quarta-feira, 25 de janeiro de 2006

EDUCAÇÃO INDÍGENA


A Comissão Pró-Índio do Acre está realizando no Centro de Formação dos Povos da Floresta, em Rio Branco, a formação continuada de 42 professores indígenas já preparados anteriormente pela organização.

O trabalho é financiado pela Rainforest Foundation Noruega e pela Secretaria de Educação do Governo do Acre. A Noruega é um dos poucos doadores bilaterais que tem um programa de apoio especificamente voltado para os povos indígenas.

Há 23 anos, a CPI-Acre se preocupa com o enfoque institucional e pedagógico particular do "projeto de autoria" nas Escolas da Floresta, que corresponde ao à primeira parte do Ensino Fundamental e ao Magistério Indígena de nível médio.

Os currículos têm sido construídos em movimentos de diálogo e confronto com o currículo da educação básica, comum a todo o território nacional.

- Temos alcançado isso através de cursos de formação presenciais no Centro de Formação dos Povos da Floresta, em Rio Branco, e nas assessorias pedagógicas realizadas nas comunidades, observando o cotidiano das escolas nas aldeias - explica a secretária executiva da CPI, Vera Olinda Sena.

Os índios vieram das regiões mais remotas do Acre. Os kaxinauá, por exemplo, vivem no Rio Jordão, no município de Taraucá, na fronteira com o Peru. De lá até o município, são necessários quatro dias de viagem de barco e mais sete dias de volta, subindo o rio.

Em Jordão, o litro de gasolina custa R$ 5,00 e na viagem de ida e volta até Tarauacá o barco consmo 300 litros. Para vir até Rio Branco e voltar à Tarauacá, são gastos mais R$ 600,00 de passagem de avião com cada professor kaxinawá.

A CPI-Acre é uma das organizações não governamentais mais respeitadas do país. Ela foi fundada pelo antropólogo Terri Vale de Aquino. Possui um acervo de 86 publicações didaáticas de educação indígena.

Um comentário:

Anônimo disse...

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