sábado, 1 de novembro de 2008

BIBLIOTECA PÚBLICA DE RIO BRANCO

Que não seja apenas um novo ponto turístico


Faz dois anos que o prédio da Biblioteca Publica de Rio Branco vem sendo reformado. Construído durante a gestão do governador Geraldo Mesquita, várias vezes foi citado em artigos como exemplo de aberração arquitetônica na Amazônia. Ventiladores e condicionadores de ar jamais conseguiram debelar o calor que afugentava o público.

O projeto da reforma começou a ser executado no final do segundo mandato do governador Jorge Viana, mas sofreu tantas alteraçõs que nada restou dele. Ao assumir, o governador Binho Marques tomou para si o controle da execução das obras e fez as mudanças que julgou necessárias.

Após dois anos, obras consideradas mais complexas -pontes, por exemplo- foram construídas no Acre. Mas a nova biblioteca que está sendo devolvida ao público justifica tanta demora na reforma.

Visitei-a e confesso não ter sentido mais a menor vontade de fugir do ambiente. Como, entre outras regalias, haverá um café, computadores e internet sem fio, tão logo seja totalmente reaberta ao público, eventualmente reservarei algum dia da semana para fazer morada por lá.

Ela é tão charmosa e aconchegante quanto tantas outras de qualquer metrópole. A única coisa que faltou mesmo foi redário - um lugar onde a gente pudesse despejar toda a preguiça e se concentrar para ler ou escrever no conforto de redes da tecelagem kaxinawá ou cearense.

Quem dera Binho Marques instalasse ao menos uma rede para o poeta Antonio Alves, assessor dele. No dia que Toinho parasse de ler e levantasse, a gente assumiria o lugar dele.

À exemplo da
Biblioteca da Floresta e da Usina de Arte João Donato, a Biblioteca Pública ressurge com o desafio de funcionar realmente, sobretudo com liberdade. Como todas são edificações de colorido tropical, realmente muito charmosas do ponto de vista arquitetônico, a maioria das pessoas tem sido incentivada pelo poder público a visitá-la como se fossem apenas pontos de atração turística.

Quem quiser ver algumas fotos que tirei da biblioteca deve clicar aqui. Para saber mais, o melhor mesmo é ler a reportagem de Golby Pullig, da Agência de Notícias do Acre, que mostra como a biblioteca agora alia tecnologia, conforto e informação.

6 comentários:

Anônimo disse...

Oi Altino, tudo bem?
Também espero que não seja APENAS um ponto turístico, mas tenho certeza que SERÁ de fato! Eu, pelo menos, estou aqui com muita vontade de visitar essa biblioteca e deixar meus meninos se esparramarem naquele espaço maravilhoso! Coisa de matuto, né? Obrigada pelas fotos, por aqui eu acompanho tudo de bom (e às vezes de ruim) que acontece na nossa terra! abraços! Nadja.

Eufrásio disse...

Eu não acho que a Biblioteca da Floresta e a Usina de Arte venham sendo utilizadas apenas como pontos turísticos, conheço muitos freqüentadores assíduos da primeira e já vi ótimas apresentações na segunda. Ótimos espaços, lamentável só os nomes escolhidos (Marina Silva e João Donato), elogiar pessoas vivas não dá. Estou ansioso pra freqüentar a biblioteca reformada.

Anônimo disse...

Olá Altino, que maravilha, a biblioteca ficou linda, um espaço amplo e claro, me pareceu pelas fotos postadas que ficou bem iluminada, escolheram cores claras que traz tranquilidade aos leitores.. a ambientação ficou muito linda. Que os acreanos aproveitem o espaço para boas leituras, pesquisas, lazer.. nossa ler é tudo!!!

Samuel Bryan disse...

confesso que estou extremamente ancioso pela abertura da biblioteca. falta um amabiente que respire cultura e ainda assim conforto e comodidade... a biblioteca marina silva por exemplo nao me passa essa imagem. quando eu entro la nao tenho o minimo desejo de passar muito tempo. é ate estranho. qm conhece uma livraria cultura ou uma fnac sabe mais ou menos do q eu to falando. quase nao existem espaços no Acre que misturem o desejo de adquirir cultura e de se acomodar, se deixar descansar e levar pelo tempo como ele deve correr. zeca camargo em seu blog disse que livrarias e bibliotecas sao hj alguns dos raros lugares onde desconhecidos conversam com desconhecidos sobre tantos assuntos... veremos o que surgirá dessa biblioteca para todos nós

Anônimo disse...

Tá "ancioso", Samu?

Diadora Annos Xhamá disse...

Quando nós do interior termos uma biblioteca como essa,hein ?Somos acreanos de segunda categoria realmente.Como diz a letra da música dos Engenheiros do Hawaii "nossa cidade é tão pequena,tão ingênua.Estamos longe demais das capitais"