terça-feira, 28 de agosto de 2007

DANIELLE MITERRAND NO ACRE

Danielle Mitterrand, ex-primeira-dama
francesa, vai sobrevoar na próxima segunda-feira, junto com o Exército e Ibama, a região da fronteira do Acre com o Peru, onde vivem os índios ashaninka, que têm denunciado ao mundo a invasão de suas terras pela madeireira Forestal Venao.

Aos 83 anos, a viúva do estadista francês François Mitterrand (morto em 1996), vai conhecer a escola Yorenka Ãtame (Saberes da Floresta), criada pelos ashaninka para ensinar extrativistas e ribeirinhos do Vale do Juruá a estabelecerem uma relação com a floresta sem danos ambientais.

A ex-primeira-dama vai renovar seu compromisso com a defesa da Amazônia. Ela preside da fundação France Libertés.

Recentemente, o índio Valdete Ashaninka andou encantando alguns círculos culturais franceses com o filme "Shomõtsi" que tive o prazer de assistir outro dia em Cruzeiro do Sul. É uma crônica hilária do cotidiano de Shomõtsi, um índio ashaninka.

E hoje, no Rio de Janeiro, às 18 horas, será realizada a exibição e premiação do vencedor do Prêmio Panamazônia ActionAid 2007. Isaac Piyãko Ashaninka vai receber o prêmio pelo filme "A gente luta mas come fruta", que mostra o manejo agroflorestal realizado pelos ashaninka na sua comunidade no rio Amônia.

Os ashaninka mostram como estão trabalhando para recuperar os recursos da terra, muito explorada pelos brancos. O filme foi produzido pelo projeto Vídeo nas Aldeias e é dirigido pelos índios Bebito Piãko e Isaac Piãko.

Mas é do blog da aldeia Apiwtxa que os ashaninka lançaram ontem o relato de novas ameaças morte na fronteira:

"Amigos,

mais uma notícia das mais graves na fronteira Brasil-Peru.

Recebemos a informação de que índios peruanos estariam atacando moradores da Reserva Extrativista do Rio Juruá que acompanharam, como guias da expedição, a última operação de fiscalização na nossa fronteira.

Essa é mais uma notícia para o blog porque, mesmo que ainda tenhamos pouquíssima informação à respeito, a gravidade da notícia justifica ficarmos todos em estado de alerta, e alertarmos, por meio de divulgação, todos que estão conosco acompanhando os acontecimentos da fronteira, e temos que divulgar, especialmente, para as organizações indígenas do Peru.

Também queremos agradecer a todos que já repercutiram, inclusive contando com o auxílio de outras fontes, as informações que trazemos agora".

Um comentário:

Anônimo disse...

Isto é que é vida! Passeando na Amazônia.Seja ben-vinda .