Os dados da pesquisa revelam que continua em declínio a produção de castanha-do-pará, que os acreanos preferem chamar de castanha-do-brasil. Há pelo menos cinco anos a Bolívia se tornou em maior exportador mundial de castanha porque compra e revende quase toda a produção do Acre e Rondônia.
O segmento da silvicultura (florestas plantadas) aumentou sua participação no valor total da produção florestal do País: representava 52%, em 2002, e passou a representar 65%, em 2003.
Já a participação da extração vegetal (vegetações nativas) caiu de 48% para 35% no mesmo período. O extrativismo madeireiro aumentou sua participação, gerando 85% do valor total da produção da extração vegetal, enquanto que no ano anterior representou 79%.
No segmento extrativista vegetal, a produção nacional de madeira em tora alcançou 20.667.884 m³ e o estado do Pará foi responsável por 52% do total. Os principais municípios produtores do estado - Tailândia, Portel, Paragominas, Almeirim, Baião, Ulianópolis, Dom Eliseu e Altamira - foram também os principais do País, concentrando, juntos, 27% da produção nacional em 2003.
O valor total da produção do segmento extrativista não madeireiro somou R$ 449,57 milhões e os principais participações vieram da piaçava, com uma participação de 27%; do babaçu (amêndoa), 17%; do açaí (coquilho), 16%; da erva-mate, 14%; da carnaúba (pó cerífero), 8%; e da castanha-do-pará, 5%.
Entre os 33 principais produtos da extração vegetal, 17 apresentaram declínio de produção entre 2002 e 2003. As maiores quedas relativas foram constatadas nas produções de ipecacuanha-raiz (-100,00%), jaborandi-folha (-26,47%), nó-de-pinho (-20,37%), castanha de caju (-18,20%), mangaba-fruto (-12,90%) e castanha-do-pará (-9,11%).
Entre as produções que apresentaram os maiores aumentos relativos, destacaram-se as de semente de oiticica (544,91%), amêndoas de cumaru (438,89%), fibras de carnaúba (43,46%), pequi (39,98%), carvão vegetal (13,90%), pó cerífero de carnaúba (9,80%), cera de carnaúba (9,55%) e coquilhos de açaí (9,53%).
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