domingo, 2 de abril de 2006

LUNA, 19h26



"Despois que te não vi – não sei que creia
desta tardança tua e morte minha -,
sendo a lua vazia, é quase cheia".
(Luís Vaz de Camões)

Um comentário:

Anônimo disse...

Pois essa lua aí, essa mesma fininha que te fez buscar Camões, estava "indagorinha" ali pendurada no mais alto galho da mangueira da vizinha, clareando de mansinho as folhas sonolentas que sacolejavam quase como quem faz ninar um pequenino. Lavando a louça do jantar, espiei seu jeitinho delicado no céu e fui pensando sobre a paz que tem lugar primeiro no luar do coração da gente, pra depois crescer, crescer, até ser capaz de entontecer palestinos, judeus, americanos, europeus, brasileiros como eu, como nós... Como é rouca a nossa voz.