quarta-feira, 11 de junho de 2014

Rua do bairro Estação Experimental, em Rio Branco, decorada para a Copa


Um comentário:

joaomaci disse...

É realmente muito irônico que o futebol e, mais precisamente, a copa do mundo, se tornasse o pano de fundo da participação do povo brasileiro na política do país. Houve quem dissesse que a apatia do povo em relação à política, fosse justamente causada pela paixão ao futebol.
Nas ruas, nos bares, nos elevadores, no ônibus, enfim, há sempre uma conversa nossa de todos os dias sobre o campeonato brasileiro, o carioca ou outro estadual, e em tempos de copa do mundo então, sai de baixo. Admiti-se inclusive que em ano de copa do mundo o Brasil não caminha igualmente aos outros anos, simplesmente para. Este "espírito futebolístico" contagia a grande maioria da população: dos garotos que sonham em ser os goleadores da seleção, até os mais idosos que recordam copas passadas. Isto é fato!
Mas esta segunda copa do mundo no Brasil trouxe outros sentimentos além da paixão pelo futebol e pela seleção. Da fatídica copa de 1950 restam poucos para contar a história e não se discute muito sobre o assunto. Já esta segunda copa, em plena "era televisiva" (que aliás, também exerce extrema influência sobre os brasileiros) tem sido exaustivamente falada.
Na televisão, a copa é muito falada principalmente para promover os negócios milionários que estão por trás das cabeleiras diferenciadas dos ídolos da seleção. Mas é muito falada também pelas inúmeras manifestações de descontentamento relacionados ao gasto público.
Uma parcela significativa da população brasileira, totalmente isenta de qualquer vinculação com partido de situação ou partido de oposição já saiu e continuará saindo às ruas para demonstrar seu descontentamento com a política e as instituições brasileiras (não é contra o futebol, ou contra a seleção, como sugere a moral conservadora da ordem política). Esperemos que além do já conhecido rótulo de "baderneiros/vândalos" estes brasileiros e brasileiras não amarguem maiores prejuízos em decorrência da repressão policial, ou da amordaça feita em processos judiciais.