quarta-feira, 14 de setembro de 2005

ROTAVÍRUS NO ACRE

De Kátia Brasil, da Folha de S. Paulo:

Surto epidêmico de rotavírus mata
11 crianças em cidade do Amazonas


A Secretaria da Saúde de Ipixuna (1.380 km ao sul de Manaus) confirmou ontem um surto epidêmico de rotavírus no município. São 254 casos com 11 mortes de crianças -todas com menos de 5 anos de idade.

Seis das crianças mortas eram indígenas da etnia culina. Elas morreram praticamente sem assistência médica por causa do difícil acesso às aldeias, só possível após seis horas de barco.

Vinte e duas pessoas continuavam internadas no único hospital da cidade, com 22 leitos. A Susam (Secretaria da Saúde do Estado do Amazonas) enviou ao município uma equipe de especialistas da Fundação de Medicina Tropical para investigar a origem do surto, além de medicamentos.

Presente na natureza, o rotavírus é transmitido pela via fecal-oral, de pessoa para pessoa. Os sintomas são vômito, mal-estar, febre e diarréia severa, causando desidratação e morte.
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Alerta vizinho

Em Cruzeiro do Sul (690 km de Rio Branco), dois bebês morreram depois que curandeiras pediram para que as mães suspendessem a medicação dada no Hospital Geral da cidade.

Ontem estavam hospitalizadas no Hospital Geral de Cruzeiro do Sul 18 crianças. Neste mês, o hospital já atendeu 24 crianças de Guajará, também com suspeitas de rotavírus. A cidade amazonense está distante da acreana apenas 60 km. Guajará fica a 1.476 km em linha reta de Manaus.

Em Cruzeiro do Sul foram registrados 394 casos suspeitos, sendo 95% em crianças. Segundo o diretor do hospital, Maurício Queiroz, as confirmações dependem de resultados de exames no Laboratório Central de Rio Branco.

O especialista em rotavírus Alexandre Linhares, do Instituto Evandro Chagas, de Belém (PA), afirmou que o vírus se multiplica no intestino e, como há grande concentração de contaminados, a transmissão é facilmente disseminada. Ele avaliou como grave a existência do surto de rotavírus em Ipixuna e as suspeitas em Cruzeiro do Sul e Guajará.

Assinantes da Folha podem ler a reportagem completa ao clicar aqui.

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