terça-feira, 12 de julho de 2005

TERRA PROMETIDA


Enquanto isso, não havia carro nem pessoal para prestar socorro a uma trabalhadora.

Na volta para Rio Branco, no começo da noite, encontrei em chamas o pasto da camponesa Dulcilene Gurgel, na margem esquerda do ramal de acesso à usina da Alcobrás, na BR-317.

Dona Dulcilene, que tentava conter as chamas com ajuda de um jovem e três anciões, contou que o fogo começou ao meio dia:


- Certamente foi algum vagabundo que tocou fogo no meu pasto. O gado está em pânico no meio do fogo. Já chamamos o Corpo de Bombeiros, mas até agora ninguém apareceu. Meu medo também é que o fogo atinja a usina da Alcobrás. Avisamos o pessoal da Vigilacre, que cuida da usina, mas eles disseram pra gente não se arriscar tentando apagar o fogo caso ele atinja a área da usina - relatou.

Avisei ao pessoal do posto da Polícia Militar mais próximo, que demonstrou pouca sensibilidade:

- Vou comunicar pelo rádio, mas vai ser difícil o Corpo de Bombeiros vir até aqui. O senhor sabe se lá tem algum igarapé para que possam abastecer o caminhão com água?

- Não sei - respondi.

Ao chegar ao Quinari, telefonei para um amigo ponto gov, que prometeu tomar providências.

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