terça-feira, 4 de dezembro de 2007

1877

Antonio Alves e Marcos Afonso improvisam interpretação de "1877", a canção de autoria do poeta Beto Brasiliense.



Mil oitocentos e setenta e sete
Tudo seco no Nordeste
Foi o tempo que eu saí de lá
À procura de um lugar

Iaco, Acre, Alto Purus
Peru, Bolívia e mares azuis
Muy tiempo antes
Viemos também dos Andes

Mil oitocentos e setenta e sete
La seca es todo que se me ofrece
Los seringueiros perecem
Estoy acá, estoy allá
Estoy além de ustedes

Agora cem anos depois
A mata pega fogo e eu sei que sou dois
Sou ainda quem ficou lá
Sou também quem veio pra cá

Mil oitocentos e setenta e sete
Tudo seco no Nordeste
Foi o tempo que eu saí de lá
À procura de um deserto mais ocidental

Faz cem anos que isto aconteceu
Outra vez não tenho nada de meu
Agora a mata pega fogo e eu quero ir
Sei, não tenho mais onde fugir

Mil novecentos e setenta e sete
É quando tudo começa
Seringa, bala e coisa e tal
Essa história acaba mal

Áudio da gravação original (abaixo) na voz do poeta Beto Brasiliense

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