Fontes sobre índios e seringueiros do Alto Juruá
O Museu do Índio lança nesta sexta-feira (7), no Rio, o livro "Tastevin, Parrissier – Fontes sobre Índios e Seringueiros do Alto Juruá", organizado pela antropóloga Manuela Carneiro da Cunha, que reúne os relatos dos padres franceses Constant Tastevin e Jean-Baptiste Parrissier, ambos da Congregação do Espírito Santo.
Parrissier, entre outubro de 1897 e abril de 1898, realizou viagem missionária até o rio Tejo, no Acre.
- Parece ter sido uma figura pitoresca e de forte caráter, que se envolveu em várias brigas, uma delas com as autoridades de Manaus por ter hasteado a bandeira francesa na frente da igreja de São Sebastião - assinala a organizadora do livro.
O padre Constant Tastevin, missionário da Prefeitura Apostólica de Tefé (AM) visitou Cruzeiro do Sul (AC) pela primeira vez em setembro de 1911, tendo retornados mais duas vezes, em 1913 e em 1914.
No início de 1924, sobe o rio Muru e volta em fevereiro a Seabra (hoje Tarauacá); de 5 de abril até fins de maio, sobe parte do Tarauacá e Jordão. Em junho e julho, sobe o Tarauacá até suas cabeceiras. Visita pelo menos três aldeias kaxinawá que foram "amansadas" e fornecem serviços para os seringais.
- Sua contribuição, portanto, não pode e não deve ser ignorada. Até a década de 1980, o que se conhecia lingüística, geográfica e etnograficamente do Juruá e do Jutaí reduzia-se essencialmente aos seus trabalhos. É significativo que, durante a Segundda Guerra Mundial, quando os EUA tiveram que recorrer à borracha amazônica, tenham sido traduzidos para o inglês (sem que fossem publicados) os escritos sobretudo geográficos de Tastevin - afirma Manuela Carneiro da Cunha.
Um comentário:
Parabéns para antropóloga Manuela Carneiro, pelo seu significativo registro em mais uma grandiosa obra antropológica... Só gostaria de saber quando nós amazônidas, principalmente do Acre, vamos poder obter este valioso livro?...
Postar um comentário