já faz um tempinho, fomos apresentados pelo Sr. Vinicius que
era o diretor do Clube do Remo na época em que eu trabalhava pros Passarinhos.
Ficamos imediatamente ligados, ele me ofereceu um livro dele de poesias e pouco tempo depois eu viajei para o Rio de Janeiro de férias, me encontrando com ele lá.
Minha férias foram maravilhosas, fui com minha mãe e ficamos em Copacabana onde meus tios tem um apto.
O Océlio passou nos pegar pra passear.
Ele levou junto com a gente uma filha dele muito bonitinha que esquecí o nome dela (!) era do meu "top" e bem loirinha... tenho até hoje uma foto da gente no Zoológico.
Fomos até a casa dele (eles moravam no Leblon) e ela (a filha) me levou pra praia- foi muito legal e tive um "namorico" com o Edgar, um dos filhos dele que é médico.
Océlio nos levou também para passar uns dias no sítio de um amissíssimo dele, Sr. Milton Afonso (que é o fundador e presidente da Goldencros) em Petrópolis e essas amizades foram
meu ponto de referencia no Rio.
Perdi contato com ele desde que fui embora do Brasil, em 1984.
Vc poderia me colocar em contato com ele?
tenho um carinho muito especial por ele.
Sei que posso confiar em vc.

Outra coisa:

A "Amazonia" começou aqui pelo satélite da "Globo" ontem (dia 9 de Janeiro).
Eu gravei pois estava ocupada e coloquei há pouco para ver.
Eu pessoalmente acho precoce fazer qualquer comentário, prefiro ver mais alguns capitulos para formar meu julgamento.
No entanto eu tenho lido seu SUPERBLOG a reação das pessoas.
Bem, é democrático, né?
Reagindo em função ao que foi discutido queria te escrever algumas coisas- porque afinal e acima de tudo sou humana:

ACHO- que as Bachianas no capítulo de abertura (é manjado sim!)...
Glauber Rocha já usou em seus filmes e muitos outros documentários e jornalismo reportagem também já usaram mas isso não deveria ser motivos de polemicas, afinal eles tem o direito- a obra é deles.
É uma questão de gosto, de escolha do diretor (embora vc tivesse me dito que a a AUTORA quem manda!)
Também existe uma chance (posso até estar errada) é MAIS BARATO usar um clássico como esse se estiver caído os direitos autorais de utilização no domínio público.
Mesmo se fosse por questão de economias tenho certeza que a "Globo" não iria hesitar em usar.
Outro detalhe:
O escritor e Documentarista Andrew Revkin- que escreveu o livro "The Burning Seanson" que foi a base do roteiro do filme
que seria rodado por Chris Menges sobre a vida do Chiico Mendes (o projeto do qual eu fiz parte)
pois bem- Andrew Revkin filmou Chico Mendes (através dele Chico Mendes ficou conhecido fora do Brasil) e também conviveu meses e anos na Amazonia filmando e documentando os Indios também, inclusive em Rondonia- documentários lindos e dramáticos.

Andrew Revkin num desses documentário usa as Bachianas.
Se eu tenho boa memória é um plano sequencia da MATA, da FLORESTA e está amanhecendo, com toda a beleza, ainda com a neblina e ele colocou as Bachianas e corta para o Chico Mendes recebendo o prêmio nos EUA.
Acho que é mais ou menos assim, ví esse documentário uma vez!
Pois bem- é EMOCIONANTE! Funciona.
A MÚSICA é fundamental nessa cena.
Quando vi tive a garganta entalada, as lágrimas rolaram.
O que é mais engraçado é que ví esse documentário em Rio Branco, numa cabana (réplica de uma casa de seringueiro) que ficava perto da praça da Guarda.
Aonde era a antiga "Radional"... uma vez em que visitei Rio Branco e fiu nesse lugar fazer umas pesquisas.
Pois bem- quem sabe a "Globo" viu esse docementário- viu que funcionou e usou?
É uma hipótese- afinal quem é original hoje em dia?

Meu último comentário (força de ler seus Blogs...)

Usar "tu" não é (de época)...
No Maranhão, no Pará (outros estados para serem citados que o RS) como diz o Sr.Moacyr Scliar- usa-sa "tu".
O detalhe é que ANTIGAMENTE - ironicamente ANTES que a GLOBO chegasse em Belém por exemplo,, na década de 70-
os paraenses sabiam conjugar corretamente.
Diziam "Tu queres?" "Tu gostas"? "Tu foste" ? Tu comeste" ? etc...
HOJE
NÃO falam mais assim por causa que na "GLOBO" das novelas (os personagens?) dizem "Tu foi" ? "Tu comeu"? Tu gostou"?

E para findar queria dizer esse último comentário.

