quarta-feira, 16 de maio de 2007

DERRAPAGEM NA GRAXA

De acordo com a carta (leia abaixo) do deputado estadual Moisés Diniz (PC do B), o mesmo recebeu pesadas críticas de seus aliados políticos, defensores da prospecção e da exploração de petróleo no Acre, em decorrência do requerimento para realização no Estado de uma audiência pública da ANP. A carta deixa evidente que os defensores do petróleo têm medo de ouvir a sociedade, pois temem que algo diferente do que defendem possa surgir.

Nas últimas duas semanas, todos percebemos o esforço do grupo no sentido de tentar tirar do foco da polêmica e das críticas o senador Tião Viana (PT), autor do projeto. Por conta disso, o governador Binho Marques e o PT chegaram a ser pressionados publicamente a uma manifestação contra ou a favor da prospecção de petróleo. Ambos fizeram ouvidos de mercador aos apelos do deputado federal Fernando Melo (PT).

Como parte da mesma ofensiva, foram gerados documentos de políticos, empresários e de outros setores, todos favoráveis ao petróleo. Ouvir a sociedade, ainda que por meio de uma forma legalmente equivocada, como seria a audiência pública proposta por Moisés Diniz, soa perigoso. É por isso que o "deputado da floresta" não esconde ter apanhado bastante em casa dos aliados do "senador temático".

Esses fatos confirmam que a audiência pública não tinha realmente a intenção de informar, debater e deixar a sociedade (afinal que sociedade?) se manifestar, mas era mais uma intenção de gerar um momento político favorável ao petróleo.

Segue a carta enviada pelo deputado ao antropólogo Marcelo Piedrafita Iglesias. Ele expõe mais uma derrapagem na graxa daqueles que apoiam o insano projeto de exploração de petróleo no Acre.

Um comentário:

Anônimo disse...

Acho engraçado quando fala-se que nos civilizamos. O q dá essa impressão talvez seja a sofisticação da exploração e da mentira. Audiência pública considerada perigosa? Gostaria de poder dizer q trata-se de coisa q só acontece no Acre ou no Brasil. Sabemos que esse tipo de absurdo infelizmente continua universal, como vimos nos EUA pré-Segunda Guerra do Iraque. Alguém cita outros casos?