quinta-feira, 18 de maio de 2006

MEDICINA NO ACRE

Saúde adia concurso público por baixa adesão de candidatos

Tatiana Campos

O concurso público da Secretaria de Saúde para provimento efetivo de vagas na área médica foi adiado. As provas, que seriam realizadas no próximo domingo foram remarcadas para o dia 11 de junho. O número de candidatos inscritos foi muito baixo e não conseguiu suprir a necessidade de algumas especialidades, como a psiquiatria, que dispõe de quatro vagas e recebeu apenas uma inscrição.

Segundo a secretária de Saúde do Estado, Sueli Melo, um dos fatores que pode ter afastado os candidatos foi o valor salarial divulgado no edital. O salário base da categoria é de R$ 2 mil e as gratificações não foram publicadas.

- Como não houve consenso entre a secretaria e os sindicatos, para estipular os valores das gratificações, e tínhamos um prazo estipulado pela Cespe para entregar o edital, não houve como acrescentar essas informações. O salário do médico varia entre R$ 5,2 mil e R$ 5,8 mil, podendo chegar a R$ 8 mil com horas extras e plantões - afirmou a secretária.

Os valores das gratificações foram aprovados pela Assembléia Legislativa há 15 dias, mas o prazo de inscrições estava se esgotando e não houve tempo suficiente para que mais candidatos pudessem se inscrever.

O edital foi retificado e as inscrições serão reabertas nos dias 22, 23 e 24 de maio. Outra mudança que pode tornar o concurso mais atrativo é a possibilidade da realização das provas em Brasília.

De acordo com a secretária, muitos médicos ligaram argumentando contra o valor da passagem aérea para o Acre, que custa em torno de R$ 1,7, além das outras despesas necessárias. Segundo eles, um local de provas mais centralizado facilitaria as inscrições.

Estão sendo oferecidas 52 vagas em 21 especialidades. O processo seletivo está sob a responsabilidade do Centro de Seleção e de Promoção de Eventos (Cespe), ligado à Fundação Universidade de Brasília (UNB).

- Precisamos destes profissionais porque o grande problema da saúde sempre foi o número de médicos. Vamos oferecer novos serviços, como tratamentos para câncer e doenças cardíacas, e se faz necessário aumentar o quadro efetivo de funcionários - assinalou Sueli Melo.

Tatiana Campos é repórter do jornal A Gazeta e colaboradora do blog.

2 comentários:

Anônimo disse...

E pensar que São Paulo tá cheio de médico segurando um copo de cerveja e reclamando da vida num bar da esquina.

Celso Ritter disse...

quais eram as areas e locias de trabalho??