sexta-feira, 1 de abril de 2005

SEMENTES DE MOGNO


Ao acessar o correio eletrônico, leio uma mensagem lacônica, com o título “triste”, enviada pelo jornalista Luiz Caversan, colunista da Folha Online.

Ex-repórter especial e ex-diretor da sucursal da Folha no Rio, Caversan esteve no Acre em dezembro de 2002, para acompanhar uma viagem do então presidente FHC.

Naquela ocasião, quando escreveu o artigo Mundo Novo, passamos um dia de muita prosa em minha casa, onde guardava quase meio quilo de sementes de mogno obtido em Brasiléia.

Caversan viajou para São Paulo feliz com dezenas daquelas sementes. Ele pretendia plantá-las em vasos no apartamento e depois mudá-las para área mais adequada. Agora veio a triste notícia:

-Minhas sementes de mogno nunca germinaram.

Uma das melhores coisas que fiz na vida foi vender uma casa de alvenaria e construir outra, de madeira, aqui no ponto mais alto da cidade, longe do barulho e do calor.

Cinco daquelas sementes germinaram e continuam a crescer no quintal. Plantei com a esperança de que, daqui a 50 ou 100 anos, os futuros moradores possam trocar o cumaru-ferro da casa por madeira mais nobre.

Talvez esteja arranjando confusão pro futuro, pois é possível que as autoridades venham a exigir inventário ou manejo florestal. Por enquanto, deixem-me providenciar novas sementes para tentar alegrar meu amigo.

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