terça-feira, 27 de novembro de 2007

PRÊMIO CHICO MENDES PARA MEIRELLES

Falta o governo do PT livrar as florestas, os isolados e o sertanista da mira dos madeireiros

O sertanista José Carlos dos Reis Meirelles, chefe da Frente de Proteção Etno-Ambiental do Rio Envira, na fronteira do Brasil com o Peru, é o vencedor da sexta edição do Prêmio Chico Mendes de Meio Ambiente na categoria liderança individual.
O anúncio foi feito hoje, em Brasília, durante a abertura da 88ª Reunião do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama).

O Prêmio Chico Mendes de Meio Ambiente foi criado em 2002 pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) com o objetivo de valorizar e incentivar iniciativas de preservação do meio ambiente da Amazônia. Meirelles foi um dos inspiradores da premiação, criada pela antropóloga Mary Allegretti, então secretária de Coordenação da Amazônia do MMA.

Neste ano, concorreram ao Prêmio mais de 60 trabalhos inscritos nas categorias liderança individual, associação comunitária, organização não-governamental, negócios sustentáveis, ciência e tecnologia e arte cultura.

Praticamente todos os estados da Amazônia Legal concorreram ao Prêmio, além de estados de outras regiões do País, como Rio de Janeiro, Minas Gerais, São Paulo, Espírito Santo, Piauí, dentre outros. O estado do Acre participou com 11 trabalhos, sendo, portanto, o que enviou o maior número de inscrições.

Em relação às categorias, liderança individual foi a mais procurada, com 17 trabalhos inscritos, seguida de organização não-governamental, com 14 inscritos, e arte e cultura, com 13. As demais categorias oscilaram entre três e oito inscrições.

O primeiro colocado de cada uma das categorias receberá diploma honorífico e R$ 20 mil. Os prêmios serão entregues aos vencedores no dia 5 de dezembro, em evento que contará com show do cantor Almir Sater.

- Agora, com o dinheiro do prêmio, terei como pagar minhas dívidas - disse José Carlos dos Reis Meirelles, que é colaborador permanente deste blog.

O sertanista
José Carlos dos Reis Meirelles Júnior, que se autodefine paulista de nascimento e acreano por opção, ingressou na Fundação Nacional do Índio (Funai) em 1971. Em 1976 foi convidado por Porfírio Carvalho para trabalhar no estado do Acre, onde estava em implantação uma unidade da Funai. Por discordar da política indigenista adotada pelo regime militar, foi demitido da Funai em 1982, sendo recontratado em 1984.

Em 1988 participou da criação da nova política da Funai para os povos indígenas isolados, baseada não na busca do contato e sim na proteção com a garantia de seu direito de permanecerem isolados e com suas terras demarcadas.

Ainda em 1988 mudou-se para as cabeceiras do Rio Envira onde foi responsável pela adoção da nova política de demarcação de terras indígenas para povos isolados. Até 2008 três terras estarão regularizadas: Kampa e Isolados do Rio Envira, Alto Tarauacá e Riozinho do Alto Envira.

7 comentários:

. disse...

Não seria melhor que "as florestas, os isolados e o sertanista" saissem do caminhos dos tratores?.. era bem mais pratico e benefico para todos?

ALTINO MACHADO disse...

Não seja intolerante, Leandrius. Embora seja mais fácil recusar seus comentários, às vezes sórdidos, libero-os em nome da liberdade de expressão. Quer você queira ou não, Meirelles realiza um trabalho exemplar em defesa dos índios isolados e da floresta. Lembra daquela imagem de um chinês enfrentando um tanque na Praça da Paz Celestial, em Pequim? Não reduza a sua capacidade de expressão à força de um trator. Seja ao menos tolerante.

Anônimo disse...

Leandrius, o mais legítimo representante da burguesia acreana: prepotente, egoísta, desinformado, reacionário, provocador.

. disse...

Caro Altino, nao creio que seja intolerancia... digamos que seja um ponto de vista diferente do seu... respeito e gosto do seu trabalho, tanto que tambem fiz um blog, nao que queira imitar-lhe (acho que nem teria tal capacidade), apenas quero expressar oque penso da maneira que penso, imagino que os blogs tambem sirvam pra isso... golstaria da suas visitas e seus comentarios (www.doacreparaomundo.blogspot.com), meu caro covarde, quer dizer anonimo, nao sou representante de porcaria de burguesia nenhuma, até porque acho ridiculo essa denominação, se tiver que ser classificado como representante de algo, sou representante da classe dos acreanos que amam seu estado, que querem ver o Acre como lider e nao como liderado, porque que teremos que ser o primeiro somente em ordem alfabetica?... quero ver meu Acre na liderança do pais, seja como exportador de materia prima, de mao de obra, na educação, na saude, no comercio... porque temos que ser um dos menores PIB da nação? porque nao lutar pra ser o primeiro?.... Será que é querer demais ver meu estado grande e forte?

morenocris disse...

Parabéns Meirelles. Parabéns Altino. Que dia! Que notícia! Nem tudo está perdido! Amém!

Beijos aos dois.

Anônimo disse...

Merecido. Parabéns Meirelles! Um abraço, Alceu

Anônimo disse...

...exportador de mão de obra???? Tá.