quarta-feira, 18 de outubro de 2006

NASCE GENTE NO ACRE

Não existe mais a menor graça naquela piadinha surrada do humorista acreano Zé Vasconcelos. Ele costumava perguntar se no Acre nascia gente. Volta e meia despontam acreanos ou acreanas na vida brasileira.

É acreana, por exempplo, a juíza federal Candice Lavocat Galvão Jobim, que suspendeu hoje a Medida Provisória que liberava R$ 1,5 bilhão para gastos extraordinários como obras e pagamento de dívidas.

O governo federal ainda pode recorrer, mas a juíza entendeu que não há urgência que justifique a MP, editada há duas semanas. A liberação ocorreu dez dias após o governo anunciar um corte de R$ 1,6 bilhão no Orçamento.

Candice Lavocat Galvão Jobim nasceu em Rio Branco. É filha de Terezinha Lavocat e do ex-ministro do STF, Ilmar Galvão. É casada com Alexandre Jobim, filho de Nelson Jobim, outro ex-ministro do STF.

9 comentários:

Anônimo disse...

Ops, Altino. Na piada Vasconcelos ironizava uma pergunta feita a ele (ele não perguntava) se no Acre nascia gente. Quem perguntava dizia pensar que ai só tinha borracha.

Anônimo disse...

Valeu Mário !
Na época, o Acre era realmente motivo de
chacota. Hoje, o grande Zé Vasconça teria outra resposta.

Anônimo disse...

TEM NASCIDO MUITO POUCA GENTE NO ACRE, COM DIGNIDADE.

Anônimo disse...

Mário, grato pela observação. Não sou do tempo da tal piada. No texto, estou me referindo ao criador ou redator da piada. A filigrana.... Abraço

Anônimo disse...

Vasconcelos não mereceria nenhuma resposta atravessada ou "represália", Sergio Souto. Ele é acreano, sempre falou que era acreano e, na tal piada, ele ironizava o desconhecimento que existia (ainda existe) pelas bandas do sudeste sobre o Acre. Esse desconhecimento ainda existe, assim como muito mais persistentes são as atitudes preconceituosas. José Vasconcelos, apesar de não ser referenciado no Acre, atualmente, nunca negou sua origem. Posso afirmar porque a fase de maior sucesso desse grande humorista corresponde a fase da minha juventude. Cheguei a ser apresentado a ele, aqui, em São Paulo. Uma pessoa extremamente inteligente e muito acessível, sem nenhuma pose de grande estrela. E olha que, naqueles momentos, era uma estrela de primeira grandeza do show business nacional.

Aliás, Sergio, a propósito desse prenconceito a que me refiro, se eu não estiver enganado sobre quem é você, lembro um tal festival realizado - se eu não estiver enganado organizado pela poderosa globo - onde uma música sua destacou-se. Lembro o comentário feito por um produtor musical que funcionava como comentarista - neste momento falha-me a memória, não lembro o nome, mas você certamente sabe de quem falo.

Na verdade, caro Altino, não se trata de filigrana: trata-se mesmo de evitar que se forme uma má impressão relativamente ao acreano Zé Vasconcelos. Ele ironizava atitudes relativamente aos recantos brasileiros, por parte da gente do "sul maravilha". Aliás, a marca maior do humor de Vasconcelos era a crítica aos costumes.

Anônimo disse...

A piada era assim: alguém se espantava quando Zé dizia que tinha nascido no Acre. E perguntava: ué, mas nasce gente, lá? Eu pensei que lá só dava borracha". Então, o Zé concluía: "quer dizer: eu sou um borrachudo". Aliás, quando é que o Governo da Floresta, tão rápido pra homenagear acreanos ilustres, vai dar o nome do grande José Vasconcelos ao menos a uma salinha? Mário, você conhece um disco incrível do início dos 60, "José Vasconcelos conta histórias de bichos"?

Anônimo disse...

Deixa eu assinar em baixo da mensagem o Toinho quanto a homenagem. Como disse em minha mensagem anterior, Zé Vasconcelos é um dos mais inspirados humoristas brasileiros de todos os tempos.

Eu tive os discos dele, Toinho.

Anônimo disse...

Meu caro Mário, esta é a segunda tentativa que faço, para desfazer um mal
entendido, quanto a sua interpretação do
meu comentário sobre Zé vasconcelos.
Eu sou um grande admirador do trabalho do conterrâneo, apesar de não conhecê-lo ao vivo. É merecedor de uma homenagem ?
Na minha terra todos os guerreiros são
homenageados e reverenciados.
Será que o Acre trocou de nome ? Porra !
Não me avisaram... Tudo bem...
E por falar em homenagem, te dou uma sugestão sobre o nosso grande
João Donato e sua usina de arte. Existem
zilhões de Joões Donatos, médicos
dentistas,telegrafistas,operários,mágicos,militares,jornalistas é só ver a lista telefônica. Mas, maestro João
Donato, só tem um, que é esse cabra bom,
bem nosso !!! Fica a sugestão.
Eu sou o Sergio Souto, do tal festival,e
o comentarista imbecil e preconceituoso
que falou que "MINHA ALDEIA" era a zebra do festival é Nelson Mota .
E você ? Qual Mario é ? Brasil, Lima,
Abraço

Anônimo disse...

Sergio / a idéia da homenagem ao Zé Vasconcelos, foi levantada numa mensagem do Toinho Alves e eu concordei integralmente. Entendi que o Toinho se refereiu que merecimento não faltaria ao Zé, diante de outros reconhecimentos.

João Donato é uma presença muito forte de minha juventude. Afinal, trata-se de uma presença em grande parte das gravações de grandes estrelas da música brasileira além de ser responsável por uma considerável discografia. Tive boa parte dos seus discos ainda no vinil. A usina a qual te referes é uma criação, pelo que sei, do secretário Binho e a denominação que recebeu foi uma homenagem - entendo merecida - prestada ao Donato.

Depois que enviei a menagem anterior lembrei do nome da anta, Nelson Mota. O tal comentário eu mesmo ouvi. Se eu não estiver enganado, alguém me contou que o Mota chegou a ensaiar, depois, uma desculpa pela besteira falada. Se não desculpou-se devia tê-lo feito.

Pois é, Mário José de Lima. No Acre, Mário Lima. Xará, portanto, do Brasil com quem compartilhei de uma vizinhança de longa data no velho bairro do IPASE, em Rio Branco.

Quanto ao fato de você ter feito duas tentativas, faça como em sua inspirada poesia, 'puxe uma cadeira'...

Mário