quarta-feira, 7 de dezembro de 2005

CARTA À FOLHA DE S. PAULO

O jornalista enviou carta ao jornal Folha de S. Paulo, que publicou hoje reportagens (leia abaixo) sobre a premiação dele nos EUA e os processos que responde no Pará:

"Sr. editor.


Em relação à matéria "Jornalista premiado teme sair do país", gostaria de esclarecer que eu participo da elaboração da minha defesa junto com meu advogado, Benedito Barbosa Martins, que atua gratuitamente em meu favor, por ser meu tio, mas não a realizo sozinho, como foi publicado.

Faço pesquisas, freqüento o fórum e contribuo com sugestões e matérias de fato para não sobrecarregar ainda mais esse parente, como fiz em relação a outros dois advogados que me representaram em juízo anteriormente. Todos eles atuaram sem qualquer ônus para mim, por amizade e apoio à minha causa.


Oitoadvogados que procurei inicialmente, em 1992, quando Rosângela Maiorana Kzan propôs cinco ações sucessivas contra mim, com base na Lei de Imprensa, de 1967, se recusaram a me patrocinar. Apresentaram outros motivos, mas a razão real parecia ser o receio de represálias por parte do maior grupo de comunicação do Norte do país. Ontem como hoje.


Não vou estabelecer polêmica neste espaço, por inapropriado. Só gostaria de informar que interpelei judicialmente Ronaldo Maiorana para que ele indique concretamente onde chamei sua mãe de prostituta. Lastimo que ele recorra a essa forma espúria de ardil, sem preservar a própria mãe, para inverter os pólos da situação.

Procura transformar em vítima o autor das violências, que é ele próprio. Receio que, numa paródia de Kafka, eu acabe condenado por ter deixado meu rosto na direção de seu punho ensandecido, que me golpeou covardemente num restaurante, diante de 150 pessoas horrorizadas.

É assim que reage a alegadas ofensas, regularmente publicadas num periódico jornalístico, o herdeiro de um império jornalístico, que é também o presidente da Comissão em Defesa a [sic] Liberdade de Imprensa da OAB/PA, instituição que tem como presidente esse que se apresenta como jurista da arbitrariedade, o sr. Ophir Cavalcante Júnior.


Lúcio Flávio Pinto"

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