sábado, 2 de dezembro de 2006

FELICIDADES, TOINHO

Leila Jalul

Hoje vou sair da rotina. Nada de passado, nada de ontem.

Quero expressar a felicidade de conhecer Toinho Alves, um caboclo que enfeitiça, passado na casca do alho, filho de meu amigo Vieira e de minha adorada Lindaura Leitão.


Quero falar de sua festa, de sua expressão, de como me senti eleita por estar ali, ao mesmo tempo velha, ao mesmo tempo virgem e de bem com a vida.

Se alguém não souber o que é encantamento, se compareceu, doravante saberá. Clima de solar dos bons. Sabor de tucumã em tempos de amargurada fome.


Naquele ambiente, juro, senti o quanto a gente desconhece os conhecidos, o quanto a gente maltrata os amantes, o tanto que esquecemos o amor dos filhos. Sempre passamos batidos! No fim, só lamentações desnecessárias, por inconsistentes.

Toinho, desde ontem, passará a ser um freqüentador em potencial das farmácias e drogarias. Doravante há de querer ter sempre lá, na prateleira de seu reservado, um tubo de bálsamo bengué, um vidro de elixir paregórico e duas ou três cartelas de sal de frutas. É a lei.

Quem não envelhece não conhece a essência do viver. Toinho está indo no rumo certo. Mais dez anos e ele estará no ponto, não para ser assado, mas para ser seguido. Ele pode não entender o que estou dizendo, mas, com certeza, sei do que estou falando.

Felicidades!

Leila Jalul é cronista colaboradora do blog.

7 comentários:

Anônimo disse...

Florestania não é conceito; é neologismo.

Anônimo disse...

Meus parabens Toinhão,

parceirão de duas
belas crias : "NÓS" e "CAÇA".
Precisamos retomar essa cumplicidade musical-poética, inda mais agora que o
parceiro cinquentenou, meio secularizou.
Eu pretendo fazer música até os cem anos. Amo dormir com uma semifusa,sonhar com uma colcheia,respirar em 3/4,mastigar um sol maior, beber um bolero diluido em acordes dissonante, e só depois pensar em aposentadoria, praia,biritas, mulheres e outras cositas mais.
Muita saúde, paz, harmonia, amor, equilíbrio. Muita água de côco e gelo
numa jarra. Uma rede de renda do Ceará,
e aquele jeito DorivalCaiminiano de ser.
Que nunca lhe falte um notebook,uma lua,
uma penca de estrelas, e um tabaco do lá do juruá.

Feliz aniversário !
Inté mais vê...

Anônimo disse...

Por ser um neologismo não significa que é vazio de significado. Também não acho que florestania seja um conceito, costumo dizer que é um sentimento, mas a palavra expressa também um conjunto de idéias, digamos, um campo conceitual sobre o qual qualquer dia teremos, quem sabe, tempo de conversar. Por enquanto, recomendo a leitura do artigo "Florestania", no meu livro "Artigos em Geral".

Anônimo disse...

Leila, Altino, Sérgio e tutti quanti: antes de me aproximar dos 50, eu precisava estar sob intensa emoção para poder escrever. Agora é o contrário. Então, quando a emoção passar, talvez encontre palavras de agradecimento e resposta.

Anônimo disse...

Antonio, o comentario do senhor Aldo do Nascimento comprova que vc deve escrever, o mais possivel e impossivel, o tal livro sobre a Florestania. Se nao for estabelecido, logo, um quadro teorico e conceitual, florestania sera' so' um neologismo, ou pior, um slogan eleitoral, partidario. Para além do sentimento, existe a MISSAO, e, neste caso, ela é SUA. happy birthday, again! nn

Anônimo disse...

Um abraço, Toinho.

Anônimo disse...

Toinho, o que seria de vc sem o N.N.? Ele é seu lampadinha. Escreve logo esse livro. Será a sua obra comemorativa ao cinquentenário. Ano que vem faço 40 e quem sabe ganho depresente da Gisela esse livro seu.