domingo, 2 de setembro de 2007

JOSÉ CARLOS DOS REIS MEIRELLES


O sertanista José Carlos dos Reis Meirelles, que chefia há 20 anos a Frente de Proteção Etno-Ambiental do Alto Rio Envira, na fronteira do Brasil com o Peru, relata a situação dos índios isolados, agora supostamente perseguidos por índios a mando dos madeireiros peruanos que invadem o território brasileiro para retirar mogno numa das regiões mais inóspitas do planeta. Assista ao vídeo da entrevista com o sertanista, que janta hoje na casa do ex-governador Jorge Viana, na companhia de Danielle Miterrand, a ex-primeira-dama da França. Ela sobrevoará a região nesta segunda-feira.

6 comentários:

Anônimo disse...

Espero que este encontro signifique apoio concreto ao trabalho deste importante homem. O Meireles é um ser de muito valor´ e um grande aliado dos índios, principalmente os arredios.Vida longa ao Meireles que já teve uma flexa atravessada na garganta.

Anônimo disse...

“Comunicação de surdo e mudo”, é, Meirelles, ao que me parece as providências que foram tomadas até hoje para contenção dessas invasões ficaram neste nível, primeiro porque ainda não se fez nada de concreto e segundo porque esta questão parece não refletir as outras regiões do Brasil, principalmente Sul e Sudeste, o que é um equivoco e confirma os ruídos dessa linguagem.
Tive a oportunidade de sair daqui do Rio de Janeiro e ir até as margens do Rio Amonea, “onde o vento faz a curva”, como dizem o povo que conheci, os Ashaninkas; descreveria aqui linhas e linhas das belezas que conheci e dos momentos encantadores que vivi, mas a realidade me fez chorar e não consigo deixar de pensar na preocupação iminente daquele povo.
Então pergunto: o que é preciso para o Brasil tomar medidas para defender nossas terras? Medidas como a sugerida pelo Meirelles, por exemplo?!. Mas cada um que faça o que lhe compete.
Enquanto isso “nosso”Presidente virou “garoto propaganda do caju”como ele mesmo disse. Ele defende o caju, mas o que será do caju sem a nossa floresta, é só a ordem natural das coisas; parece que ele não sabe que estão levando o nosso “caju”.
Deste lado de cá, agirei.
Deste lado de cá, falarei, acionarei ongs, imprensa, seja lá o que for...
Divulgarei o abaixo assinado criado pela própria Apiwtxa, no seu blog -http://apiwtxa.blogspot.com/, endereçado ao “nosso”Presidente.
Entro para esta causa, isto precisa ser contido, do contrário nos próximos 30 anos nada restará de nossa natureza. E daí então será absolutamente tarde para chorar.

Sheyla Sant’Anna

Anônimo disse...

Altino, parabéns pela ótima entrevista. Vida longa ao Meirelles! E que o governo o escute com a sua ótima proposta.
abracos,
eliane

Anônimo disse...

Vi hoje a reportagem com o Meirelles no noticiário da TV Gazeta. Fiquei impressionado com a questão e orgulhoso do trabalho que ele faz.
Se não fosse a jornalista tê-lo chamado de Francisco Meireles (outro grande sertanista) a entrevista teria sido quase perfeita.

Marcos Maia disse...

Carlos Meirelles
Parece que foi ontem!
Fiquei felicíssimo em vê-lo, novamente, depois daquele longínquo verão do Rio Fresco, na Aldeia Gorotire, nos idos de 1974!
Sou o Marcos Maia(Kikreti), que trabalhava na Minerasul!
Parabéns pela sua Garra e por ser um dos ícones do Sertanismo neste país!
Meu Grande Abraço, aqui de Natal-Rio Grande do Norte!
Meiicumrém!!!!

haji disse...

Assassinar e dividir índios garante promoção pelo Governo da Florestania

Com a permissão dos espíritos de nossos ancestrais. Aqueles que foram mortos, inclusive por aquele que hoje aparece
como herói.

Para quem não sabe o que é um povo indígena, certamente as falácias são sempre merecedoras de admiração. Mais
para quem é conhecedor desde a vivência, a teoria, dos discursos e das praticas desses “bem feitores”, sabemos e fica
cada vez mais evidente que para a turma da "floretania" em quanto mais atrocidade cometer contra os povos indígenas
mais reconhecimento terá, com as promoções, prêmios "Chico Mendes", dinheiros, cargos e outras benesses do poder.
Os exemplos dos que fazem turismo na Amazônia com dinheiro publicam usando os índios "isolados” como justificativa
para sua promoção e ego pessoal.

Se ficarmos em nosso habitat somos objetos de uso folclórico, exótico e para promoção de alguns; se defendemos nossa
vida e nossa continuidade somos perseguidos, caluniados...

Enquanto isso nossos filhos, mães, avós, mulheres são tratado inumanamente nos hospitais, nas estradas, passando
necessidades. Nossos alunos estão a mais de 20 anos fazendo de primeira a quarta serie, enquanto os "profissionais"
da educação escolar indígena estão todos se especializando em índios com mestrado e doutorados.

Bem dizia os primeiros invasores o "índio bom é o índio morto" e hoje o índio bom é aquele que somente diz alem. Pois
defender nossos direitos é crime inafiançável e ainda mais num tempo de "desenvolvimento sustentável” o novo
colonialismo!

Twotwawohene Sar Haji Manxineru - sabá

Líder e especialista em Direitos Indígenas