Crânio da preguiça atual em cima da ossada do crâncio da preguica gigante |
A ossada fossilizada de uma preguiça gigante foi resgatada no Rio Clandless, afluente do Rio Purus, por pesquisadores da Universidade Federal do Acre (Ufac), em parceria com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Rio Branco (Sema).
O paleontólogo Jonas Filho disse que a ossada é de um Eremotherium (preguiça gigante) que habitou a região há cerca de 11 mil anos.
- É um dos maiores eremotérios já coletados e uma das ossadas mais completas desses animais encontradas na Amazônia. Em Belo Horizonte, já foram coletados ossadas mais completas desse animal pré-históricos – acrescentou o paleontólogo.
Eremotério era uma preguiça gigantesca, cujo tamanho poderia ser comparado a de um elefante de porte médio, que viveu durante os períodos Plioceno e Pleistoceno nas Américas do Sul e do Norte.
Pelo tipo de dentição, comia folhas em enormes quantidades utilizando sua língua comprida para obtê-las manejando os galhos com suas grandes e fortes garras.
- Como eram enormes, os eremotérios aparentemente não tiveram predadores naturais, embora muitos acreditem que teriam sido parte da dieta alimentar dos tigres-dentes-de-sabre, ursos das cavernas, lobos, enormes marsupiais carnívoros da mesma época, e doo próprioo Homo sapiens – explicou Jonas Filho.
Para a paleontóloga Andréa Maciente o achado é revertido de importante valor científico e do maior interesse para os estudos da megafauna da Amazônia.
A pesquisa deu-se a partir de uma notícia, acompanhada de algumas fotos e de um vídeo caseiro, elaborado por Dagoberto Alves.
- Verificada a autenticidade das fotos e do vídeo, julgamos necessário a realização imediata de uma ação que nos possibilitasse recuperar as partes já coletadas e outras que supostamente ainda estariam nas barrancas do Chandless. Isto necessitava ser realizado antes das próximas cheias – disse o pesquisador Edson Guilherme, da Ufac.
Mandíbula de preguiça gigante em processo de reconstituicao |
Um comentário:
Olá Altino. Os paleontólogos da UFAC merecem apoio e reconhecimento. É o único grupo no mundo que coleta fósseis nas florestas equatoriais, algo que era considerado impossível de realizar. As coleções paleontólógicas da UFAC merecem um Museu para sua exposição ao público. Alceu Ranzi, Paleontólogo.
Postar um comentário