Vivi 10 anos na França. Durante esse período ví na França duas Novelas Brasileiras serem programadas e por incrível que pareça uma delas foi "Escrava Isaura".
NÃO funcionaram, não pegaram.
O gosto do francês é mais para seriados americanos tipo DALLAS (que para os francêses é "novela") que as brasileiras.
Posso estar dizendo besteira mas me digam por favor quais novelas brasileiras estão fazendo sucesso lá hoje.
Vivo há 12 na Inglaterra.
Aqui NÃO existe novelas brasileiras programadas na TV.
Os Ingleses são mais noveleiros que o Brasil. Eles produzem as dele.
A diferença é que as novelas deles aqui duram décadas. É um fato.
Existe público para elas. Fidelidade.
NÃO existe espaço para as brasileiras.
Passeia férias vária vezes em Portugal.
Lá as novelas brasileiras fazem o maior sucesso.
É moda (vira moda) e os portugueses (e brasileiros) ADORAM essas novelas. É exótico, funciona.
Embora na ATUALIDADE os portugueses começaram a fazer as novelas deles. Produto nacional. Não acredito que a Globo vá sobrevier se isso continuar.
É uma questão cultural, os assuntos que são tratados, etc... acho.

A "Globo" vende SATÉLITE.
Desde que meu pai morreu, há três anos, minha mãe sempre está vindo nos visitar.
Meu marido comprou (para ela) a instalação da "TV GLOBO INTERNACIONAL".
Minha mãe vê, gosta e está feliz.
COmo se estivesse no Brasil.
TODA aquelas novelas dentro da nossa casa.
Existem corte para propaganda.
O que passa?
Publicidade da ANGOLA para a ANGOLA.
Lí numa revista (acho que foi VEJA) que o MAIOS PÚBLICO e exportação dos satélites da Globo é a Angola!

Quando conversao com meus parentes e amigos no Brasil
eu digo que a "GLOBO" não é o mundo...
A "Globo" não é em todo caso o centro do mundo.
É a mesma coisa que dizer que GILBERTO GIL ou CAETANO VELOSO são ESTRELAS INTERNACIONAIS porque vedem milhões de discos no estrangeiro.
Pode até ser verdade.
Mas são os brasileiros que compram esses discos e compram ingressos dos shows dele para matar a saudade...
A conecção é sempre um vínculo com o Brasil.

A Amazonia está no centro das atenções. É um fato. Mundialmente falando é verdade.
As chances de ter um "produto" feito na Amazonia, por técnicos e elenco da Amazonia - sim, este seria um fato inédito na história do Brasil e do mundo.
Enquanto isso não acontece, vamos ver a "Amazonia" da Glória Perez e da "Globo" e torcer para que milhões de pessoas a vejam.
Ao redor do mundo!

Sabe Altino parece um diário essa carta e está me levando mais de uma hora para escrever mas eu não poderia deixar de fazer este comentário.
Afinal eu tenho SAUDADES do Brasil, do Acre, de Belém. Aliás, da Amazônia.

Um beijo da amiga

Silvana M.E.D.V de Faria D.

Anônimo disse...

Altino, o Diogo nem ganhou e nem perdeu.
Empatou com ele mesmo.
Quem perdeu foi a assessoria jurídica parlamentar dos impetrantes.
E o cavalo?
Pela sentença da juíza, se depreende que o réu é uma besta e os culpados são mulas.
Meu negócio é saber sobre o cavalo branco!

Anônimo disse...

Não vejo esse resultado como derrota, muito pelo contrário. Quem se sentiu ofendido procurou os meios legais, conforme nossa constituição garante. Só o fato do Sr. Mainardi ter que contratar advogados e enviá-los aqui já é suficiente para mostrar que não somos um bando de ignorantes como ele e outros pensam.

Anônimo disse...

Diogo Mainard está louco para levar um processo como aquele levou a Petrobrás a "acabar com a vida" do Paulo Francis, como sustentam alguns. Como um sub-Paulo Francis, 'pessimamente' mal acabado, Mainardi prossegue destilando suas besteiras. Processá-lo é premiá-lo. Ignorá-lo é a melhor estratégia.

Anônimo disse...

Diogo Mainard está louco para levar um processo como aquele levou a Petrobrás a "acabar com a vida" do Paulo Francis, como sustentam alguns. Como um sub-Paulo Francis, 'pessimamente' mal acabado, Mainardi prossegue destilando suas besteiras. Processá-lo é premiá-lo. Ignorá-lo é a melhor estratégia.

Anônimo disse...

Em minha humilde opinião, tem que desconhecer bem a forma como o Mainardi escreve e opina para se sentir ofendido com isso. Sou acreana e em nenhum momento senti-me ofendida. Acho que grande parte dessas pessoas queriam apenas ganhar dinheiro.