segunda-feira, 20 de março de 2006

DUBLAGEM

Tissiano Silveira envia mensagem na qual pergunta o que acho do Projeto de Lei - 6741/2006, de autoria do deputado Nilson Mourão (PT-AC), que dispõe sobre a obrigatoriedade de dublagem, em língua portuguesa, de obras cinematográficas produzidas em idioma estrangeiro e apresentadas em salas comerciais de exibição pública em todo o território nacional.

- A justificativa é uma pérola. Confira - recomenda Tissiano.

Ei-la:

"As deficiências de leitura dos estudantes brasileiros, denunciadas pelo Sistema de Avaliação da Educação Básica – SAEB, realizado pelo Ministério da Educação, e os índices altíssimos de analfabetismo funcional constituem um dos motivos que impede a democratização do cinema como alternativa de entretenimento e de cultura para a maioria da população brasileira.

As obras cinematográficas estrangeiras são veiculadas nas salas comerciais de exibição em outros idiomas, com legendas em português, o que impede sua compreensão pelos milhares de brasileiros que infelizmente não dominam a habilidade de leitura.

A legislação em vigor que estabelece os princípios gerais da Política Nacional do Cinema determina como um dos objetivos da Agência Nacional do Cinema – ANCINE, órgão de fomento, regulação e fiscalização da indústria cinematográfica, o de estimular a universalização do acesso às obras cinematográficas, não apenas as nacionais (art. 6º, inciso VII da MP n.º 2.228- 1, de 6 de setembro de 2001).

Em defesa da democratização do cinema para a população brasileira, peço aos meus Ilustres Pares o decisivo apoio para a aprovação do Projeto de Lei que ora apresento a esta Casa.

Sala das Sessões, em 15 de março de 2006".

Clique aqui para ler o
projeto de lei.

Nota: Caro Tissiano, só de mau, dublado, em inglês: no comment, para não reprovar o deputado e sua assessoria em bom senso e língua portuguesa.

10 comentários:

Anônimo disse...

Let´s keep on foolishness then...

Anônimo disse...

Fala sério! Tem cada uma. E tudo em nome da "democratização", só se for da ignorância. É que nem a lógica do pai que faz o dever de casa do filho pra que ele não tenha trabalho de pensar. Deseduca achando que está se derramando em amor e proteção. O projeto do deputado é retrocesso e nada mais.

Anônimo disse...

Esse deputadozinho só serve pra errolar mesmo. Que projetozinho mais fajuto, nossa! Só quem não tem o que fazer em Brasilia e ainda por cima é incompetente.

Anônimo disse...

O próximo projeto do Nilson talvez seja a criação da Bolsa Cinema, para dar a cada família carente quatro ingressos por mês (oito em dezembro) nas salas de todo o país.

Anônimo disse...

Santa ignorância! Como é que pode? Acham mesmo que democracia é nivelar por baixo... Demagogia de quinta, isso sim! E assim caminha a humanidade, com esses tipos "nos representando", aos pulos, sem bom senso, nem racionalidade. Sai prá lá filhote de Tinhorão.

Anônimo disse...

Nilson Morão é aquele deputadozinho com 1,5 metro de estatura? Ele deve entender muito de circo, mas de cinema tá por fora mesmo.

Anônimo disse...

Ainda não consegui compreender como é que esse deputadozinho consegui ser eleito, por duas vezes, deputado federal. Como a sua base (católicos) já sabe quem ele realmente é, ele é capaz, como muitos comunistas daqui, de virar evangêlico. Putsgrilo!!

Anônimo disse...

Ele fica por ali por Brasilia como se o Acre não existisse e seus eleitores não fossem daqui. Não pergunta a ninguêm. Vai fazendo merda a todo e a direita. Vamos ver se ele passa de novo nas urnas.

Anônimo disse...

Acho muito justa a proposta do nobre deputado. Dentro deste espírito de democratização da cultura, ele também poderia sugerir uma lei, determinando que jornal, revista e livro impresso no Brasil venha com um CD encartado, trazendo todo o conteúdo da publicação. Por que alfabetizar o povo, se o governo pode transferir o problema para outros setores da sociedade?

Anônimo disse...

emails de repudio a medida podem e devem ser enviados para o deputado nilson mourao autor do insano projeto em


dep.nilsonmourao@camara.gov.br


ou pelo Endereço para correspondência:
Gabinete 376 - Anexo III
Câmara dos Deputados
Praça dos Três Poderes
Brasília - DF