segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

A AMAZÔNIA COMO ESCOLA DA PF


O diretor-geral da Polícia Federal, Luiz Fernando Corrêa, 51, conversou com exclusividade com o Blog da Amazônia ao pernoitar em Cruzeiro do Sul (AC), onde visitou a região da fronteira Brasil-Peru. Corrêa reafirmou a prioridade da Amazônia, onde o "Estado tem que estar presente ão apenas no discurso", mas também comentou sua avaliação sobre o trabalho da Polícia Federal e os desdobramentos da Operação Satiagraha.

Corrêa nega que a PF esteja dividida, não admite que o delegado Protógenes Queiroz tenha sido injustiçado pelos colegas e afirma que a mídia não atentou para o fato de que a Polícia Federal fez apreensões de drogas no ano passado e voltou para prender pessoas sem droga, sobretudo financiadores, transportadores e gerenciadores. Questionado sobre um racha após a Satiagraha, Corrêa nega de pronto:

- Não está dividida. A Polícia Federal adquiriu uma independência operacional que nós zelamos. Isso é um patrimônio nosso. Não admitimos ingerência política e ganhamos maturidade institucional.

Ele está na Polícia Federal há 29 anos, dos quais 15 como agente. É delegado desde 1995 e já atuou nas áreas de repressão a entorpecentes e de inteligência. O diretor da PF tem enviando para a Amazônia todos os novos policiais que saem da Academia Nacional de Polícia.

Na entrevista, Corrêa comentou que espera obter hoje o aval da Federação Nacional dos Policiais Federais para o esboço de um projeto de lei criando a Lei Orgânica da Polícia Federal. O projeto para
mudar o perfil da PF será encaminhado ao presidente Lula pelo ministro Tarso Genro, da Justiça.

- A minuta está enxuta, aguardamos oportunidade para apresentá-la ao presidente e esperamos que seja aprovada em breve pelo Congresso - disse Corrêa ao pernoitar em Cruzeiro do Sul (AC) na quinta-feira.

No dia seguinte, o diretor-geral da PF viajou em avião monomotor até o município de Marechal Thaumaturgo, onde inaugurou um posto de Controle de Fronteira, na confluência dos rios Juruá e Amônea.

Corrêa, que lidera mais de 13 mil homens, reafirmou a disposição de cuidar da vigilância de 16,8 mil quilômetros de fronteira e combater narcotráfico, crimes ambientais e agressões à cultura dos povos
indígenas e seus territórios.

Na direção do Departamento de Polícia Federal desde setembro de 2007, Corrêa demonstra preocupação com as questões da fronteira, especialmente com a defesa do meio ambiente na Amazônia.

- Se a Amazônia é prioridade, o estado tem que estar presente não apenas no discurso - disse.

Leia a entrevista exclusiva no Blog da Amazônia.

2 comentários:

Anônimo disse...

Oi Altino!!!

Conheci pessoalmente o Delegado Federal Luis Fernando, quando o mesmo era Secretário Nacional de Seguranca Pública,no primeiro mandato do Presidente Lula. Naquele cargo, ele ja demonstrava a inquietude que o bom administrador deve ter, ou seja, procurar novas solucoes, quebrar paradigmas...esta sua viagem a Marechal Thaumaturgo é prova disso e olha que ele ja tinha vindo ao Acre quando Secretario Nacional. Um abraco.

Gilvandro Soares de Assis

Anônimo disse...

Acho que o pessoal aqui deve frequentar o blog do Paulo Henrique Amorim, ou do Luis Nassif, Rodrigo Viana, para saberem quem realmente é o Diretor Geral da PF.
O consumo de drogas, com certeza, é uma grande problema. Mas os crimes de colarinho branco e da corrupção, causam ao Brasil e sua população prejuizo muito maior.
Com um diretor desse a gente vai mal.