segunda-feira, 29 de março de 2010

DA TERRA DA CAXINGUBA

O jornalista Armando Nogueira, que aparece na foto do time do Ginásio Acreano, mora no Rio desde os 17 anos. Os pais dele, Rodovaldo e Maria Soares, vieram parar no Acre fustigados pela seca cearense. Casaram e tiveram dois filhos. Armando, o mais novo, começou as primeiras letras ainda em Xapuri, onde nasceu, mas logo mudou para Rio Branco, onde fez o ginásio e o comercial. Em 1944, ele foi sozinho para o Rio, com uma pequena mesada concedida pelo pai.

Em 1950, iniciou intensa atividade jornalística em jornais e revistas, escrevendo, entre outros, para o Diário Carioca, O Cruzeiro, Manchete e Jornal do Brasil. Como comentarista esportivo, dedica-se, também, ao telejornalismo (TV-Rio, Rede Globo de Televisão, TV-Bandeirantes e Globosat).

Todos os seus livros têm como tema o universo do futebol. O estilo poético, marcado pela simplicidade, sofreu forte influência do poeta potiguar Juvenal Antunes, que viveu no Acre, autor do "Elogio da Preguiça".

O poeta, o Ginásio Acreano e a famosa Xapuri estarão presentes na próxima minissérie da Rede Globo, que está sendo escrita pela acreana Glória Perez.


Além de Armando, outros ilustres nasceram em Xapuri: o cardiologista Adib Jatene, o humorista Zé Vasconcelos, a cantora Nazaré Pereira, o seringueiro Chico Mendes e o ex-ministro Jarbas Passarinho, que não esconde o desconforto quando alguém lembra do fato.

No Acre, Xapuri é alvo das mesmas piadas que os brasileiros fazem contra Pelotas (RS). É conhecida como a Terra da Caxinguba, uma figueira arbórea apreciadíssima pelos cervídeos. Há, ainda, quem prefira chamá-la de Princesinha do Acre.

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