Por causa da atuação que estão tendo no processo da Operação G-7, as desembargadoras Cezarinete Angelim e Denise Bonfim foram acusadas pelo senador Anibal Diniz (PT-AC) de desamor pelo Acre, além de "magoadas e mal resolvidas". A operação da Polícia Federal resultou em 15 prisões e no indiciamento de 29 empresários e secretários estaduais por crimes de formação
de cartel, falsidade ideológica, corrupção ativa e passiva, formação de
quadrilha, fraude em licitação e desvio de verbas públicas.
Destaque para o comentário que a psicóloga clínica Madge Porto,
militante do movimento feminista, deixou no blog:
- Lamentável mais uma vez me deparar com tanto sexismo vindo dos que se dizem defensores da democracia. O comentário sobre as desembargadoras é misógino, machista, desnecessário e desrespeitoso. Não falaria assim se fossem homens. O debate precisa ser o das ideias e não ofensivo às pessoas, isso não é democrático e não respeita o estado de direito. Se eles avaliam que estão sofrendo uma injustiça, que lutem por seus direitos, mas sem utilizar de um discurso dessa natureza. Isso é para os despreparados ou desesperados.
A secretária estadual de Mulheres do Acre, Concita Maia, participou da manifestação em frente ao Palácio Rio Branco, na quinta-feira (13), quando o senador defendeu empresários e secretários presos (veja) pela Polícia Federal. O senador foi aplaudido pelas mulheres do governo e do PT. A secretária não se manifestou até agora a respeito.
A juíza da Vara de Execuções Fiscais de Rio Branco, Mirla Regina, também criticou o senador:
- Altamente reprovável a atitude do suplente, agora senador Aníbal Diniz que, na falta de argumentos e querendo justificar o injustificável, partiu para ofensas pessoais às colegas Desembargadoras acreanas Cezarinete e Denise. Isso mostra o despreparo pessoal, profissional e espiritual, e evidencia publicamente o baixo nível de qualidade política dos nossos representantes, merecendo uma boa resposta nas urnas, em 2014. Os eleitores precisam analisar a atitude dos parlamentares e colaborar para que haja melhoria nesse quadro. Além disso, quando as ofensas extrapolam o limite da garantia de imunidade ao parlamentar e da liberdade de expressão, legitimam, se houver demanda pelas interessadas, a devida reparação moral, em valor compatível com seu alcance e com a honra das magistradas, reclamando maior efeito pedagógico. Concordo com o colega magistrado Manoel Manoel Simões Pedroga, e observo que esses políticos estão se perdendo, cometendo um erro atrás de outro, quando deveriam, na verdade, encerrar o debate, deixando-o para o Supremo Tribunal Federal, questionando as decisões pelos meios adequados.
Abaixo, o áudio do discurso do senador.
3 comentários:
Uma juíza falar em resposta em 2014. Disse tudo. Uma vergonha. Saraiva
Essa Mirla não tem nada de boba: "a resposta será em 2014". E o Presidente da associação dos magistrados diz que não vai baixar o nivel. Uma vergonha.
Saraiva
Eu também acredito no que o Senador Aníbal Fala, tanto que atribuo a ele a nota máxima como pessoa e parlamentar, ou seja, Nota DEZ, opa!, desculpe-me, errei a grafia para esse caso, o certo é nota "des"... de "Des preparado", de " des provido" da representatividade do voto e no final, assim como todo mal, será "des mascarado".
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