domingo, 21 de janeiro de 2007

A CARAPUÇA

Por causa da nota Tribunada (leia) neste blog, o jornal A Tribuna reagiu hoje, mas sem mencionar o erro no qual incorreu. Segue a nota da empresa:

- A direção da Tribuna avisa, a quem interessar possa, que não está interessada (sic) em opinião de desempregados, desesperados, recalcados e outros “ados”. Seu projeto jornalístico e suas decisões editoriais dizem respeito à sua direção, à editoria, aos leitores, aos assinantes e aos anunciantes. Quem quiser que vista a carapuça.

Comentário meu: Em agosto, durante um debate (leia) com os jornalistas do Acre, o então candidato Binho Marques, atual governador do Estado, citou A Tribuna como exemplo de mau jornalismo. Ele afirmou que o jornal forjou foto para ilustrar reportagem falsa sobre estrago de merenda escolar na Secretaria de Educação.

4 comentários:

Anônimo disse...

Então aquí vai a opinião de um leitor online que não está desempregado, nem desesperado e muito menos recalcado, mas que fica meio que injuriado, desesperançado, preocupado e outros "ados", quando vê que um meio de comunicação sério se utiliza de notinhas simplórias como esta, ao invés de utilizar-se de argumentos substanciais, objetivos e diretos para responder e esclarecer críticas eventualmente emitidas pelos leitores. Debate aberto e franco e água benta não fazem mal à ninguém

Anônimo disse...

eis a manifestação da esposa. Aguardem do esposo que tem mais poder: secretário de Estado!!

Anônimo disse...

Caro Walmir, a sensatez de seu comentário expõe um problema que tem contribuído para que jornais como A Tribuna, que circula com menos de 500 exemplares, perca cada dia mais leitores. Quem se atreve a enviar uma carta ou e-mail observando alguma falha é destroçado publicamente, ignorado ou então passa a ser visto como desafeto. Não se pode esperar nada demais de um jornal que não está realmente preocupado com a opinião de desempregados, desesperados ou recalcados. Isso está dentro daquilo que o Antonio Alves escreveu e que foi publicado neste blog. Veja: "Através dessa produção ideológica da marginalidade legitima-se os procedimentos de exclusão social: a violência policial, a falta de atendimento médico, a falta de moradia etc. Ou seja, o setor de comunicação-cultura-educação não produz a exclusão física mas a justifica pois fornece ao povo uma imagem distorcida de si próprio. A mentalidade dominante não reconhece o povo como produtor de cultura, morador ou cidadão, mas o descreve como ignorante, invasor de terras, violento, doente etc".

Anônimo disse...

Isso é que dá colocar esse povo despreparado no poder.