quinta-feira, 1 de junho de 2006

FALHAS DE FERNANDO MORAIS

A segunda edição da revista bissexta "Retratos do Juruá", editada pelo jornalista Nelson Liano Jr., custa R$ 10,00, mas o que traz de interessante mesmo é apenas o relato do jornalista e escritor Fernando Morais sobre sua aventura de três meses na Amazônia, em 1970.

O então editor-chefe do Jornal da Tarde, Murilo Felisberto, destacou Fernando Morais e o fotógrafo Ricardo Gontijo com a missão de percorrer antes dos operários, todo o trajeto a ser rasgado pelas máquinas do DNER e dos Batalhões de Engenharia e Construção do Exército.

Os dois contavam como um jipe Xavante como meio de transporte para a travessia, que teve que ser substituído várias vezes por barcos, aviões e burros. Mas existem referências fantasiosas do escritor e jornalista relacionadas ao Acre, onde não há pedra nem ouro.

No Estado não existe garimpo, mas Fernando Morais assim escreveu sobre seus dias em Rio Branco:

- Desolados, sentamos em um bar que era o ponto de encontro de garimpeiros, madeireiros e pilotos de pequenos aviões que transportavam aqueles aventureiros mata adentro. Nossa intenção era encontrar uma alma caridosa que nos levasse de carona até Cruzeiro do Sul, ou pelo menos, que não nos esfolasse muito na hora da conta, porque o dinheiro já estava no fim.

Morais e seu colega Gontijo, então na casa dos vinte anos, ficaram hospedados nos modestos quartos do hotel Rio Branco, que o escritor descreve como o melhor da cidade então, que "recendiam a suítes de um cinco-estrelas francês".

Os quartos até hoje são modestos e não havia naquele ano sequer ar-condicionado, mas Morais pontua em seu relatório, após perder uma carona de avião:

- Não havia remédio senão esperar duas semanas para pegar o próximo vôo comercial rumo a Cruzeiro do Sul. Se o jeito era ficar, pelos menos que fosse no ar condicionado. Voltamos ao hotel e só no meio da noite é que descemos ao tal do bar dos pilotos, garimpeiros...

Bem, a série publicada pelo Jornal da Tarde rendeu o Prêmio Esse de Reportagem de 1970. A Editora Brasiliense publicou-a em livro com o título de "Primeira Aventura na Transamazônica".

- Sobrevivemos para desfrutar essas alegrias, mas também para descobrir, 35 anos depois, que o sonho da Transamazônica seria apenas aquilo - uma aventura - conclui Fernando Morais.

2 comentários:

Anônimo disse...

tst, tst, tst...

Anônimo disse...

Ai ai ai fernandinho. Dá um tempo...
Qualé mermão ? Será qui tu tava mermo no
Acre ? Por acaso encontrou com o mapinguari ?
comeu panelada ? rabada no tucupi ?
Creme de cupuaçu ? costela de tambaqui ? sei não bichin... valha-me deus ! Cruz credo ! Oh xente! ora vixe !