sábado, 10 de novembro de 2007

ARQUEOLOGIA DO ACRE

Denise Pahl Schaan

As pesquisas arqueológicas no Acre iniciaram-se tardiamente, se compararmos com outras áreas da bacia Amazônica. Além disso, assim como em outros estados da região, com exceção provavelmente do Pará, foram poucos os projetos que lá se desenvolveram. A falta de investimentos em pesquisa e a carência de recursos humanos em arqueologia, uma disciplina relativamente nova no Brasil, também contribuíram para que as poucas pesquisas acontecessem de forma esparsa e pontual.

Nos últimos anos, no entanto, a descoberta e divulgação de sítios do tipo geoglifo (ver www.geoglifo.com.br), até então desconhecidos no Brasil, atraiu o interesse da mídia e da comunidade científica nacional e internacional para a arqueologia da região. Esses sítios constituem-se de trincheiras ou valetas escavadas no solo argiloso, formando figuras geométricas (círculos, retângulos, losangos, hexágonos, octógonos) monumentais (com até 350 metros de diâmetro), e caminhos que as conectam.

O solo retirado da trincheira normalmente é colocado do lado da estrutura, formando uma mureta externa. A trincheira tem profundidades que variam de um a cinco metros. O conjunto de trincheira-mureta pode chegar até 20 metros de extensão, evidenciando um enorme esforço coletivo na sua construção. Essas estruturas foram divulgadas em TVs, jornais e revistas do país, tendo sido mostradas também em outros países, como é o caso do Japão, onde um documentário exibido recentemente obteve altos índices de audiência, o que fez com que a equipe de jornalistas retornasse ao Acre em setembro de 2007 para tomar novas imagens e informações.

No momento em que se retomam as pesquisas arqueológicas no estado, através do esforço conjunto de pesquisadores da Universidade Federal do Acre, Universidade de Helsinque, Museu Paraense Emílio Goeldi e Universidade Federal do Pará, com foco nos espetaculares geoglifos, resolvi reunir, nesse artigo, todas as informações disponíveis sobre os trinta anos de pesquisas arqueológicas no estado. O objetivo é fazer um diagnóstico da situação do conhecimento sobre a ocupação pretérita da área para conhecermos as bases sobre as quais os futuros estudos irão se desenvolver.

Leia o artigo completo da arqueóloga Denise Pahl Schaan na revista História e História

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