Jose Meirelles e eu fomos cedo ao mercado comprar camarão fresco e filé de filhote e Iara Jaccoud Machado
preparou deliciosa moqueca. Meirelles, que foi sertanista por mais de
30 anos, conta que algo bom que aprendeu com os índios é que comida é um
produto de todos. Ele explica: "Quando um índio chega na casa do outro e
encontra comida, não existe necessidade de fazer cerimônia para para se
servir. Ninguém é dono da comida, pois ela é de todos. Aliás, em tupi,
não existe expressões como 'minha comida', 'minha terra' ou 'minha
árvore'. O pronome possessivo serve para poucas coisas, como 'minha
mulher', 'meu arco', 'meu filho' etc". Duas redes nos aguardam na varanda.
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2 comentários:
Neste contexto, entendo que não faz sentido o provérbio "farinha pouca meu pirão primeiro"... talvez isso explique a ausência deste componente na convidativa mesa!
E ainda choveu.
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