Da coluna Poronga, do jornal Página 20:
Ingratidão
O senador Geraldinho Mesquita (Psol) traz à baila mais uma face de seu perfil: a falta de memória. Depois de ganhar de mão beijada da Frente Popular o mandato e abandonar a coligação, ação que lhe rendeu dos partidários da FPA a pecha de traidor, agora ele fez publicar em seu jornal eletrônico a afirmação que classifica o governador Jorge Viana como “filhote da ditadura”. A baixaria gratuita poderia até ser relevada, vindo daqueles que fazem política com agressões, não tivesse sido Viana o maior entusiasta e cabo eleitoral na única eleição em que ele logrou êxito nas urnas.
Descendência
Interessante é que à época em que Geraldinho servia ao governo de Viana como chefe de Gabinete Civil, seu pensamento não era esse. Dizia e repetia que queria ser ao menos “motorista” do projeto por reconhecê-lo como imprescindível ao Acre. Depois que ganhou o mandato mudou de opinião. Outra: seu pai, o ex-governador Geraldo Mesquita, foi o penúltimo dos governantes a ser indicado pela ditadura militar para administrar o Acre, gestão onde o senador também comandava o Gabinete Civil e fazia as vezes de primeiro-ministro. Pela constatação, Viana não vem a ser o verdadeiro “filhote da ditadura”.
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