segunda-feira, 1 de abril de 2013
JORGE NAZARÉ
Jorge Nazaré Guimarães Gama ou simplesmente Jorge Nazaré. Ou Jorginho, amigo "da melhor qualidade", conforme expressão que ele costumava usar quando algo era realmente bom.
Faz 14 anos que esse canceriano de grande coração e visão nos deixou. E não encontro na memória o que possa não ter feito, entre 1980 e 1999, na companhia dele.
- Não vou me entregar, parceiro. Tenho um AR15 da melhor qualidade, carregado de balas, para enfrentar a morte - foram as últimas palavras que ouvi dele ao telefone, dias antes de se tornar mais uma vítima de câncer.
"Mete ficha" e "passa a régua" eram outras expressões recorrentes. "Florestania", por exemplo, foi um termo inventado por Jorginho e pelo antropólogo Terri Vale de Aquino. Incorporado pelo jornalista Toinho Alves, se tornou conceito de sustentabilidade e modelo de política pública no Acre.
Sílvio Margarido relembra (veja) parte das aventuras do produtor cultural e o pedido dele é meu também:
- Nos desculpe se, por ventura, a homenagem de dar o seu nome a Concha Acústica foi um gesto pequeno. O que você realmente merecia, meu amigo, era festa todos os dias naquele lugar. Valeu, Jorge Nazaré!
Atualização às 15h30, em 2 de abril, para destacar comentário do sertanista Jose Carlos Meirelles Meirelles
"Altino,
Não sei se sabes, mas a primeira viagem que fiz para reconhecer a terra dos índios isolados do rio Envira foi uma varação das cabeceiras do Jordão até o Envira. Foram 10 dias na mata.
Daquela viagem, três parceiros viraram pó de estrela: Velho Sueiro Kaxinawá, Carlito Kataiana e Jorge Nazaré.Sim, ele andou nesta varação comigo.
Grande viajante o Jorge e um ser humano da melhor qualidade.
Foi em 1988, mas parece que foi ontem.
Saudade Jorge.
Abraço Altino e obrigado por me fazer lembrar desse cabra."
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Um comentário:
SALVE, JORGE.
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