sábado, 2 de dezembro de 2006

SENADOR NOTA FRIA

Geraldo Mesquita Júnior é acusado
de fraudar sua prestação de contas
ao Senado para engordar a renda
pessoal, quando estava no PSOL

Por Hugo Marques

Ele tinha tudo para ser um político exemplar. E o foi, nos primeiros meses de mandato, em 2003. Procurador da Fazenda Nacional, Geraldo Gurgel de Mesquita Júnior foi eleito senador pelo PSB do Acre em 2002 carregando muito carisma. Era a revelação da eleição no Estado. Geraldinho brigou no partido e entrou para o PSOL. Foi cotado para candidato a vice-presidente da República na chapa da candidata Heloísa Helena, mas hoje oferece uma coleção de decepções a seus eleitores. A primeira: Geraldinho tinha 12 parentes contratados no gabinete. Ele pediu desculpas à Nação e demitiu todo mundo. Veio a segunda decepção: o senador cobrava 40% dos salários dos servidores. Ele foi convidado a sair do PSOL e entrou no PMDB para não perder o mandato. Agora, a terceira decepção: Geraldinho entregou várias notas fiscais frias ao Senado para engordar o próprio bolso. Notas fiscais sem a devida prestação de serviço ou entrega de produto. Quem revela o esquema de notas frias é a ex-chefe do escritório de Geraldinho no município de Sena Madureira, Maria das Dores Siqueira da Silva, a Dóris, 45 anos. Ela reclama que foi demitida pelo senador como se fosse ladra, mas esclarece que pegava todas as notas fiscais frias a pedido do senador. “Foi humilhante demais”, diz Dóris. “Hoje, estou vendendo minhas roupas para comprar alimento.”

Clique aqui e leia a reportagem da revista Isto É.

Um comentário:

Anônimo disse...

Que tudo isso sirva de lição a todos aqueles que votaram no Senador Geraldo, o cara morava fora do Estado, caiu de para-quedas numa eleição "ajeitada", pegou carona nas figuras do Tiao e da Marina e quando tinha a faca e o queijo na mão só fez besteira....A atual equipe que está no poder não é 100% nem tampouco perfeita, e ter conseguido eleger o geraldinho foi umas dos grandes erros da fpa.