sábado, 29 de novembro de 2008

CADÊ A SOLIDARIEDADE ACREANA?


Em pelo menos dois momentos de nossa história recente, nos anos 1980 e 1990, milhares de famílias ficaram desabrigadas no Acre por causa de alagamentos dos rios da região. Nas duas ocasiões contamos com a solidariedade nacional e internacional, que nos enviou água, comida, roupa, caixas d'agua etecetera.

Lembro que boa parte dos donativos nem chegou às vítimas, pois os políticos do PMDB, durante a gestão do então governador Flaviano Melo, se encarregaram de ocultá-los para trocá-los por votos. Aliás, algumas mansões em Rio Branco até hoje exibem alguns desses donativos, como caixas d'agua enviadas pela solidariedade internacional.

O povo de Santa Catarina há uma semana enfrenta o drama de suas vítimas das chuvas: 110 mortos, 19 desaparecidos, 1,5 mi afetados e quase 80 mil desabrigados.

Até agora, nem o governo estadual nem a prefeitura de Rio Branco (leia no AC 24 Horas) tomaram qualquer atitude que sinalize solidariedade dos acreanos ao povo catarinense. Em Santa Catarina vivem muitas famílias acreanas. O Acre abriga outro tanto de famílias catarinenses.

Foi a acreana Cláudia Maia Assad, leitora deste blog e que já estudou em Santa Catarina, quem chamou a atenção para o fato do quanto vivemos ultimamente com os olhos focados apenas em nossos umbigos sujos:

"Olá! Tudo bem? Queria sugerir um post no blog que incentivasse as autoridades a se mobilizarem em prol das vítimas de Santa Catarina, criando postos para doações de roupas, sacolões etc. O Acre tem pessoas interessadas em ajudar, mas que não sabem como em se tratando de água, alimentos, roupas, colchões, cobertores. Nós temos condições de enviar ajuda, mas é preciso se organizar. Com certeza, seu blog é o melhor lugar para levantar essa questão".

Onde estão as autoridades e a Defesa Civil do Acre? Até nossa vizinha Rondônia já enviou caminhões carregados de donativos para atender as vítimas de Santa Catarina. O que esperamos? Se não somos capazes de exercer solidariedade, o Acre jamais será o melhor lugar para se viver na Amazônia, conforme promessa do governador Binho Marques.

Para obter informações ou fazer doações, acesse o site Desastre, da Defesa Civil de Santa Catarina.

4 comentários:

Anônimo disse...

É aquela coisa. Se o Estado ou a Prefeitura tomam uma atitude dessas (e acharia justo), no dia seguinte os veículos de cominicação vão estampar que eles dão apoio a outros locais, enquanto na Sobral as valas estão abertas. Vai entender...

ALTINO MACHADO disse...

Realmente um problema, mas não a ponto de veículos de comunicação estampar alguma coisa. Na verdade, a situação em Brasiléia e Epitaciolândia parece que está  afetando a capacidade da Defesa Civil do Acre. Ela está alimentando 450 refugiados, dos quais 110 são brasileiros.

Unknown disse...

VAMOS AJUDAR AO POVO DE SANTA CATARINA E ENVIEM: ALIMENTOS, TRAVESSEIROS, COLCHÕES, PRODUTOS DE HIGIENE PESSOAL E DOMÉSTICA.

lindomarpadilha.blogspot disse...

Caro Altino,

A Diocese de Rio Branco, e outras, está participando da campanha de apoio às vitimas de Santa Catarina por meio da Cáritas Brasileira disponibilizando inclusive contas bancárias das dioceses mais afetadas para facilitar a chegada de recursos àqueles que mais necessitam. Segue os dados:
Doações em dinheiro, de qualquer parte do Brasil, podem ser feitas utilizando as contas bancárias a seguir:

FLORIANÓPOLIS:
Banco do Brasil, agência 3174-7, conta 17611-7, em nome de Ação Social Arquidiocesana/Flagelados SC 2008. Mais informações: (48) 3224.8776 ou pelo e-mail asa@arquifln.org.br

JOINVILLE:
Banco BESC, agência 014, c/c 130.786-2. A campanha é promovida pela Associação Diocesana de Promoção Social. Mais informações: (47) 3451.3715/3716 ou pelo e-mail adipros@diocesejlle.com.br

BLUMENAU:
Banco Itaú, agência 6407, c/c 07004-1. Campanha “Diocese de Blumenau – Emergência”. Mais informações: (47) 3323.6952 ou 3322.4435 (cúria) ou pelo e-mail dioceseblumenau@terra.com.br


Manifestamos a esperança de que o sofrimento de tantas pessoas atingidas por essa calamidade seja amenizado com a prática da solidariedade, que neste momento nos convoca para as ações concretas que estiverem ao nosso alcance.

Fraternalmente,

Diretoria, Secretariado Nacional e Regionais da Cáritas Brasileira, reunidos em Brasília, aos 25 de novembro de 2008.

Bom Trabalho.

Lindomar Padilha