sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Isolamento do Acre deixa mais de 1300 haitianos e senegaleses retidos em abrigo


Mais de 1,3 mil imigrantes haitianos e senegaleses estão retidos no abrigo mantido pelos governos estadual e federal em Brasiléia, a 235 quilômetros de Rio Branco, na fronteira com a Bolívia, por causa da cheia do Rio Madeira, que forçou o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes a fechar a BR-364 e deixou o Acre isolado do restante do país.

Os imigrantes estão documentados com CPF e com um protocolo expedido pela Polícia Federal. Mais de 300 já foram selecionados por empresas interessadas em contratá-los, mas não puderam viajar. O tráfego na rodovia federal entre o Acre e Rondônia, parcialmente coberta por águas do Rio Madeira, está interrompido desde a semana passada por questões de segurança.

- Mais de 100 imigrantes saíram de Brasiléia, mas tiveram que voltar de Rio Branco por causa do fechamento da rodovia. Estão aqui com os bilhetes das passagens de ônibus esperando que o tráfego seja restabelecido – disse o gerente do abrigo, Damião Borges, funcionário da Secretaria Estadual de Justiça e Direitos Humanos do Acre.

Muito precário,  a capacidade para 300 pessoas no abrigo já foi ultrapassada. Mais de 17 mil haitianos já passaram por Brasiléia desde que teve início o fluxo migratório na fronteira do Brasil com a Bolívia e o Peru.

No abrigo de Brasiléia atualmente estão 20 imigrantes da República Dominicana e mais de 200 do Senegal. O demais são todos do Haiti. Os senegaleses embarcam em avião, em Dakar, capital e a maior cidade do Senegal, cumprem escala na Espanha, de lá seguem para o Equador e percorrem a mesma rota dos haitianos até Assis Brasil (AC), na tríplice fronteira do Brasil, Bolívia e Peru.

 Leia mais no Blog da Amazônia

Nenhum comentário: