quarta-feira, 26 de outubro de 2005

MAL-ESTAR NA GLOBALIZAÇÃO


Indicação para quem acompanha esse modesto blog: a leitura do livro "O Mal-Estar na Globalização" (Editora A Girafa - 1ª Edição - 2005 - 280 páginas – R$ 23,80), de autoria do jornalista, escritor e ensaísta Luciano Martins Costa. Não é demais afirmar que é uma obra imprescindível para quem se preocupa com processos de mudanças.

Lançado em agosto, o livro já é o mais vendido na categoria não-ficção nas livrarias FNAC, em São Paulo. Por conta da densidade da obra, o autor foi convidado a criar um curso de extensão em Liderança e Comunicação na São Paulo Business School.

O livro apresenta como paradigma a vulnerabilidade do sistema econômico, que se tornou clara após os atentados ocorridos nos EUA em 11 de setembro de 2001, e os escândalos das fraudes em algumas das maiores empresas do mundo. Ao lado disso, há também a depredação absurda da diversidade biológica do planeta.

A obra de Luciano Martins Costa é um apelo para que cada cidadão, cada agente econômico, social e político, assumam a responsabilidade de transformar a si mesmo e, em conseqüência, o sistema perverso e excludente que a globalização impôs ao mundo. Por outro lado, é uma leitura estimulante e inspiradora para a busca de novos conhecimentos e modos de pensar que nos tirem das intermináveis crises em que vivemos.

Recentemente, em São Paulo, mantive dois encontros com Luciano, cuja amizade cultivo desde 1985, quando ele esteve no Acre pela primeira vez, como repórter especial da Folha de S. Paulo, e escreveu a melhor reportagem sobre a doutrina do Santo Daime. Quando editor-executivo do Estadão, indicou meu nome para ser correspondente do jornal no Acre, em outubro de 1988.

É um profissional com larga experiência, um mestre. Formulou o projeto Estadão Multimídia e dirigiu a criação de um dos primeiros jornais on-line do Brasil. Foi o único jornalista brasileiro, entre dez profissionais de vários países, convidado pelo escritor vencedor do Prêmio Nobel Gabriel García Márquez a participar do projeto Jornal Ideal. Ministrou também conferências a convite da Knight Chair da Universidade do Texas. É o criador do método de ensino de redação "Escrita Sistêmica", aplicado em escolas estaduais de ensino médio no Estado de São Paulo.

Entre outros escritos, é autor do livro de contos "Histórias sem salvaguardas", do romance "As Razões do Lobo", e do ensaio "Escrever com criatividade".

Foi repórter especializado na investigação do crime organizado e do crime corporativo. Dedicado ao estudo da gestão como aluno de organizações como o Juran Institute, Fundação Dom Cabral, Amaná-Key e outras, é conferencista com experiência internacional, tendo também atuado como consultor de estratégia de comunicação para reposicionamento de empresas e gestão de crise.

A partir de novembro, Luciano Martins Costa vai colocar nas ruas uma revista mensal especializada em sustentabilidade nos negócios. Foi concebida por ele no âmbito da Fundação Getúlio Vargas e conta com mais duas sócias. Nos contratos de publicidade existe uma cláusula explicitando que a revista não admite interferência de patrocinadores em sua linha editorial por conta dos contratos.

Como “O Mal-Estar na Globalização” trata de modo denso sobre holismo, paradigmas de sustentabilidade e dos entraves de gestores em atingir a sustentabilidade e o compromisso social, julgo que seja realmente imprescindível a todos nós.

O professor de economia Mário Lima, da PUC de São Paulo, informa que está relendo a obra e promete nos enviar em breve uma resenha. Vai ser bom porque Mário Lima não é suspeito como eu para falar de um livro do Luciano Martins Costa.

4 comentários:

Anônimo disse...

Oi Altino! Sabe que suspeito ter visto seu amigo ontem à noite na Livraria Cultura? Entrei lá por outro motivo mas me parece que havia o lançamento de um livro. Tinha um monte de gente. Só falta me dizer que o professor Mário Lima (que já declarou pelos blogs que circula por ali) também estava lá tomando vinho nas rodas literárias. Ê vida!

Anônimo disse...

É possível, Gisela. Tudo é possível. Vida boa a sua também, que não tem mais fim nas rodas literárias, shows, laboratórios congressos. Volte já pro Acre, menina.

Anônimo disse...

Cara, otima indicação e melhor ainda, acho que vc ja conhece, é o livro do Bauman sobre a pós modernidade e nossas prisões dentro de uma vida vigiada por panópticos diversos.valeu cara...

Anônimo disse...

Tô indo, tô indo... Já está chovendo aí? (O blog está ótimo, eclético assim e cheio de colaboradores. Ritmo paulistano, nem dá tempo pra ler e comentar tanta coisa interessante.)