NADA A COMEMORAR, ESTUDANTES
Parece
coisa de velho dizer que já não surgem estudantes como antigamente. Mas
líderes estudantis de Rio Branco, como se fossem miquinhos amestrados,
estão eufóricos e comemoram porque vão pagar R$ 1,00 pela passagem de
ônibus.
A passagem custa R$ 2,40. Por lei, os estudante pagam
atualmente o valor de meia passagem, ou seja, R$ 1,20. Portanto, a
redução do valor da passagem será de apenas R$ 0,20 - vinte centavos.
Além disso, para quem não é estudante, o valor da passagem vai subir de
R$ 2,40 para R$ 2,80 ou R$ 2,90, ou, como pretendem as empresas, para R$
3,10.
O que os estudantes comemoram?
As empresas
concessionárias de transporte público sonegam ISS há quatro anos e devem
mais de R$ 6,4 milhões à Prefeitura de Rio Branco.
Temos o
transporte público mais caro do país, os ônibus daqui foram descartados
em outras praças, circulam caindo aos pedaços e a maioria sequer possui
documentação.
O que os estudantes comemoram?
Enquanto isso, o Ministério Público obriga a Polícia Militar, RBTrans e
Detran perseguirem clandestinos que deixam as pessoas em casa cobrando o
preço da passagem do ônibus.
É o Estado a serviço dos grandes doadores de campanhas eleitorais?
O MP até já ameaçou entrar com uma ação contra a PM por não prender os "pirangueiros" pelo exercício ilegal da profissão.
É terrível ver a prisão de pessoas que têm isso como fonte de renda
enquanto as empresas de ônibus dão calote de milhões no erário.
Aliás, a PM vive na ponta da faca: se age, é xingada pela sociedade; se
incorre em omissão é ameaçada pelo MP e pelos sindicatos de
mototaxistas, taxistas e de empresas de ônibus.
É uma situação complexa? É, claro.
Alguns defendem que a prioridade é o transporte coletivo e consideram
os "pirangueiros" e alternativos como prejudiciais a um sistema
eficiente.
Por sua vez, o poder público não se faz devidamente presente na gestão, determinação e fiscalização das empresas.
Caso o empresariado pensasse um pouco, seria o grande controlador das tarifas, porque é quem paga o vale-transporte.
É necessário o controle da comunidade? Sim, claro. Mas com estudantes
tão eufóricos por causa de vinte centavos, acho que a situação vai
piorar.
Foto: Victor Augusto
8 comentários:
A coisa tá feia mesmo. Uma das estudantes segura um cartaz com os dizeres "Trabalhador Salariado. Passe Livre Necessário". Será que ela sabe o significado do termo "trabalho assalariado"? Toda e qualquer pessoa que troca sua força de trabalho por um salário - seja ele qual for - exerce um trabalho assalariado.
Os alunos estavam lá porque ganharam um dia de folga. E Geovani Kley (ou seja lá como for a grafia de seu nome) ganha espaço nos votos dos estudantes.
Os alunos estavam lá porque ganharam um dia de folga. E Geovani Kley (ou seja lá como for a grafia de seu nome) ganha espaço nos votos dos estudantes.
é triste ver esses alunos tão mal informados. Sendo levados, como massa de manobra pelos falsos e tendenciosos discursos, sem refletirem, sem questionarem. Isso é reflexo da nossa educação deprimente, os seres se acomodaram a achar que as notícias são o que é falado na televisão, num mundo onde o questionamento é muito mais válido e inspirador com o advento da própria internet. ô meus queridos a dúvida é mais sábia que a certeza.
Em Brasília, estudantes de escolas públicas ou particulares têm não pagam um centavo de passagem.
Por isso que eu digo: só volto a falar da educação do Acre no dia em que puder pagar os advogados.
Enquanto essa criança pede desconto de vinte centavos na passagem de onibus seus mentores, leia-se dirigentes do PC do B andam em carrões com motoristas, Edvaldo, Moises, Eduardo e Perpetua Almeida, voces são uma enganação, crianças, vão estudar, porque o futuro dos filhos dos citados acima está garantido.
É deprimente assistir a esses espetáculos grotescos, dantescos, até. a UNE tá amestrada. A Juventude Socialista só serve pra combater quem fala mal do PT.
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Dá vontade de chorar, que assitie essa pantomina e outrora participou do "Fora Collor".
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E vai piorar... basta ver o nível da redação do ENEM, amplamente noticiado.
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