terça-feira, 31 de maio de 2005

DESENVOLVIMENTO

BNDES libera R$ 137 mi para projetos no Acre

Rodrigo Morais

RIO - Ao anunciar a liberação de R$ 137 milhões para projetos de desenvolvimento sustentável no Acre, o presidente do BNDES, Guido Mantega, afirmou que as críticas na imprensa internacional ao desmatamento na Amazônia são movidas por interesses outros que não o ecológico. "Acho que existe má-informação e existem também outros interesses, muitas vezes, por trás de declarações a respeito das reservas naturais brasileiras", disse. "Tem muita gente de olho nisso e aí ficam dando umas declarações atravessadas."

Este mês o governo federal se tornou destaque negativo no noticiário internacional após a divulgação de que a floresta amazônica sofreu o segundo maior desmatamento da história. Entre agosto de 2003 e agosto de 2004 foram destruídos 26,130 mil quilômetros quadrados de floresta. O recorde é de 1995, com 29,050 mil quilômetros quadrados.

ASSENTAMENTOS
O dinheiro do BNDES servirá para a segunda fase do Programa Integrado de Desenvolvimento Sustentável (PIDS). O investimento é considerado por Mantega o maior projeto social do banco na Região Norte. O governo acreano investirá R$ 33 milhões, mas terá de pagar o financiamento no prazo de dez anos, com juros de 13,25% ao ano. Na primeira etapa do PIDS, iniciada em 2002, o Acre recebeu R$ 50 milhões.

Uma das metas do programa é criar 11 assentamentos para trabalhadores agroflorestais e florestais. O governador Jorge Viana disse já ter assentado 800 famílias e prometeu incluir outras 1.500 até dezembro de 2006. Os assentamentos ficarão às margens de rodovias asfaltadas e serão integrados ao programa Luz para Todos.

Outras metas são: crescimento em 80% das exportações do Estado (US$ 9 milhões em 2004); elevação da renda na atividade do manejo florestal comunitário e nos assentamentos florestais; ampliação das receitas próprias do Estado em mais de 30%; inclusão de 1.100 famílias na economia agroflorestal; e de mais de 4 mil índios em ações de capacitação e apoio à produção.

Fonte: O Estado de S. Paulo

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