segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

BREVE PAPO COM LYSIAS ENIO


Digo ao poeta Lysias Enio que sem saúde e amor a gente não vai nem pra cova. Ele rebate:

- Uma ova. Do túnel do tempo eu sinto o contratempo do espaço que me separa da cova. E me vejo diante do espelho refletido na imaginação como um ser fictício que inventou um humano irreal. Bom tudo pra todo mundo (só vai ser bom quando for bom assim) pelo menos pra mim. Sem mais, saúde e paz e tudo aquilo que se diz em arial 12. Abraços virtuais e virtuosos.

E o poeta indaga se tem jeito de voltar pro Acre? E eu quero saber o motivo.

- Pra enterrar o umbigo. Acabo de escrever o livro "Pelo Avesso" - muito doido, minhas lembranças acreanas (me recuso e grafar com "i"). Acho que será publicado em maio. Tudo depende do que depende. Queres publicar em capítulos no teu blog para eu me livrar do complexo de Doitoievski, que o fazia em fascículos nos pasquins? Tem muito palavrão, melhor que não. Mesmo obscuro, o palavrão perdeu o seu valor semântico. Vou mandar tudo de uma vez, a divisão fica por tua conta. Te mando ainda hoje, nem que seja a última coisa que faça este ano. Beijos e abraços e tudo mais que se diz. Beijos pra tuas lindas filhas. estou em "Recífilis", a Venérea brasileira, capital de Pernambucólcolus, e de adonde o Capibaribe se ajunta com o Beberibe, bem por detrás do Palácio das Princesas, pra formarem o Oceano Atlântico. Fica com deus, seja ele quem for. Fotomontagem não vale. Não bebo vinho, eu bebo in vino veritas. "Vou me beber pela cidade, até um dia, até talvez, até quem sabe". Faltou o "vou me perder", mas já seria redundância. Estou perdido e mal apago.

Os amigos que tenho são poucos, mas valem mais que milhões.

Fiz a foto na varanda de minha casa, às 20h02, do dia 2 de dezembro de 2010.

Nenhum comentário: