A filiação de Marina Silva ao PSB foi recebida com euforia pela direção do partido no Acre, terra onde nasceu a ex-senadora. O presidente regional do PSB, Gabriel Gelpke Maia, que é 2º suplente do senador Jorge Viana (PT-AC), disse que pretende consolidar um palanque "muito forte" para Eduardo Campos e Marina no Estado.
- Sempre nutrimos por Marina um profundo carinho e admiração, apoiamos desde o início sua bela trajetória política tanto no Acre - escreveu Gabriel Maia em carta de apoio enviada à direção nacional do PSB.
O partido integra a coligação Frente Popular do Acre, responsável por quatro mandatos consecutivos do PT no governo estadual. O presidente do PSB, que ocupa o cargo de diretor administrativo e financeiro do Detran, disse que o partido vai continuar apoiando o PT no plano estadual.
- Teremos um palanque para Eduardo e Marina e, até que haja uma decisão diferente, permaneceremos na coligação Frente Popular do Acre defendendo a candidatura à reeleição do governador Tião Viana, que é do PT. Mas a nossa prioridade é fazer no Acre um palanque muito forte para Eduardo e Marina - acrescentou.
Um articulador da Rede Sustentabilidade ponderou que as costuras políticas nos estados serão avaliadas com cautela, mas, no caso do Acre, com lupa. Nas eleições de 2010, quando concorreu a Presidência pelo PV, Marina Silva foi muito hostilizada pelo PT durante a campanha no Acre. Apesar das pressões, a máquina estadual petista não demonstrou a força pretendida junto ao eleitorado.
No primeiro turno, o tucano José Serra foi o mais votado com 180 mil (52,12%) dos 470 mil votos no Estado. Dilma Roussef (82,7 mil votos) e Marina Silva (81,1 mil votos) ficaram praticamente empatadas. No Acre, Serra (69,67%) venceu Dilma (30,33%) no segundo turno eleitoral.
O presidente do PSB no Acre, que ocupa a diretoria administrativa e financeira do Detran, espera que o PT não volte a fazer campanha contra Marina Silva caso ela seja candidata à Presidência.
- Nós não vamos permitir esse tipo de pressão. Isso não vai acontecer de forma alguma, seja Marina Silva ou Eduardo Campos o candidato porque nós respeitamos nossos aliados, da mesma forma que esperamos respeito para com o nosso partido. A candidatura do Eduardo e da Marina é nossa prioridade.
O vice-govenador do Acre, César Messias, que se filiou recentemente ao PSB, vai disputar uma cadeira de deputado federal.
Na semana passada, quando o Tribunal Superior Eleitoral negou o registro da Rede Sustentabilidade, o senador Jorge Viana lamentou a decisão durante pronunciamento. Porém, o senador não se manifestou sobre a decisão de Marina Silva de se filiar ao PSB. Limitou-se a reproduzir uma notícia na página dele em rede social. Marina foi a responsável pela adesão de Viana ao PT no final dos 1990.
Mensagem do PSB do Acre
"Aos membros da Executiva Nacional e a companheira Marina Silva;
Em nome de todas as companheiras e companheiros do PSB acreano, venho por meio deste dizer do quanto estamos felizes e orgulhosos em receber a querida e combativa companheira Marina Silva, acreana que orgulha a todos nós que lutamos por um País mais desenvolvido e uma sociedade com justiça social e sustentabilidade ambiental!
Sempre nutrimos por Marina um profundo carinho e admiração, apoiamos desde o início sua bela trajetória política tanto no Acre quanto no Brasil; e hoje é uma honra tê-la em nossos quadros, pois sabemos da importância que sua liderança, juntamente com a do nosso Presidente Eduardo Campos, pode fazer em benefício da construção de um novo Brasil, onde possamos efetivamente melhorar a qualidade de vida daqueles que mais sofrem nos rincões deste País, seja do sertão do nordeste aos rios da Amazônia!
Marina Silva seja muito bem vinda ao nosso Partido Socialista Brasileiro, que Deus possa iluminar seus caminhos e estamos de braços abertos para recebê-la no Acre com a mesma alegria e determinação que sempre marcou nossa trajetória!
Nós podemos fazer mais, fazer melhor e fazer diferente!
Viva o Partido Socialista Brasileiro!
Gabriel Maia
Presidente Estadual do PSB-Acre"
2 comentários:
Texto salvo para a posteridade.
Creio não haver qualquer novidade ou contradição na aliança entre o PT e PSB no Acre. Eles estão seguindo a tradição politica do Estado, onde as mais progressistas ideologias, carregadas nas siglas partidàrias sucumbem ao caciquismo ultra- conservador.
Jà sobre a decisão de Marina, não posso dizer o mesmo.
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