quinta-feira, 5 de janeiro de 2006

TRANSTORNO NO PARQUE

O Parque da Maternidade é a obra mais relevante em 103 anos da história da fundação de Rio Branco: impacta de beleza a paisagem, melhora o trânsito e o relacionamento das pessoas, além de conferir civilidade aos habitantes da cidade.

Será que a sua administração já teria desistido do projeto "Férias no Parque" caso tivesse, por exemplo, realizado uma pesquisa para avaliar a opinião de quem transita por lá?

O projeto consiste em interditar as vias de circulação de veículos entre 16 horas e 20 horas (nos dias úteis) e das 15 horas às 21 horas (nos domingos e feriados) para que a população tenha mais espaço para passear. Os jornais divergem hoje sobre tais horários.

É inegável que, nesta época do ano, devido às férias escolares, aumenta a concentração de pessoas, mas parece um exagero reservar todas as vias aos pedestres até fevereiro.

Da maneira como tem sido feita, a medida causa transtornos a quem mora na imediações e a quem se acostumou a percorrer suas vias para fugir do trânsito maluco do centrão da cidade.

Sem saber que o projeto "Férias no Parque" estava de volta, fracassei ontem seis vezes tentando acessar a via que me possibilitaria chegar ao restaurante "O Paço", para encontrar mais cinco pessoas, entre as quais dois arquitetos.

Todos chegaram lá insatisfeitos com a falta de sinalização das ruas que dão acesso ao parque. Além disso, por volta das 20 horas, as vias para pedestres e automóveis estavam vazias.

Apenas o secretário de Obras Eduardo Vieira pode confirmar se as orelhas dele arderam ou não naquele horário.

A conversa estava boa e lá veio a chuva. Foi aquele corre-corre de clientes e garçons para se refugiarem no ambiente interno do restaurante. Mas nele não cabia todos e também não dava para conversar porque as vozes reverberavam.

- O material usado nessa edificação (parede de vidro, chão de cerâmica e teto de gesso) é inadequado e por isso aqui ninguém entende o que o outro fala - comentou uma arquiteta.

Um garçom explicou que a administração do parque não permite que os proprietários dos restaurantes instalem toldos durante o período das chuvas.

Será que o parque precisa ser reformado ou ampliado? Por que projetam restaurantes sem área de cobertura suficiente numa das regiões do planeta onde mais chove? Por que não há sinalização nas imediações?

- Pergunte ao Eduardo, que é o "dono" do parque - aconselhou o outro arquiteto.

Como o arquiteto Eduardo Vieira está sempre aberto ao debate sobre urbanismo, vamos esperar dele uma manifestação esclarecedora a respeito dessas questões.

4 comentários:

Anônimo disse...

Realmente é um transtorno no parque, eu que moro perto do centro, saio do trabalho e venho pela ceará.......é incrível mais não tem rua que eu possa entrar......restam as manobras fora da lei, é proibido entrar a esquerda em RB.
Quanto ao restaurante é engraçado o contraste; de um lado a burguesia do outro o bueiro.....kkkkkkk a burguesia fede!!!!! A burguesia que ficar rica, enquanto houver burguesia...... não haverá poesia.... Lá no bactérias não tem esses problemas. kkkk

Anônimo disse...

é!

Anônimo disse...

Arquitetura cabocla: o brinde é mais translúcido com uma parede de floresta e um teto de estrelas.

Anônimo disse...

tetete