POR LEILA JALUL
Não servem para nada. Nada. Nada. O nome já diz tudo: assessores de porra nenhuma. E nenhuma é nenhuma.
Mas os governos de todos os buracos deste país insistem, a cada eleição, prometer mundos e fundos aos amigos e correligionários. A lagoa fica cheia de sapos na butuca, esperando que seu candidato vença a corrida para, em salas sem cadeiras, assumirem cargos comissionados, sem definições de funções que não sejam coçarem os sacos e admirarem as pererecas que passam pelos corredores do banhado.
Acho a maior bobagem do mundo que se imponha uma lei proibitiva a que se coloquem nomes de pessoas vivas em próprios e logradouros públicos. Besteira besta que deve ter surgido em função dos abusos. Só por esta razão.
Mas, em havendo a lei, resta cumpri-la sem resmungos e beicinhos. Não fosse pelos abusos, a Bahia não seria a Bahia. Teria um nome só: Estado de Antônio Carlos Magalhães. Capital Antônio Carlos Magalhães.
Leio sem espanto que o governo federal suspendeu a transfusão de sangue, digo, os repasses financeiros ao Acre, até que este riscasse do mapa os nomes de pessoas vivas homenageadas pelos mandatários de hoje, de ontem e de “tresantonte”; às pessoas que ainda batem as pestanas e roncam.
E foi então que me perguntei para que servem os “aspones”, senão para a indiscutível versão em português de assessoramento de porra nenhuma.
A vaidade matou o bispo. E pode matar o papa. E o governador. E a todos que chutem a lei para, sem escrúpulos, deixá-la de lado e exercê-la – a vaidade - à revelia até do bom senso.
Os “aspones” do Acre deixaram o governador com as calças na mão. Ou terá sido o governador que, por pura vaidade, quis deixar pessoas que independem dele e do Acre na incômoda situação de nus com as mãos nos bolsos?
Eu sei lá responder esta equação de terceiro grau. Quem for “aspone” que aproveite o tempo de bonança. Quem foi ou for governador que se livre da vaidade que incomoda e prejudica os governados de boa fé.
Embora a lei seja discutível, o seu cumprimento não é.
E tenho dito.
Leila Jalul é cronista acreana
Leio sem espanto que o governo federal suspendeu a transfusão de sangue, digo, os repasses financeiros ao Acre, até que este riscasse do mapa os nomes de pessoas vivas homenageadas pelos mandatários de hoje, de ontem e de “tresantonte”; às pessoas que ainda batem as pestanas e roncam.
E foi então que me perguntei para que servem os “aspones”, senão para a indiscutível versão em português de assessoramento de porra nenhuma.
A vaidade matou o bispo. E pode matar o papa. E o governador. E a todos que chutem a lei para, sem escrúpulos, deixá-la de lado e exercê-la – a vaidade - à revelia até do bom senso.
Os “aspones” do Acre deixaram o governador com as calças na mão. Ou terá sido o governador que, por pura vaidade, quis deixar pessoas que independem dele e do Acre na incômoda situação de nus com as mãos nos bolsos?
Eu sei lá responder esta equação de terceiro grau. Quem for “aspone” que aproveite o tempo de bonança. Quem foi ou for governador que se livre da vaidade que incomoda e prejudica os governados de boa fé.
Embora a lei seja discutível, o seu cumprimento não é.
E tenho dito.
Leila Jalul é cronista acreana
Um comentário:
E a turma que está ai, ainda quer eleger um aspone para prefeito!
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